O simples ato de observar o cotidiano e transformá-lo em arte norteia o trabalho da paulista Renata Cruz. Em sua mais recente exposição, Para sempre e um dia, a artista vai transformar a Galeria Arlinda Corrêa Lima (Palácio das Artes-BH) em uma casa japonesa de papel, recoberta por azulejos portugueses. As imagens são em sua maioria desenhos realizados em residências artísticas no Japão e em Portugal entre 2015 e 2016. Mas há também trabalhos posteriores com elementos do seu ateliê em São Paulo e das viagens à Floresta Amazônica.
Nessa imersão por diferentes culturas, Renata Cruz traz reproduções de uma beleza efêmera, carregada de sentidos e afetos, que, pelos desenhos da artista, permanecem, mesmo que tenham durado pequenos instantes. Fazendo sua estreia em Belo Horizonte, ela propõe um encontro do público com o registro do cotidiano por meio de uma das mais tradicionais técnicas artísticas: a aquarela.
Cerca de 600 desenhos de mesmo tamanho serão afixados nas paredes da galeria, em um site-specific, relacionando a arquitetura do espaço à afetividade proposta por Renata ao mesclar suas experiências tanto no Japão quanto em Portugal. “A aquarela é meu material do cotidiano. Existe para mim uma facilidade nele, que é me permitir trabalhar com desenho e cores em qualquer lugar levando na bolsa apenas um pequeno estojo de aquarela e alguns pincéis”, comenta Renata sobre sua relação com o material da exposição.
A inspiração para um registro catalogado de objetos do cotidiano começou durante a residência que Renata fez no Aomori Contemporary Art Centre, em Aomori em 2016, no Japão. O encontro com a outra cultura resultou em uma série de registros de objetos rotineiros, como vasilhas, copos, jarros, cacos, folhas, flores, frutas, cadernos, cogumelos, canetas, sementes, embalagens e o tradicional artesanato têxtil local, feito principalmente na cor azul. Eles começaram a criar relações com a experiência em Lisboa, no Carpe Diem Arte e Pesquisa, antiga casa do Marquês de Pombal, onde instalou desenhos em uma sala revestida de azulejos, cujo predomínio da cor azul, foi decisivo para a realização do trabalho. É essa junção de culturas e observações que compõe o trabalho exposto na galeria Arlinda Corrêa Lima.
Ao assinalar e organizar as pequenas coisas que formam a vida e que passam despercebidas na maior parte do tempo, Renata cria uma narrativa contra a finitude e, também, um convite à atenção prolongada. Os textos presentes nos trabalhos, que estão em português, inglês, japonês e castelhano, pertencem a escritores como Virgínia Woolf, Clarice Lispector, Enrique Vila Matas, Osamu Dazai, Borges e outros.
Assim como em outros locais por onde a exposição já passou, como Madrid, na Espanha, e Ribeirão Preto, em São Paulo, haverá a criação de uma aquarela inédita para Belo Horizonte. A obra será produzida ao longo do período de montagem da mostra, enquanto Renata observa a rotina e a dinâmica do Palácio das Artes.
“Espero que o público possa caminhar pela galeria e observar esses detalhes que me inspiram. Não há um roteiro certo para ver a exposição, só mesmo um convite para que o visitante crie a narrativa que melhor fizer sentido para ele. A ideia de imaginar as pessoas andando pela galeria Arlinda Corrêa Lima e conectando imagens já me inspira num desdobramento desse trabalho”.
Local
Palácio das Artes | Av. Afonso Pena, 1537. Centro. Belo Horizonte
Horário
Intervenção da Cia. de Dança Palácio das Artes | Encerramento da exposição CORTE | 18h30
DREAMWORKS ANIMATION: A EXPOSIÇÃO – UMA JORNADA DO ESBOÇO À TELA
Com mais de 400 itens, dentre eles desenhos raros e nunca vistos pelo público, que refletem os conceitos iniciais dos filmes, modelos e obras de arte originais, entrevistas e displays interativos das animações clássicas preferidas e mais amadas da DreamWorks. Embarque nesta fascinante e interessante jornada que se desenrola por meio de esboços originais de ogros ranzinzas e dragões amigáveis até chegar às fantásticas histórias e mundos incríveis levados às telas de cinema pelos premiados artistas da DreamWorks.
DreamWorks Animation: A Exposição é dividida em três partes: Personagem, História e Mundo. Cada uma dessas seções apresenta entrevistas, filmagens por trás das cenas, conceitos artísticos originais, maquetes e muito mais. As peças da exposição levam os visitantes a conhecer o caminho criativo percorrido pelo estúdio do esboço até às telas do cinema.
Cada conjunto mostra a jornada criativa da DreamWorks desde a essência de uma ideia original até chegar à realização completa de um filme de animação. A exposição explora as habilidades únicas do estúdio de trabalhar em três aspectos básicos da produção cinematográfica: Personagem, História e Mundo.
Curadoria: Australian Centre for the Moving Image, em colaboração com DreamWorks Animation Studio.
Dias: 15/05 a 29/07
Centro Cultural Banco do Brasil
Entrada Franca
Praça da Liberdade, 450 – Funcionários (31) 3431-9400
CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais | Av. Afonso Pena, 737. Centro. Belo Horizonte
Até o dia 25 de maio, a Fundação Clóvis Salgado traz à CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais a exposição Wilson Baptista – Urbano Fotográfico. Trata-se de um recorte com 44 fotografias em preto e branco do acervo, estimado em cerca de trinta mil negativos, do belo-horizontino Wilson Baptista.
Por meio do olhar do fotógrafo, é possível perceber as transformações urbanas, arquitetônicas e sociais que ocorreram no centro da capital mineira entre as décadas de 1930 e 1960, visitando micro histórias nas práticas e acontecimentos públicos.
Apesar de ter começado a fotografar aos 12 anos, Wilson Baptista considerava-se amador, e continuou fotografando até o final da sua vida, aos cem anos de idade. Entusiasta, foi um grande incentivador da fotografia como arte, fazendo com que a produção belo-horizontina se conectasse com outros centros brasileiros de fotografia por meio do Foto Clube de Minas Gerais, do qual foi um dos fundadores e o seu primeiro presidente. Era praticamente cego de um olho e muito interessado pela arquitetura de Niemeyer, art deco, literatura, desenho, tiro e esgrima, e não se separava nunca de sua câmera: “como se anda com o celular hoje ou se andava com uma arma, eu andava com a máquina”, contou o fotógrafo durante os encontros com os autores do livro Urbano Fotográfico. Assim, estava sempre na hora certa e no lugar certo, sempre muito atento ao aspecto plástico do acontecimento. Mais interessado no que a fotografia podia sugerir do que na tarefa de documentar a realidade, Wilson tinha um olhar factual, mas que se transformava numa espécie de síntese fotográfica que direcionava a imagem para uma composição geométrica e abstrata do cotidiano.
