Chico Amaral compartilha no térreo do CCBB BH suas anotações sobre a paisagem, o visto e o não visto. Objetos domésticos se transformam em situações escultóricas com jogos, vídeos, painéis eletrônicos, miniaturas e fotografias. Em sua maioria, são obras que só se realizam a partir da interatividade com o público.

 

Mostra interativa e gratuita transforma arte em jogo 

 

O Centro Cultural Banco do Brasil de Belo Horizonte (CCBB-BH) recebe, do dia 13 setembro a 06 de novembro, uma exposição inédita que convida o espectador a jogar com a arte. Em Tropikos, Anotações sobre o Entorno e a Pessoa; o artista belo-horizontino Chico Amaral, com obra permanente no acervo do MAM-SP, retorna à cidade natal trazendo uma exposição em que o assunto central é o jogo.

 

Produzida pela Sapoti Projetos Culturais e com curadoria de Ana Avelar, a mostra transformará as galerias do térreo do CCBB-BH em uma sala de estar, misturando móveis, miniaturas, jogos, áudios e projeções. As obras são instalações montadas sobre mesas de jantar, mesas de centro, cadeiras e bancos. Para explorá-las, os participantes deverão se deslocar ao seu redor, sentar-se sobre elas, contorcer-se para ouvir áudios ou para observar detalhes mais escondidos.

 

Com isso, o artista, que faz sua primeira exposição individual depois de longa temporada no exterior, busca jogar com aquilo que se oculta na paisagem e dentro de cada um.

 

Já a obra Murmúrio coloca o público dentro de paisagens registradas pelo artista em suas viagens pelo mundo. Uma série de imagens é projetada sobre pequenos alto-falantes que emitem uma mensagem em um volume muito baixo, fazendo com que as pessoas se aproximem da projeção para ouvi-los. Seguindo o jogo, as pessoas se misturam com as obras.

 

Em O lugar das coisas, esse acolhimento é extremo: o público abraça uma mesa que sussurra uma canção, obra feita em colaboração com a cantora Patrícia Ahmaral, irmã do artista.

 

Jogando com a relação entre paisagem e identidade, o fio condutor da exposição é o conceito da palavra grega tropikos, que significa uma volta completa. Das nove obras expostas, sete foram produzidas a partir do reencontro do artista com o Brasil. O berço é a tradução mais dura desse momento, com fotos de sem-teto abrigados sobre barracas de vidro dispostas em uma singela mesinha de centro.

 

Centro Cultural Banco do Brasil

Horário: 9h às 21h

Entrada franca