Mostra apresenta 60 fotografias que retratam e ficcionalizam a paisagem das cidades e a relação das pessoas com esses espaços
Desconstrução. Vazios. Ruínas. Ficções construídas dentro da realidade. Em “Babel”, nova exposição da Casa Fiat de Cultura, o artista visual Rafael Vilarouca apresenta registros que reformulam o espaço urbano a partir de uma cidade imaginada por ele. São 20 trípticos que, ao todo, somam 60 fotografias, formando um mosaico único. A mostra fica em cartaz até 12 de janeiro de 2025, e foi selecionada no 7º Programa de Seleção da Piccola Galleria.
“Babel” é um trabalho solitário e íntimo, que condensa a carreira de fotografias do artista. Vilarouca se coloca no cenário urbano para compreender as próprias solidões e como é abraçado por esses lugares. Paralelamente, tudo o que é escolhido para ser fotografado está relacionado a suas memórias pessoais. “O trabalho está muito ligado, também, à questão da coleção. Coleciono fotos que são como souvenirs, registrando aquilo que vejo na cidade”, destaca.
As fotografias, ora analógicas, ora digitais, passam, também, por pequenas intervenções de colagem digital e xerox art, criando uma cartografia do Ceará, estado onde nasceu e vive o artista. Com imagens registradas em Icó, Juazeiro do Norte e Fortaleza, as obras se apresentam como uma espécie de investigação da cidade, que, ao mesmo tempo, é urbana e rural, sem limites claros entre o que é natural e o que é urbano. Paisagens, placas, piscinas, casas e outros elementos anunciam a ruína de uma cidade que cresce desordenadamente. “Os centros urbanos se modificam com toda uma infraestrutura, diferente do que se vê nas cidades que estão à margem”, explica Vilarouca.
As obras desconstroem e ressignificam signos e índices de processos industriais. Deslocam o olhar para o Nordeste brasileiro, compondo fragmentos de arquiteturas, manipulações e interferências na textura das imagens, que dão novos significados às paisagens geopolíticas desses trajetos.
Para Leno Veras, pesquisador, comunicólogo e professor que assina o texto curatorial, a exposição explora a relação entre corporeidade, arquitetura e urbanismo, tendo a cidade como interface. “Este conjunto de obras propõe questionamentos instigantes no que concerne à relação entre sujeito e espaço na cultura contemporânea”, reflete.
Exposição “Babel”, de Rafael Vilarouca, na Casa Fiat de Cultura
Período expositivo: até 12 de janeiro de 2025
Visitação presencial: terça-feira a sexta-feira das 10h às 21h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h (exceto segundas-feiras)
Tour virtual no site: www.casafiatdecultura.com.br
Casa Fiat de Cultura
Praça da Liberdade, 10 – Funcionários – BH/MG
Circuito Liberdade
Horário de Funcionamento
Terça-feira a sexta-feira, das 10h às 21h
Sábado, domingo e feriado, das 10h às 18h
Informações
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Entre os dias 28 de agosto e 18 de novembro, o CCBB BH recebe a exposição “Arte Subdesenvolvida”, que propõe uma reflexão sobre a produção artística brasileira entre meados da década de 1930 e início de 1980, a partir de seu embate com a ideia de subdesenvolvimento, que seria tanto uma condição para aqueles que viviam no Brasil como algo a ser superado a partir de suas contradições.
Articulando trabalhos de mais de 20 artistas, incluindo documentos históricos, fotografias e escritos, a mostra incorpora manifestações também nos campos da literatura, cinema, teatro e da educação, com obras que adensam a pluralidade artística brasileira, tensionando a relação entre a arte vibrante presente nas paredes e a escassez de recursos e de urbanidade, dos litorais ao interior.
“Arte Subdesenvolvida” tem curadoria de Moacir dos Anjos e conta com trabalhos de artistas como Anna Bella Geiger, Anna Maria Maiolino, Cildo Meireles, Daniel Santiago, Hélio Oiticica, Carolina Maria de Jesus, Elza Soares, Ferreira Gullar, José Claudio, Graciliano Ramos, Henfil, Luís Sacilotto, Obaluayê, Paulo Bruscky, Paulo Freire, Rachel de Queiroz, Glauber Rocha, Solano Trindade, Randolpho Lamounier, dentre outros.
A exposição ocorre nas Galerias do 3º Andar e no Pátio, e a entrada é gratuita, com retirada de ingresso na bilheteria.