Centro Cultural UFMG convida para a exposição “Vulcões, desertos, montanhas e mares”, da artista Beatriz Rauscher. A mostra tem como fundamento indagações sobre a maneira a qual atribuímos significados aos espaços e lugares e poderá ser vista até o dia 28 de abril de 2019..
As paisagens físicas são objetos de interesse de milhares de pessoas em busca da experiência da natureza. A proposta desse conjunto de trabalhos foi colocar em evidência as distâncias e proximidades (físicas e conceituais) dos espaços onde se dá a experiência da paisagem.
Os trabalhos expostos são compostos de séries de fotografias tomadas em diferentes lugares. Eles propõem aproximações entre lugares fisicamente distantes e levam o observador a questionar a experiência da natureza mediada pela imagem. Na perspectiva da imagem, é possível observar que a técnica, a história da arte, e ao mesmo tempo, a cultura das imagens, têm seu papel na construção das nossas percepções. Assim também é a fotografia de paisagem, mescla de subjetividade, acordo técnico e propagação cultural.
Beatriz Rauscher é artista e professora em residência pós-doutoral em Artes e Tecnologias da Imagem na Escola de Belas-Artes da UFMG. Foi bolsista em Paris na Université de Paris III – Sorbonne Nouvelle. Produz trabalhos artísticos ligados às questões da espacialização em imagens impressas e imagens projetadas, atuando em exposições e com publicações nos seguintes temas: fotografia, imagem impressa, paisagem e poéticas urbanas.
Tem realizado exposições individuais e coletivas de seus trabalhos em museus estaduais e universitários de diversas cidades brasileiras.
Serviço
Abertura: 15 de março ( sexta-feira), às 19 horas
Visitação: até o dia 28/04/2019
Terças a sextas de 10h às 21h
Sábados e domingos de 10h às 18h
Local: Sala Experimentação da Imagem do Centro Cultural UFMG – Av. Santos Dumont, 174 – Centro
Entrada gratuita
Belo Horizonte recebe a maior exposição do artista plástico chinês Ai Weiwei, com obras históricas e outras inéditas nascidas a partir de sua imersão cultural de cerca de um ano no Brasil. O projeto foi desenvolvido e curado por Marcello Dantas, que convidou Ai Weiwei a desvendar a cultura brasileira e moldar objetos que representem a biodiversidade, a paisagem humana e a criatividade local. A exposição apresenta também trabalhos icônicos do artista, hoje considerado um dos principais nomes da cena contemporânea internacional, para contar parte de sua história.
Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte
Praça da Liberdade, 450 – Funcionários - Belo Horizonte - MGFone: (31) 3431-9400 De 06 de fevereiro a 15 de abril de 2018A Fundação Clóvis Salgado traz à PQNA Galeria Pedro Moraleida do Palácio das Artes até dia 3 de fevereiro, a exposição Terra Prometida, com obras do escultor e fotógrafo mineiro Rodrigo Albert, e curadoria do artista e pesquisador Divino Sobral.
Temas como religião, fé e cativeiro estão retratados em fotografias, vídeo e esculturas. A mostra, que foi apresentada pela primeira vez na cidade de Veracruz, no México, é um giro documental em torno de relatos desumanos presentes nos cenários de vigilância, cerceamento e castigo do espaço carcerário. O trabalho do artista retrata a realidade das prisões brasileiras entre 2002 e 2010, e foi sendo completado até 2015 nas prisões mexicanas.
O título da exposição, Terra Prometida, contém toda a significação do trabalho de Albert. Sobral explica que “o presídio é local onde a terra prometida adquire sentido na liberdade pós-pena. E é assim, da condenação à libertação, que Albert registra ambientes do sistema penitenciário, realizando um trabalho de fôlego e de coragem”. Além disso, a especificidade da PQNA Galeria Pedro Moraleira, que é um corredor formado de um lado por nichos e de outro por vidro, foi encarada como “arquitetura de celas”. Cada nicho será sinalizado como uma cela de prisão, no intuito de potencializar as ideias de cerceamento e de liberdade.
O artista despertou seu interesse pela realidade dos cárceres após ser convidado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais para observar a vida de habitantes dos “cárceres de portas abertas”, modelo implantado no país nos anos 1970 em resposta às constantes rebeliões no presídio de São José dos Campos (SP). Chamados Centros de Reintegração Social, são apoiados pela Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (APAC), e hoje somam mais 100 por todo o Brasil e em diversos países. “Visitei os centros de Itaúna, Nova Lima e Santa Luzia como voluntário – mas dei início ao projeto fotográfico em Itaúna, registrando o dia-a-dia dos internos, destacando aspectos como a religião, a transformação humanitária e a reinvenção do cotidiano”, conta Albert.
Envolvido com fotografia desde quatorze anos de idade, Albert é um dos nomes que despontou na cena fotográfica mineira no primeiro decênio do século XXI. No entanto, segundo Divino Sobral, a obra do artista ainda aguarda maior espaço nas instituições artísticas brasileiras devido ao seu afastamento do circuito nacional por dez anos, período em que viveu na França e no México. “O trabalho singular de Albert encorpa de maneira significativa a tradição ética da arte brasileira, comprometida com a reflexão sobre a condição indigente da sociedade, marcada historicamente por acentuada injustiça social e por grave hierarquia racial e econômica”, explica o curador.
Múltiplas formas de retratar a violência – A foto-assemblage Eu abre a exposição. Ela é um registro de um rapaz preso por aliciamento de menores para a prática de roubo, na qual o artista agrega, em uma colagem tridimensional, objetos como uma boneca de plástico, bala de fuzil, relógios, medalha da inconfidência mineira, cinto militar, algema, cruz e um óculos de lente espelhada – elemento que traz a própria imagem do espectador para o interior da fotografia, na condição de cúmplice daquela realidade. Segundo Sobral, a obra narra o ciclo de vida sem perspectiva de grande parte da população masculina segregada do país. “É um retrato de um jovem pobre, sem escolaridade e sem trabalho, que cresce movido pelo desejo de consumo e de ostentação, em um modo de afirmação social”, destaca o curador.
