De 20 de dezembro a 4 de março a artista mineira Ana Horta tem sua obra revista na exposição póstuma Descascando o Branco na Galeria Genesco Murta, no Palácio das Artes. 

 

A exposição, que é fruto de uma parceria entre a Fundação Clóvis Salgado, a família de Ana Horta e a AM Galeria, reúne 30 trabalhos da artista produzidos durante a década de 1980. 

 

Para a gerente de Artes Visuais da Fundação Clóvis Salgado, Uiara Azevedo, uma das principais características da pintura de Ana Horta é seu traço expressivo, comum entre diversos artistas da década de 1980.

 

“O trabalho de Ana tem relação com o gesto, marcando na tela um percurso súbito e imediato. A intensidade e a profusão das cores são características acentuadas de sua pintura. Ela foi uma das artistas mais representativas da sua geração, a importante Geração 80, que tinha jovens artistas brasileiros resgatando a volta da pintura após a repressão artística durante o período militar”, conta Uiara Azevedo. Ainda segundo a gerente, a complexidade visual das obras de Ana Horta pode ser percebida na utilização de cores e formas geométricas.

 

A própria artista costumava dizer que “a cor é o branco descascado”. A partir dessa ideia, então, surgem todas as profusões e misturas de cores retratadas nas obras. Já as características gráficas simétricas de linguagem urbana são fruto das pinturas em muros e murais de rua – seu trabalho mistura paisagens, arquiteturas e personagens do cotidiano.

 

Apesar de realizar diversas exposições individuais na década de 1980 e ter seus trabalhos expostos em mostras póstumas e coletivas, há dez anos o trabalho de Ana Horta não é exposto individualmente. Um dos principais cuidados na produção da mostra foi a busca por um panorama que retratasse bem a obra de Ana Horta.

 

A partir de conversas com a família da artista, foi decidido quais obras fariam parte da exposição. Ao todo, foram selecionadas 40 obras que representam um recorte cronológico da breve, porém produtiva, carreira de Ana Horta. Assim, a mostra Descascando o Branco revela sua importância ao apresentar o trabalho da artista a uma nova geração, formando um novo público.

 

Mineira de Bom Despacho, Ana Maria Horta de Almeida nasceu em 1957 e faleceu precocemente aos 30 anos, em Belo Horizonte, vítima de um acidente automobilístico. Atuando como pintora, desenhista e professora, ingressou na Escola de Belas Artes da UFMG em 1978 e especializa-se em gravuras, realizando projetos de design gráfico para capas de discos e livros. Dialogando com o que há de melhor entre seus contemporâneos, seja no Brasil ou no mundo, Ana Horta se tornou uma das grandes referências da pintura oitentista brasileira.

 

In: site fundação Clóvis Salgado.

 

Serviço:

Data de início

 20 de Dezembro de 2017

Data de término

 04 de Março de 2018

Endereço

 Galeria Genesco Murta | Palácio das Artes

Preço

 Entrada Gratuita