A exposição reconstrói a arte rupestre por meio de bordados e esculturas têxteis
As pinturas pré-históricas encontradas nas paredes das cavernas e paredões rochosos ganham uma releitura na nova exposição da Casa Fiat de Cultura. Em cartaz de 23 de julho a 8 de setembro, “Rupestres”, do artista visual cearense Higo José, apresenta 16 obras, entre bordados e esculturas têxteis, que traduzem pinturas rupestres nacionais, especialmente aquelas encontradas na Serra da Capivara (Piauí) e no Vale do Peruaçu (Minas Gerais). A exposição foi escolhida no 7º Programa de Seleção da Piccola Galleria. A abertura será realizada no dia 23 de julho, às 19h30, em um bate-papo com o artista seguido de visita mediada. Toda a programação é gratuita.
Para o artista, a exposição é uma espécie de trabalho arqueológico, em que ele faz a catalogação das figuras. Aqui, as tradicionais pinturas rupestres ganham novas formas, com animais organizados a partir de uma visão subjetiva, pensando cores e a disposição das figuras de forma minuciosa. Uma nova narrativa linear é criada para cada obra e, assim, surgem novas histórias para se contar. “O sentido dessas obras será completado através da experiência do público na galeria”, reflete Higo José.
Em “Rupestres”, linhas entrelaçadas e tecidos despertam novos interesses, por meio de trabalho que, além do peso da história, carregam a tradição do bordado. Assim, o diálogo entre a arte da pré-história, esculturas têxteis e as peças bordadas resultam em uma mostra contemporânea, cheia de simbolismos e carregada de afeto. O artista cresceu em São Benedito, cidade que faz divisa com o Piauí. “Foi nesse lugar que aprendi a bordar, ainda criança, com a minha avó Jandira. Agora, trago esses elementos para meu trabalho, propondo uma série de reflexões sobre a nossa relação com o passado, o presente e o futuro”, instiga.
Para a crítica de arte e pesquisadora Sylvia Werneck, que assina o texto curatorial da mostra, “Rupestres” dá margem a paradoxos interessantes. “Ao caráter de eternidade das figuras originais, feitas sobre pedra, os bordados de Higo respondem com a efemeridade do tecido, a maciez da linha e a qualidade diáfana do suporte.” Ao assumir a persona de um arqueólogo, o artista recria a arte primeva com materiais industrializados do século XXI. Assim, de acordo com Sylvia, o artista primordial e o contemporâneo compartilham uma atividade exclusivamente humana: “a criação de formas simbólicas a que damos o nome de arte”.
A exposição “Rupestres” é uma realização da Casa Fiat de Cultura e do Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Conta com o patrocínio da Fiat, copatrocínio da Stellantis Financiamento, do Banco Stellantis, do Banco Safra, da Usiminas e da Sada. O evento tem apoio institucional do Circuito Liberdade, além do apoio do Governo de Minas e do Programa Amigos da Casa.
Casa Fiat de Cultura
Praça da Liberdade, nº10, Funcionários | CEP: 30140-010 | Belo Horizonte/MG - Brasil
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Modernos Eternos | BH eclética: a arquitetura de Edgard Nascentes Coelho na Casa Fiat de Cultura
Quantas histórias a arquitetura de uma cidade é capaz de contar? As edificações de Belo Horizonte não só representam uma variedade de estilos e influências culturais, como revelam figuras marcantes para a preservação de sua memória e patrimônio. A Casa Fiat de Cultura dá destaque ao arquiteto Edgard Nascentes Coelho (1853-1917), cujas obras ainda hoje marcam a paisagem da cidade, como a Igreja de São José, o Coreto da Praça da Liberdade e o prédio do Instituto de Educação de Minas Gerais (IEMG), que este ano recebe o Modernos Eternos BH – 2024. Integrando este evento de arquitetura, a exposição “BH eclética: a arquitetura de Edgard Nascentes Coelho na Casa Fiat de Cultura” proporciona, por meio de fotografias, documentos, desenhos arquitetônicos e cartões postais originais, uma visão do estilo eclético dos projetos do arquiteto. O acervo de objetos e do mobiliário da época do Instituto de Educação (IEMG) ativa o imaginário do público, ampliando a percepção desse período para além da arquitetura.