Ainda segundo Sobral, Albert experimenta o deslocamento da imagem de natureza bidimensional para o terreno tridimensional no intuito de “dar corpo” à fé, que muda trajetórias de vida durante a condenação. “Ele cria esculturas de pequenas dimensões inspiradas em algumas situações capturadas em presídios, como na obra A Culpa, em que as mãos executadas em ouro pendem nos braços de uma cruz recortada em negativo na chapa de ferro. Na fotografia The Wall, uma escada encostada no muro vaza em direção ao céu. Ambos são trabalhos impregnados de significação religiosa”, explica o curador. “O primeiro aborda a relação direta da culpa com o sacrifício de Cristo para o perdão dos pecados e dos crimes. O segundo reflete sobre a elevação e a transcendência, presentes na promessa da libertação”.
Na prisão mexicana Penal de Allende, localizada em Veracruz, o artista fotografou imagens da série Santa Muerte, homônima à figura sagrada venerada por classes baixas e marginalizadas do México, resultado de um sincretismo entre crenças católicas e americanas. A santa é fortemente relacionada ao narcotráfico, e por isso é pintada na parede dos presídios em alusão aos crimes de morte. A disposição das imagens em dois grupos de nove fotografias faz alusão ao jogo de cartas la loteria, bastante popular entre os mexicanos, no qual se joga com as cartas da morte e do azar. A exposição ainda conta com uma imagem de uma cela vazia do mesmo presídio em Veracruz.
Encerrando a exposição, o vídeo Vientos mostra a bandeira do México flamulando no céu azul, enquanto sons de labaredas de fogo e de rajadas de metralhadora invadem o ambiente. Vientos, em espanhol, é uma expressão que significa “boa sorte”, e foi utilizada por Albert como ironia, ao abordar o massacre de Iguala – crime ocorrido em 2014, quando quarenta e três jovens estudantes mexicanos entraram em confronto com a polícia, foram presos e torturados, e depois entregues a membros de uma facção criminosa para serem assassinados. “A barbaridade que chocou o México e o mundo só foi desvendada após ser encontrado o celular de uma das vítimas. Por isso, Albert optou por filmar a bandeira também com o celular”, conclui Sobral.
Rodrigo Albert – Artista mineiro que começou a se destacar no início de 2005 com registrando por meio da fotografia questões políticas e sociais, na relação entre arte e violência, vida e morte. Em 2006 vence o Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger, um dos mais importantes da fotografia brasileira, e no mesmo ano é indicado para o World Press Photo Joop Swart Masterclass Fundação World Press Photo, Holanda. Em 2009 muda-se para França onde reside por dois anos e em Paris ganha o Prêmio SFR/Polka; escolhido pelo fotógrafo francês Marc Riboud membro da agência Magnum Photos e é Menção especial no Grande Prêmio de Fotografia SFR Jovem Talento 2010; também foi selecionado para o Descobrimientos PHOTOEspña 2010. Em 2011 segue para o México onde começa a inserir em suas investigações o vídeo, a instalação e a escultura, e é convidado a participar do livro “A book of beds” da prestigiada revista FOAM, em Amsterdã, Holanda. Em 2013, é convidado pela curadora Ingrid Suckaer, e apresenta o projeto: “Cárcel e Libertad en Brasil” no Festival Internacional Cervantino em Guanajuato, México. Seus trabalhos já foram apresentados em exposições individuais e coletivas em vários países da América Latina, Europa e Ásia. Atualmente, divide sua vida entre o Brasil e o México. É representado no Brasil pela Periscópio Arte Contemporâneo, em Belo Horizonte, e na Europa pela agencia Picturetank, com sede em Paris.
PQNA Galeria Pedro Moraleida | Palácio das Artes | Av. Afonso Pena, 1537. Centro. Belo Horizonte
Terça-feira a sábado, 9h às 21h
Domingos, 16h às 21h
O ponto vira linha, que vira plano e que vira geometria. É sobre a arte abstrata geométrica na América Latina a exposição ‘Construções Sensíveis’ que chega ao Centro Cultural Banco do Brasil. O conjunto, de mais de 120 obras, foi montado a partir da coleção Ella Fontanals-Cisneros pelos curadores Rodolfo de Athayde e Ania Rodríguez. A entrada é gratuita e a mostra fica em cartaz até o dia 7 de janeiro.
Os trabalhos, de 59 autores, de sete países da América Latina, trazem uma variedade de suportes: pinturas, desenhos, esculturas, objetos, instalações, fotografias e vídeos. De certa forma, todas dialogam e deixam evidente o uso de luzes, linhas e geometria. Uma exposição pensada exclusivamente para o Brasil e feita para abrir a mente das pessoas sobre a arte abstrata. Ficou curioso? Confira cinco motivos porque você deve ir a exposição.
Essa é uma rara oportunidade de conhecer, num único evento, tantos e tão instigantes autores e obras de países da América Latina. As obras em exposição são da coleção Ella Fontanals-Cisneros que reuniu mais de 2,6 mil obras, produzidas entre 1920 e 1982 do mundo inteiro. Entretanto, boa parte do acervo é voltada para a arte do nosso continente. Dessa forma, os curadores selecionaram as principais obras seguindo os critérios de espaço, orçamento e tendência.
“Nosso acervo é o maior de obras latino-americanas. É uma oportunidade para se ver o que foi e está sendo produzido por aqui, ver artistas brasileiros e alguns não tão conhecidos. A exposição oferece ao público inda a oportunidade de apreciar o diálogo entre os artistas e grupos”, explica a produtora executiva, Jennifer McLaughlin.
O interessante das obras é que elas nos faz ver a beleza de coisas cotidianas. Na sala de fotografias, por exemplo, são fotos que mostram imagens comuns, mas com um outro olhar e significado. Na sala de quadros e instalações podemos reconhecer a beleza do espaço e até mesmo da estrutura do museu. É interessante como as obras dialogam com a arquitetura. Destaque ainda para o conjunto da fusão de luz, cores e formas das obras.
A primeira coisa que se observa em “Construções Sensíveis” é a variedade de suportes das artes. Há quadros de pintura, montagens, desenhos, esculturas, objetos, instalações, fotografias e vídeos. Ou seja, uma mostra que explora as diferentes faces da arte abstrata. São mais de 120 obras para todos os gostos. Elas estão divididas de forma clara e cada uma tem seu espaço. Há uma sala com apenas fotografias, outra com as obras cinéticas e por aí vai. Vale lembrar que é arte abstrata e a percepção depende da bagagem cultural de cada um. Uma dica é ir com a mente aberta e viajar.
Em “Construções Sensíveis” as obras são diferentes e encantam pela beleza estética e até proporcionais. É o caso da obra “Hilos”, do Cubano Gustavo Pérez Monzón. Uma arte que ocupa uma sala inteira com elásticos e pedras que formam uma espécie de telha de aranha. O tamanho e a beleza impressionam. “Vilos”, do mesmo artista, também chama atenção.
