Vilamba é o nome da recente exposição de pinturas de Gisele Moura. A artista buscou no sânscrito a palavra capaz de traduzir seu processo criativo. Vilamba é o “silêncio entre dois pensamentos”. Segundo Gisele, suas telas nascem a partir daí, desse lugar de pausa.  Sua produção é o resultado de uma quietude interior muito pessoal. Um movimento de introspecção profundo que faz emergir formas e cores. Os traços são tão precisos que parecem cadenciados pela respiração. Pontos e linhas minuciosos desenham mandalas rendadas que nos fazem parar diante delas e reparar em cada detalhe. A tinta amanhece e adormece paisagens. É o dia e a noite, a luz e a sombra, o começo e o fim. O tempo gira contínuo nas telas de Gisele como a vida que sempre renasce e se metamorfoseia. Diante das pinturas, o espectador fica paralisado, observando com olhos curiosos o virtuosismo técnico ou simplesmente admirando a beleza estética. Nesse momento, é como se o mundo atual agitado de compromissos e preocupações ficasse suspenso, em pausa. Vilamba.

 

A exposição Vilamba está no Passo das Artes do Colégio Loyola de Belo Horizonte até o dia 06 de julho de 2012.

 

 

Amanda Lopes

28.06.2012