Dentre as peças em exposição, os postais – um meio de comunicação tão importante naquela época – reforçam a importância da arquitetura ao retratar os edifícios que faziam parte da paisagem da cidade. Um quadro de giz e outros objetos pedagógicos do final do século XIX e início do século XX dão uma visão de como eram os materiais escolares nesse período. Além disso, os móveis de época permitem a compreensão não só da arquitetura, mas dos interiores dos ambientes na época da construção da cidade. Também compõe o ambiente um trecho original do discurso do jornalista e poeta Olavo Bilac (1865-1918) na Escola Normal, escrito à mão em 1916.
Na mostra, a Casa Fiat de Cultura ainda relembra Jeanne Milde (1900-1997), escultora belga naturalizada brasileira que, além de artista, foi pioneira na educação para as artes em Minas. Formada pela Real Academia de Belas Artes de Bruxelas, ela aceitou o convite para compor a Missão Pedagógica Europeia para uma reforma educacional em Belo Horizonte. Na então Escola Normal Modelo – hoje Instituto de Educação – era responsável pelas disciplinas de modelagem e pintura. Milde é considerada a primeira presença feminina, artista e profissional, no universo das artes na capital mineira, abrindo espaço e oportunidade para outras mulheres nos anos a seguir. A exposição conta com três esculturas de Milde, do acervo do Museu Mineiro: “As primeiras palavras” (1946), voltada para a temática da educação ao retratar uma mulher e uma criança juntas, “Retrato de Vera” (1960), em que explora a mulher e o feminino, e a emblemática “As adolescentes” (1937), produzida pela artista logo ao chegar em BH, que apesar de trazer uma escultura clássica, é uma obra muito importante do Modernismo.
Casa Fiat de Cultura
Exposição de 18 de junho a 18 de agosto de 2024
Praça da Liberdade, nº10, Funcionários | CEP: 30140-010 | Belo Horizonte/MG - Brasil
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Pela primeira vez, esculturas, pinturas, desenhos e gravuras dos séculos XX e XXI, saem do Centro de Memória Usiminas para circulação, com a exposição “Visível Sensível: do colecionismo ao museu na Casa Fiat de Cultura”.
A mostra, que reúne 50 obras do acervo, está em cartaz, em Belo Horizonte, até o dia 30 de junho, com visitação gratuita. A mostra é realizada pela Casa Fiat de Cultura, em parceria com o Instituto Usiminas e curadoria de Rodrigo Vivas, doutor em História da Arte.
A abertura da exposição foi realizada na segunda-feira (22/4) e contou com as presenças do presidente da Usiminas, Marcelo Chara; presidente da Stellantis para América do Sul, Emanuele Cappellano; Secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira; gestora cultural da Casa Fiat de Cultura, Ana Vilela, membros das diretorias Usiminas e Stellantis, classe artística e imprensa.
A exposição se destaca pela diversidade do acervo, que apresenta obras de diferentes épocas, bem como pela origem dos artistas: além dos mineiros, o público poderá conferir nomes de todo o Brasil. Amilcar de Castro, Lorenzato, Yara Tupynambá, Amélia Toledo, Bruno Giorgi, Jorge dos Anjos, Franz Weissmann, Manfredo Souzanetto, Marcos Coelho Benjamim, Tomie Ohtake, Nello Nuno, Chanina e Siron Franco, entre outros, ilustram um percurso que leva o público a referências relevantes da arte produzida no país.
Entre os temas propostos pela mostra, estão o conceito de colecionismo, os diálogos que as obras criam com o espectador, as narrativas simbólicas dos trabalhos apresentados, os caminhos da representação e a tradução dos interesses individuais para conexões coletivas.
O percurso narrativo contempla várias linguagens e abrange os caminhos seguidos pela arte brasileira, bem como os diálogos que podem ser desenvolvidos entre essas obras e a cena contemporânea.
O curador Rodrigo Vivas destaca que “Visível Sensível: do colecionismo ao museu” desperta a pesquisa sobre o colecionismo. “Essa iniciativa revê a trajetória da arte em Minas Gerais e no Brasil, ao mesmo tempo em que discute a formação de coleções e a difusão dessas obras de forma ampla.”
Segundo o presidente da Casa Fiat de Cultura, Massimo Cavallo, a exposição desvela um acervo de extrema importância, construído minuciosamente há seis décadas, e é capaz de preencher lacunas do conhecimento público da arte brasileira.
“A iniciativa promove a ampliação do acesso a uma produção artística que demonstra a contribuição do colecionismo na construção da memória e da identidade de Minas e do Brasil.”
Para o presidente da Usiminas, Marcelo Chara, circular pela primeira vez com o acervo do Centro de Memória Usiminas, levando-o de Ipatinga para Belo Horizonte em um espaço expressivo culturalmente tem um significado importante.