“As duas são obras de material sensível. Demorei sete dias para montá-las. A estrutura é muito grande e essa foi a maior dificuldade. O interessante delas que são obras que podem ir a qualquer lugar e se adaptam ao espaço”, conta Gustavo. Ele foi o único artista que veio para exposição montar sua obra. Além das obras de arte de Gustavo, chamam atenção do visitante a sala com fotografias e a com obras cinéticas que se movem de acordo com a posição do visitante.
As obras são de diferentes anos, lugares e, principalmente, de artistas diversos. Elas demonstram a produção de cada país de origem e revelam ainda pesquisas e estudos. Assinam as obras artistas da argentina, do Brasil, da Colômbia, de Cuba, do México, Uruguai e Venezuela. Destaque para os artistas brasileiros Lygia Clark, Hélio Oiticica, Mira Schendel, Geraldo de Barros e Thomas Farkaz.
“O interessante da exposição é ver como em vários países da América Latina, ao mesmo tempo, artistas que não tinham diálogo e hoje quando juntamos as obras é possível ver que tem uma ligação e um diálogo”, pontua Jennifer. Ou seja, oportunidade para ver a versatilidade e diversidade das obras.
IN: Culturadoria
Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte
Praça da Liberdade, 450 – FuncionáriosCEP: 30140-010 | Belo Horizonte - MG - (31) 3431-9400Funcionamento: de quarta a segunda das 9h às 21 horas
A PQNA Galeria Pedro Moraleida do Palácio das Artes recebe, de 12 de setembro a 11 de novembro, a exposição Arte Popular Brasileira.
A partir de um recorte da produção popular brasileira atual, a mostra reúne 27 obras em madeira e cerâmica que abrangem o que há de mais expressivo e original nesse segmento. A exposição é composta de trabalhos dos artistas mineiros Ananias Elias, Artur Pereira, Geraldo Teles de Oliveira (GTO), José Ricardo Resende, José Valentim Rosa, Placidina Fernandes do Nascimento e Ulisses Pereira Chaves. Somam ao conjunto obras de João Cosmo Félix, do Ceará, Antônio Alves dos Santos, de Alagoas, Cícero Alves dos Santos, de Sergipe, Francisco Moraes da Silva, do Rio de Janeiro, e Lafaete Rocha Ribas, do Paraná.
Pertencendo em sua totalidade a coleções particulares mineiras, as obras da exposição Arte Popular Brasileira representam o modo de vida de um povo, reflexo de tradições, costumes e crenças. De acordo com o diretor do Centro de Arte Popular CEMIG e curador da mostra, Tadeu Bandeira, o objetivo da exposição é apresentar ao público obras de artistas brasileiros praticamente desconhecidos.
A disposição das obras foi organizada para que as peças possam ser vistas de vários ângulos – já que a sua maioria é esculpida na frente e no verso. A ideia foi não aglomerar ou trazer obras em grande número, para que o público absorva melhor o conjunto exposto. A mostra possui esculturas e algumas cerâmicas do Vale do Jequitinhonha, uma moringa (recipiente para água) de cunho utilitário e seis outras chamadas de ‘cabeças de milagres’ – representações segmentadas da cabeça isolada do corpo. De acordo com o curador da exposição, todas as obras possuem adornos, exigindo uma boa circulação do público para que sejam apreciadas.
Data da exposição: 12 de Setembro de 2018 a 11 de novembro de 2018.
Endereço
PQNA Galeria Pedro Moraleida | Palácio das Artes (Av. Afonso Pena, 1537, centro. BH)
Preço: Entrada Gratuita
HORÁRIO: De Terça-feira à Sábado de 09:30hs às 21:00hs - Domingo de 16:00hs às 21:00hs
Encontramos na Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard no Palácio das Artes, até dia 7 de outubro, a exposição Entre Acervos, como parte da programação do ARTEMINAS. A exposição reúne acervos públicos do estado de Goiás e Minas Gerais.
A Exposição
A mostra reúne trabalhos de trinta artistas de vários estados do Brasil oriundos de um recorte curatorial de obras pertencentes ao Museu de Arte Contemporânea de Goiás - MAC e Museu de Arte de Goiânia - MAG, ambos sediados em Goiânia; Museu de Artes Plásticas de Anápolis - MAPA, sediado em Anápolis, e o Museu de Arte Contemporânea de Jataí, sediado em Jataí.
Para esta edição apresentada em Belo Horizonte, somam ao conjunto de obras das coleções públicas do Estado de Goiás, trabalhos dos artistas mineiros Assis Horta, Daniel Moreira, Domingos Mazzilli, Miguel Gontijo, Pedro Moraleida e Roberto Vieira.. A partir desta mostra, que tem curadoria do artista visual, gestor e consultor Paulo Henrique Silva, uma obra de cada artista mineiro passa a integrar o Acervo de Artes Visuais do Palácio das Artes. A proposta visa o diálogo entre obras já pertencentes a instituições públicas e as que serão incorporadas.
Data de início |
25 de Julho de 2018 |
Data de término |
07 de Outubro de 2018 |
Endereço |
Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard - Palácio das Artes. |
Preço |
Entrada Gratuita |
Mais informações |
EVENTO Exposição – Entre Acervos HORÁRIO Abertura: 24/07 – terça feira | período expositivo: 25/07 a 07/10 De terça a sábado, das 9h30 às 21h. Domingo, de 16h às 21h. INFORMAÇÕES PARA O PÚBLICO (31) 3236-7400 |
Obras de importantes coleções italianas, que datam dos séculos XV a XVIII, traduzem as fases mais relevantes da representação de São Francisco. A mostra inclui um passeio virtual à Basílica Superior de Assis, na Itália
Séculos se passaram e as artes renascentista e barroca continuam encantando a humanidade. Obras de mestres como Tiziano Vecellio, Perugino, Orazio Gentileschi, Guido Reni, Guercino e os Carracci fazem, hoje, parte de importantes coleções italianas e chegam pela primeira vez ao Brasil. Este incomparável acervo poderá ser apreciado na Casa Fiat de Cultura, a partir do dia 8 de agosto, na exposição “São Francisco na Arte de Mestres Italianos”, que reúne 20 obrasrealizadas entre os séculos XV e XVIII. Com curadoria do especialista em História da Arte, Giovanni Morello – que idealizou e curou diversas exposições de arte antiga na Itália, no Vaticano e outros países e integra a comissão permanente de tutela dos monumentos históricos e artísticos da Santa Sé – e do professor Stefano Papetti, diretor da Pinacoteca Civica Di Ascoli, a mostra apresenta as fases mais relevantes da representação de São Francisco por meio de obras que se integraram à cultura local de toda uma época e que ainda encontram espaço na cultura ocidental por seus valores artístico, histórico e simbólico.
