Winnicott, a democracia e os adoecimentos da vida social (curso presencial e online)
Prof. Dr. Ricardo Telles de Deus
Um dos aspectos instigantes no pensamento de Winnicott sobre a vida social, é o seu modo de abordar a democracia. E, em especial, sua ênfase nos ingredientes essenciais e indispensáveis que a viabilizam. Segundo ele, a democracia só pode florescer, de maneira estável, numa sociedade composta por uma quantidade suficiente de adultos relativamente maduros (ou “sãos”). Indivíduos que conseguiram desenvolver, dentre outras coisas, considerável espessura ética e capacidade de se responsabilizar pela sociedade à qual pertencem. Por outro lado, Winnicott também sublinha, em sua teoria, que a somatória dos indivíduos antissociais “manifestos” e “ocultos” não pode ultrapassar um certo limite, e que os “indefinidos” precisam ser influenciados, construtivamente, pelas pessoas maduras. Posto isto, cabe a pergunta: seria possível utilizar tal modelo para compreender o advento de graves adoecimentos sociais? Por exemplo, a manifestação de organizações de natureza totalitária, que, com tanta frequência, irrompem no mundo contemporâneo? Neste minicurso, nos debruçaremos sobre o fenômeno nazista, que eclodiu na Alemanha de Hitler, com base no estudo do caso Eichmann, realizado pela pensadora política Hannah Arendt, e através da literatura de Primo Levi, que narra sua experiência de ter sobrevivido ao campo de extermínio de Auschwitz. Os participantes serão convidados a fazer dialogar estas obras magistrais com o pensamento psicanalítico de Winnicott.
Dias: 19 de junho, sexta-feira, de 19h às 21h.
20 de junho, sábado, de 9h às 12h30.
Investimento: R$ 330,00
Mais informações pelo fone (31) 3342-2847 ou nossa WhatsApp (31) 9 9289-0209 ou ainda pelo email:
Minicurrículo do prof. Dr. Ricardo Telles de Deus:
Psicanalista; Pós-doutorado em Psicologia Clínica (PUC-SP); Docente do Curso de Formação em Psicanálise do Centro de Estudos Psicanalíticos (CEP); Coordenador do Núcleo “Psicanálise e Psicoses” (CEP); Membro Pesquisador da Associação Universitária de Pesquisa em Psicopatologia Fundamental; Pesquisador do Grupo “A crise do amadurecimento na contemporaneidade”, do Laboratório de Política, Comportamento e Mídia (Labô / PUC-SP).