Entre as obras, o público conhecerá os quadros “San Francesco riceve le stimmate” (1570), de Tiziano Vecellio, “San Francesco sorretto da un Angelo” (primeira metade do séc. XVII), de Orazio Gentileschi, e “San Francesco confortato da un angelo musicante” (1607-1608), de Guido Reni, que também pintou a Bandeira de Procissão “Francesco riceve le stimmate (frente); San Francesco predica ai confratelli (verso)” (séc. XVII), “San Francesco d’Assisisi e quattro disciplinati” (1499), de Perugino, e “San Francesco riceve le stimmate” (1633), de Guercino. A exposição traz, ao todo, acervos de 15 museus de 7 cidades italianas: Galleria Corsini, Palazzo Barberini, Musei Capitolini, Museo di Roma, Museo Francescano dell’Istituto Storico dei Cappuccini (Roma); Pinacoteca Civica, Sacrestia della chiesa di San Francesco, Convento Cappuccini (Ascoli Piceno); Museo Nazionale d’Abruzzo (L’Aquila), Galleria Nazionale dell’Umbria (Perugia); Istituto Campana per l’Istruzione permanente (Osimo); Museo Civico (Rieti), Pinacoteca Nazionale (Bolonha) e Duomo di Novara (Novara). A mostra conta, ainda, com uma importante obra de Ludovico Cardi (conhecido como Cigoli), “St. Francis Contemplating a Skull”, propriedade do colecionador e ator ítalo-americano Federico Castelluccio. O quadro virá de Nova York para integrar a exposição de Belo Horizonte.
Proporcionando uma experiência imersiva e única, a mostra também inclui uma sala de Realidade Virtual que vai transportar o visitante da Casa Fiat de Cultura para a Basílica Superior de Assis(1228), na Itália, com o uso de óculos de tecnologia 3D. Será possível caminhar por uma das mais importantes e belas basílicas do país e conhecer obras-primas do pintor italiano Giotto (1267-1337), artista símbolo dos períodos medieval e pré-renascentista. Tradição, arte e tecnologia se encontram nesta exposição, que ficará aberta à visitação até 21 de outubro.
Serviço
Exposição “São Francisco na Arte de Mestres Italianos”
Dia: 8 de agosto a 21 de outubro
Horário: terça a sexta, das 10h às 21h | sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h
Endereço: Casa Fiat de Cultura (Praça da Liberdade, 10 – Funcionários)
Entrada gratuita
Os trabalhos de Felipe Góes são realizados a partir de uma intenção inicial de imagem, mas que se dissolve ao longo do processo de pintura: áreas alagadas podem tornar-se florestas, e planícies transformam-se em manchas indefinidas de cor, por exemplo. O processo de criação do artista e suas proposições conceituais justapõem figuração e abstração, clareza de significado e ambiguidade. Os trabalhos buscam desconstruir os processos tradicionais da pintura de paisagem ao recusar práticas como a utilização de fotografias de referência, a observação de lugares existentes e a aplicação de títulos que direcionem a interpretação das imagens. Existe uma recusa à nomeação de índices e indicadores de significado, e nesse sentido, os trabalhos interrogam tanto a tradição formalista de uma arte autônoma quanto os maneirismos herdados da arte conceitual. Procura-se ativar outras maneiras do público se relacionar com as imagens, traçando relações entre as pinturas e seu próprio repertório de lembranças e experiências.
De 26/07/18 a 25/08/18 na Galeria Murilo Castro
Rua Benvinda de Carvalho, 60
Santo Antônio, Belo Horizonte - MG
CEP: 30330-180 - Tel.: (31) 3287-0110
Paulistano, filho de pai português e mãe húngara, Edgar Rocha aportou ao Maranhão em 1971 como assistente de um filme. Três anos depois, mudou-se definitivamente para a terra que nunca mais deixou.
Em sua longa trajetória maranhense, Edgar registrou como ninguém o patrimônio cultural, retratou mestres em seus ofícios, sobretudo os navegadores e os carpinteiros navais, recuperou imagens históricas, dialogou com as paisagens e imensidões deste norte brasileiro.
Seu trabalho mostra duas características muito marcantes: a luz âmbar, morna, que nos aproxima da imagem capturada. E um fascínio pelos saberes, pelas tradições e pelo jeito de ser dos negros do Maranhão, o que registra de maneira intimista e verdadeiramente amorosa (trechos do texto da curadora Paula Porta). A mostra “Afetos” fica disponível para apreciação do público com fotos que registram o patrimônio cultural, os mestres em seus ofícios, e sobretudo os navegadores e carpinteiros navais da terra que o acolheu. No trabalho, o artista recupera imagens históricas e dialoga com as paisagens e imensidões deste norte brasileiro. A exposição tem curadoria de Paula Porta, que é também diretora do Centro Cultural vale Maranhão. “Afetos” fica em cartaz até 29 de julho, com entrada gratuita.
A exposição Afetos, exibida no Centro Cultural Vale Maranhão entre dezembro de 2017 e fevereiro de 2018, chega ao Memorial Vale, em Belo Horizonte, como parte do Programa de Itinerância Cultural, uma iniciativa da Fundação Vale com o patrocínio da Vale. O programa, que tem amplitude nacional, por meio de uma ação integrada prevê a troca de conteúdo artístico e cultural entre os quatro espaços culturais patrocinados pela Vale, localizados em quatro das cinco regiões brasileiras, além de ações de valorização da identidade cultural em municípios pelo interior do país.
Data: 9 de junho a 29 de julho
Horário: Conforme funcionamento do museu
Local: Memorial Minas Gerais Vale
ENTRADA GRATUITA.
MEMORIAL MINAS GERAIS VALE
Endereço: Praça da Liberdade, 640, esq. Gonçalves Dias
Horário de funcionamento: terças, quartas, sextas e sábados, das 10h às 17h30, com permanência até 18h. Quintas, das 10h às 21h30, com permanência até 22h. Domingos, das 10h às 15h30, com permanência até 16h.
Mostra “Tempo” da artista plástica Betânia Silveira
Betânia construiu sua trajetória profissional e acadêmica direcionada às artes, com ênfase em cerâmica, escultura, instalação e multimídia. Explora materiais que recolhe da natureza: plantas mortas ou em processo de descarte, argila, ar e calor para liquefazer o minério e dar forma a sua obra.
As peças que irão compor o acervo da exposição são resultado de uma pesquisa plástica densa, profunda e particular, que vem sendo desenvolvida pela artista há mais de uma década. Betânia apropria-se de tramas vegetais encontradas prontas e raízes que geram outras urdiduras, resultando em objetos de cerâmica cujos entrelaçados realizam percursos orgânicos e caóticos, desenhos tridimensionais que constroem volumes, pontes de ar em caminhos de pedra, como a própria artista define o seu trabalho.
Sobre o título da exposição, Betânia explica que “O tempo é para este projeto o elemento constante que age sobre todas as formas. É o tempo da minha existência que propicia deleites e dor, o tempo da matéria viva que morre e é recolhida, é o tempo de preparação do barro e da forma, tempo de modelagem, tempo de secagem, o tempo da argila que se transforma fisico-quimicamente e o do fogo que lentamente ganha potência e, na mesma intensidade, consome materiais e realiza outras materialidades”.
Maria Betânia Silveira - É artista plástica e professora de cerâmica desde 1988.
Mostra “Tempo” da artista plástica Betânia Silveira
Local: Galeria de Exposições Temporárias I
Museu Mineiro, Av. João Pinheiro, n. 342 – Belo Horizonte – Minas Gerais
Período exposição: 17 de maio a 8 de julho de 2018
Horário de Visitação: Terça, Quarta e Sexta – de 10h às 19h | Quinta – de 12h às 21h| Sábado, domingo e feriado – de 12h às 19h
POR TRÁS DO TAPUME: MARIÂNGELA HADDAD NA PICCOLA GALLERIA DA CASA FIAT DE CULTURA
Em série de fotografias, a artista visual e arquiteta revela as memórias guardadas em antigos imóveis de Belo Horizonte que se encontram em meio à transformação da paisagem urbana
No bairro Sion, em Belo Horizonte, o comércio coberto por tapumes é descoberto pela lente da artista visual e arquiteta, Mariângela Haddad, em uma série de 11 fotografias e duas montagens fotográficas que compõem a exposição Por trás do tapume, a ser inaugurada na Piccola Galleria da Casa Fiat de Cultura no dia 8 de maio. A pesquisa da artista ultrapassa a função elementar da fotografia, que seria a fotografia de registro, para encontrar uma fotografia expressiva; revela a vida que pulsa nos espaços fadados à transformação arquitetônica. Assumindo o papel do flâneur, Mariângela vaga pelas ruas da cidade com o objetivo de experimentá-la, atenta às suas nuances, um exercício de deriva que se firma na descoberta e documentação fotográfica de espaços sujeitos às mudanças do crescimento urbano. O ensaio é, assim, resultado da coleta de memórias que permeiam esses espaços, do cotidiano das pessoas que ali vivem e trabalham, com a consciência de que novas histórias serão construídas. A mostra fica em cartaz até 24 de junho e tem entrada gratuita.
Nas obras existe uma rica textura visual, provocada pelas marcas espontâneas deixadas durante um longo período de tempo nos ambientes fotografados. É possível verificar diversos recados e anotações nas paredes ou em papeis fixados em todo tipo de suporte; recortes de jornais; calendários; manifestações de religiosidade ou fanatismo esportivo; acúmulo de material de trabalho, linhas, tecidos, espumas; paredes descascadas e outros sinais de precariedade.
A partir deste trabalho, Mariângela Haddad reúne rastros de histórias que fatalmente se perderão com a chegada de novas tecnologias e a inevitável transformação da paisagem urbana num antigo bairro da cidade. “O imóvel da reformadora de sofás que fotografei, por exemplo, foi demolido em junho de 2016 e no terreno foi construída uma drogaria. Esses lugares por onde andei guardam em si uma rica memória, agora materializada e preservada pelos meus registros”, afirma a artista.
SERVIÇO
Exposição “Por trás do tapume” – Mariângela Haddad na Piccola Galleria da Casa Fiat de Cultura 8 de maio a 24 de junho de 2018
Terça a sexta, das 10h às 21h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h
Entrada gratuita
Casa Fiat de Cultura - Circuito Liberdade
Praça da Liberdade, 10 – Funcionários – BH/MG
Horário de funcionamento: terça a sexta, das 10h às 21h – Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h
Informações: (31) 3289-8900
O Conservatório UFMG retoma essa história, que marcou o país, com a abertura oficial da exposição Canção Amiga – Clube da Esquina. Em 2017, a mesma exposição ocorreu no Espaço do Conhecimento UFMG. A mostra convida os visitantes a um contexto de importantes transformações políticas, culturais e sociais, no qual uma nova musicalidade foi criada a partir da fusão de tendências, a princípio, irreconciliáveis: bossa nova, samba, jazz, rock, os sons da América Hispânica e as tradições do interior mineiro com fortes traços da cultura negra.
Canção Amiga é resultado das pesquisas do Centro de Referência da Música de Minas UFMG, um trabalho de pesquisa interdisciplinar que investiga as sonoridades produzidas e em circulação no estado. A exposição ocupa o segundo andar do Conservatório, e é a primeira a desenvolver uma trilha sonora específica. Professores e alunos da Escola de Música da UFMG, coordenados pelo professor Mauro Rodrigues, desenvolveram arranjos que serão ouvidos ao longo da exposição. As gravações contaram com a participação de Toninho Horta, Tavinho Moura, Túlio Mourão e Titane.
O que é o Clube da Esquina?
Não há um consenso entre pesquisadores sobre o que é, exatamente, o Clube da Esquina. Para uns, são os dois LPs, produzidos em 1972 e 1978 e conduzidos por Milton Nascimento, com a participação de diversos músicos e compositores mineiros. Para outros, trata-se de um movimento mais sistemático, que tem início em Minas Gerais, mas se espalha pelo Brasil e pelo mundo. As principais características do Clube são os temas das letras das músicas, como amizade, utopia de um mundo melhor, natureza e os espaços rural e urbano, além da singularidade das melodias, das harmonias e dos arranjos. A multiplicidade sonora e a diversidade cultural marcam grande parte do desenvolvimento artístico e a originalidade da trajetória do Clube da Esquina.
Informações Adicionais:
Horário de visitação a exposição: 2ª a 6ª, das 08h às 18h
Data: de 16.04.2018 até 29.06.2018
Local: Conservatório UFMG - Av. Afonso Pena, 1534 - Tel:(31) 3409-8300
Telefone: 31 3409-8300
Entrada Franca
A exposição é constituída de esculturas em ferro e segundo o curador da mostra, professor Rodrigo Vivas, “a obra de Leandro Gabriel nos remete a algo estranho, mas que de alguma forma é traduzido como um pertencimento ou uma familiaridade inexplicável”. Ele “alcançou um ‘estilo individual’: é impossível confundir uma obra produzida pelo artista”. As obras “são vistas como objetos diferentes, situados no limite do estranhamento”.
Leandro Gabriel nasceu em Belo Horizonte em 1970. É formado em Educação Artística pela Escola Guignard e pós-graduado em Arte pelo Centro de Pesquisa de Minas Gerais. Iniciou sua carreira esculpindo em argila, depois em madeira e, atualmente, em ferro. Em 2004 foi premiado no Salão Nacional de Arte de Paraty (RJ).
Suas obras fazem parte do acervo do Museu Nacional de Arte Contemporânea de Brasília. O artista possui também peças em exibição permanente no Parque Estadual do Rola Moça, em Belo Horizonte.
Há 28 anos o artista plástico Leandro Gabriel vem desenvolvendo seu trabalho de transformação da sucata de ferro em arte. O artista, mineiro de Belo Horizonte, tem uma produção artística que pode ser definida como objetos centrados na linguagem escultórica inseridos na contemporaneidade.
Frutos da transformação de sucatas de metal, os objetos unem a solidez do ferro e a fortaleza da ferrugem com a sensibilidade do olhar e a fragilidade das mãos do artista, que lhes dá outro destino: o de permanecerem vivos ao interromper o ciclo de aproveitamento destas matérias-primas pelas siderúrgicas que as tornam, novamente, sucatas.
Na visão do artista, fazer arte é descarregar vida por meio do ressuscitamento de materiais, anteriormente desprezados pelo desenvolvimento tecnológico. Assim, ao reelaborar textura pela exploração de resíduos industriais, o artista reinventa o aparentemente comum elevando-o a categoria de arte com o agrupamento de materiais insólitos.
Esse trabalho de transformação revela a importância da arte na vida das pessoas e como o cotidiano pode favorecer o processo sócio-cultural contribuindo para a conscientização do papel social do cidadão e da sociedade urbana.
Os objetos do artista propõem um diálogo entre estes, o observador e suas histórias, ou seja, um diálogo entre os elementos de engrenagem do progresso urbano. Esta busca da memória urbana desperta a atenção e reflexão do observador propiciando a elaboração de novos valores e pensamento crítico a respeito do desenvolvimento da sociedade.
Abertura: 15 de março de 2018 - Término: 29 de abril
Local: Centro Cultural UFMG - Av. Santos Dumont 174,
Telefone: 31 3409-8290
Visitação: 3ª a 6ª, das 10h às 21h; Sábados e domingos das 10h às 18h
Exposição “Refúgio Poético” | Wendell Leal na Piccola Galleria da Casa Fiat de Cultura
Local: Casa Fiat de Cultura
Onde encontramos refúgio nas grandes cidades? Esta é uma reflexão que o artista plástico mineiro Wendell Leal traz para a Casa Fiat de Cultura com a exposição Refúgio Poético. Um dos projetos escolhidos no 2º Programa de Seleção da Piccola Galleria, a mostra conta com 12 aquarelas e uma tela pintada à tinta acrílica inspiradas no simbólico Parque Municipal Américo Renné Giannetti, fundado em 1897, no hipercentro de Belo Horizonte. Com curadoria de Janaína Cunha, a exposição questiona a agitada vida urbana e elege a natureza como refúgio.
Informações Adicionais:
30 de janeiro a 18 de março de 2018
Terça a sexta, das 10h às 21h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h
http://www.casafiatdecultura.com.br/
Telefone: 31 3289-8900
Email:
Entrada Franca
De 20 de dezembro a 4 de março a artista mineira Ana Horta tem sua obra revista na exposição póstuma Descascando o Branco na Galeria Genesco Murta, no Palácio das Artes.
A exposição, que é fruto de uma parceria entre a Fundação Clóvis Salgado, a família de Ana Horta e a AM Galeria, reúne 30 trabalhos da artista produzidos durante a década de 1980.
Para a gerente de Artes Visuais da Fundação Clóvis Salgado, Uiara Azevedo, uma das principais características da pintura de Ana Horta é seu traço expressivo, comum entre diversos artistas da década de 1980.
“O trabalho de Ana tem relação com o gesto, marcando na tela um percurso súbito e imediato. A intensidade e a profusão das cores são características acentuadas de sua pintura. Ela foi uma das artistas mais representativas da sua geração, a importante Geração 80, que tinha jovens artistas brasileiros resgatando a volta da pintura após a repressão artística durante o período militar”, conta Uiara Azevedo. Ainda segundo a gerente, a complexidade visual das obras de Ana Horta pode ser percebida na utilização de cores e formas geométricas.
A própria artista costumava dizer que “a cor é o branco descascado”. A partir dessa ideia, então, surgem todas as profusões e misturas de cores retratadas nas obras. Já as características gráficas simétricas de linguagem urbana são fruto das pinturas em muros e murais de rua – seu trabalho mistura paisagens, arquiteturas e personagens do cotidiano.
Apesar de realizar diversas exposições individuais na década de 1980 e ter seus trabalhos expostos em mostras póstumas e coletivas, há dez anos o trabalho de Ana Horta não é exposto individualmente. Um dos principais cuidados na produção da mostra foi a busca por um panorama que retratasse bem a obra de Ana Horta.
A partir de conversas com a família da artista, foi decidido quais obras fariam parte da exposição. Ao todo, foram selecionadas 40 obras que representam um recorte cronológico da breve, porém produtiva, carreira de Ana Horta. Assim, a mostra Descascando o Branco revela sua importância ao apresentar o trabalho da artista a uma nova geração, formando um novo público.
Mineira de Bom Despacho, Ana Maria Horta de Almeida nasceu em 1957 e faleceu precocemente aos 30 anos, em Belo Horizonte, vítima de um acidente automobilístico. Atuando como pintora, desenhista e professora, ingressou na Escola de Belas Artes da UFMG em 1978 e especializa-se em gravuras, realizando projetos de design gráfico para capas de discos e livros. Dialogando com o que há de melhor entre seus contemporâneos, seja no Brasil ou no mundo, Ana Horta se tornou uma das grandes referências da pintura oitentista brasileira.
In: site fundação Clóvis Salgado.
Serviço:
Data de início |
20 de Dezembro de 2017 |
Data de término |
04 de Março de 2018 |
Endereço |
Galeria Genesco Murta | Palácio das Artes |
Preço |
Entrada Gratuita |
As mudanças que o Design vem sofrendo e provocando são o tema da exposição O que as vandas não contam, que ocupa a PQNA Galeria do Palácio das Artes no período de 23 de novembro a 21 de janeiro.
Os milhares de postais que tomam as paredes da galeria traçam um panorama do percurso da Greco Design, uma das mais influentes empresas de design brasileira. O painel registra os projetos da Greco nas áreas de identidade visual, sinalização e editoriais, além de contar um pouco da intimidade da equipe de designers. O diferencial da exposição é que a mostra é interativa e os visitantes poderão retirar os post cards da parede e levá-los para casa.
Inspirado pelas flores
O título foi inspirado na espécie de orquídea Vanda coerulea, que ocupa o jardim de entrada da agência Greco. Segundo Gustavo Greco, proprietário e diretor de criação da Greco Design, as flores são “espectadoras silenciosas e observam passivamente tudo o que acontece: as conversas com os clientes, como as ideias são geradas e a maneira peculiar dos relacionarmos em equipe: fraterna, intensa e compartilhada”.
Reconhecimento internacional
Recordista de prêmios nacionais e internacionais, a Greco Design já recebeu os prêmios Design Lions no Festival de Cannes, D&AD, Grand Prix no Red Dot Design Award, iF Communication Award, London International Awards e Prêmio e Menção na Bienal Iberoamericana de Diseño.
Em 2017, a agência foi destaque na Bienal Brasileira de Design, em Brasília, e considerada pela revista americana How como uma das sete empresas de design mais relevantes do Brasil. Em Belo Horizonte, a Greco é responsável pela criação de projetos para importantes ícones da cidade, como a Fundação Clóvis Salgado, Circuito Cultural Praça da Liberdade, Conjunto Moderno da Pampulha e Cine Theatro Brasil Vallourec.
Data: 23 de novembro a 21 de janeiro de 2018.
PQNA Galeria | Palácio das Artes - entrada gratuita
HORÁRIO
De terça a sábado, das 9h30 às 21h e domingo de 16h às 21h
CLASSIFICAÇÃO LIVRE
INFORMAÇÕES PARA O PÚBLICO
(31) 3236-7400
FUGA – ANA AMÉLIA DINIZ CAMARGOS NA CASA FIAT DE CULTURA
Exposição da artista mineira de 88 anos aborda inquietações sobre degradação da natureza e fluxos migratórios da sociedade moderna
De 10 de outubro a 26 de novembro de 2017, a Casa Fiat de Cultura apresenta a exposição inédita: Fuga, da artista plástica Ana Amélia Diniz Camargos, com curadoria de Marconi Drummond e Fabíola Moulin. Com licença poética, a artista mineira expressa sua conexão com a natureza e o incômodo diante da degradação da natureza. Expressa também suas preocupações com os atuais fluxos migratórios, induzidos pelos conflitos sociais. “Esta exposição chega providencialmente em um momento em que nossa sociedade está sofrendo fortes opressões”, ressalta o curador Marconi Drummond. A mostra de arte contemporânea é dividida em três eixos e conta com 47 obras, entre desenhos, vídeo e uma instalação com cerca de 700 esculturas em cerâmica de pequenas dimensões. A entrada é gratuita.
Aos 88 anos, Ana Amélia continua incansavelmente seu fazer artístico. A exposição Fuga é uma realização do Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura e da Casa Fiat de Cultura, com o patrocínio da Fiat Chrysler Automóveis (FCA), CNH Industrial Capital, Banco Fidis, Fiat Chrysler Finanças, New Holland Construction, Banco Safra e Verde Urbanismo. A mostra conta com apoio da Construtora Diniz Camargos, Imobiliária Singular e Aprimori Centro Estético, e apoio institucional do Circuito Liberdade, Instituto Estadual do Patrimônio Histórico (Iepha), Governo de Minas e Governo Federal.
SERVIÇO:
10 de outubro a 26 de novembro de 2017
Terça a sexta, das 10h às 21h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h
Entrada gratuita
Casa Fiat de Cultura
Circuito Liberdade
Praça da Liberdade, 10 – Funcionários – BH/MG
Horário de funcionamento: terça a sexta, das 10h às 21h – Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h
Informações: (31) 3289-8900
Chico Amaral compartilha no térreo do CCBB BH suas anotações sobre a paisagem, o visto e o não visto. Objetos domésticos se transformam em situações escultóricas com jogos, vídeos, painéis eletrônicos, miniaturas e fotografias. Em sua maioria, são obras que só se realizam a partir da interatividade com o público.
Mostra interativa e gratuita transforma arte em jogo
O Centro Cultural Banco do Brasil de Belo Horizonte (CCBB-BH) recebe, do dia 13 setembro a 06 de novembro, uma exposição inédita que convida o espectador a jogar com a arte. Em Tropikos, Anotações sobre o Entorno e a Pessoa; o artista belo-horizontino Chico Amaral, com obra permanente no acervo do MAM-SP, retorna à cidade natal trazendo uma exposição em que o assunto central é o jogo.
Produzida pela Sapoti Projetos Culturais e com curadoria de Ana Avelar, a mostra transformará as galerias do térreo do CCBB-BH em uma sala de estar, misturando móveis, miniaturas, jogos, áudios e projeções. As obras são instalações montadas sobre mesas de jantar, mesas de centro, cadeiras e bancos. Para explorá-las, os participantes deverão se deslocar ao seu redor, sentar-se sobre elas, contorcer-se para ouvir áudios ou para observar detalhes mais escondidos.
Com isso, o artista, que faz sua primeira exposição individual depois de longa temporada no exterior, busca jogar com aquilo que se oculta na paisagem e dentro de cada um.
Já a obra Murmúrio coloca o público dentro de paisagens registradas pelo artista em suas viagens pelo mundo. Uma série de imagens é projetada sobre pequenos alto-falantes que emitem uma mensagem em um volume muito baixo, fazendo com que as pessoas se aproximem da projeção para ouvi-los. Seguindo o jogo, as pessoas se misturam com as obras.
Em O lugar das coisas, esse acolhimento é extremo: o público abraça uma mesa que sussurra uma canção, obra feita em colaboração com a cantora Patrícia Ahmaral, irmã do artista.
Jogando com a relação entre paisagem e identidade, o fio condutor da exposição é o conceito da palavra grega tropikos, que significa uma volta completa. Das nove obras expostas, sete foram produzidas a partir do reencontro do artista com o Brasil. O berço é a tradução mais dura desse momento, com fotos de sem-teto abrigados sobre barracas de vidro dispostas em uma singela mesinha de centro.
Centro Cultural Banco do Brasil
Horário: 9h às 21h
Entrada franca
Página 3 de 7