“A Usiminas e a Stellantis, que sempre estiveram unidas pelo desenvolvimento industrial do país, fortalecem ainda mais essa ligação levando arte para a comunidade, de forma gratuita, por meio da exposição. É uma grande honra estrear na Casa Fiat de Cultura, um espaço de grande relevância para os mineiros.”
A exposição “Visível Sensível: do colecionismo ao museu” é uma realização da Casa Fiat de Cultura e do Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, em parceria com o Instituto Usiminas. Conta com o patrocínio da Fiat, copatrocínio da Stellantis Financiamento, do Banco Stellantis, do Banco Safra, da Usiminas e da Sada.
O evento tem apoio institucional do Circuito Liberdade, além do apoio do Governo de Minas e do Programa Amigos da Casa.
Novidades no acervo
Com a saídas de parte do acervo para a exposição, o Centro de Memória Usiminas exibe na Sala Acervo Artístico sete obras inéditas, tapeçarias e pinturas que estavam na Reserva Técnica do espaço: Tapeçaria Lã (Genaro de Carvalho); Tapeçaria Lã (Maria Helena Andrés); O Pianista e os Sentidos Humanos (Fernando Pacheco); Ouro Preto Visto do Porão da Casa dos Contos (Edésio Esteves); Alegoria Floral e Ouro Preto (Nelly Frade); Ouro Preto - Igreja de santa Efigênia (Petrônio Bax).
SERVIÇO
Exposição Visível Sensível: do colecionismo ao museu na Casa Fiat de Cultura
Período expositivo: 23 de abril a 30 de junho de 2024
Visitação presencial: terça-feira a sexta-feira das 10h às 21h; sábados, domingos e
feriados, das 10h às 18h (exceto segundas-feiras)
Tour virtual no site: www.casafiatdecultura.com.br
Casa Fiat de Cultura
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Circuito Liberdade
Horário de Funcionamento:
Terça-feira a sexta-feira, das 10h às 21h
Sábado, domingo e feriado, das 10h às 18h
Informações: www.casafiatdecultura.com.br
Após uma temporada bem-sucedida em Londres com “Colour Diving”, inspirada na conexão com o divino e na busca pelo sentido da vida, a artista plástica Ana Elisa Murta traz para Belo Horizonte “Jardim mineral: o avesso da terra”, instalação inédita que celebra a essência mineral de Minas Gerais e a sabedoria de um povo que retira os recursos da natureza respeitando os limites e os ciclos da própria terra.
A mostra ficará em cartaz de 08 de março a 05 de maio, no Museu Mineiro (avenida João Pinheiro, 342, Funcionários), e reflete uma profunda comunhão da artista com sua terra natal.
O ambiente é dividido ao meio por duas instalações dependuradas ao centro, de dimensões impressionantes, com quase 10 metros de comprimento, que foram criadas esticadas no chão, trazendo micromundos minerais em frações, e coexistem com obras menores, em formato quadrado – todas são inéditas.
As telas exibem cores naturais dos minérios, em tons de ocre; ora amarelados e alaranjados, ora avermelhados e terrosos, em variadas texturas, que não apenas retratam a beleza, mas também evidenciam as vastas possibilidades e a magnificência dos recursos naturais disponíveis.
A tinta utilizada é resultado de um processo metamórfico de rochas transformadas em pó, acrescido de óleo de linhaça, e foi empregada a técnica da monotipia com pequenos galhos de vegetação.
Belo Horizonte (MG) é a última parada da itinerância que percorreu as regiões Norte e Nordeste, patrocinada pelo Instituto Cultural Vale, através da Lei Federal de incentivo à Cultura. O rico acervo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) chega à capital mineira para dialogar com produções de artistas contemporâneos locais.
A partir de 28 de novembro, Belo Horizonte (MG) recebe a exposição “Imagens que não se conformam”, que reúne peças da coleção do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) e trabalhos de artistas contemporâneos. A exposição ficará em cartaz até 07 de abril de 2024 no Memorial Minas Gerais Vale, localizado na Praça da Liberdade, 640, região Centro-Sul da capital mineira.
Realizada pelo Ministério da Cultura, Instituto Cultural Vale e Instituto Odeon, por meio da Lei Federal de incentivo à Cultura, a mostra apresenta ao público peças e obras raras e significativas do acervo do IHGB que remetem aos períodos colonial, imperial e republicano do Brasil, e trabalhos de artistas mineiros contemporâneos, propondo um diálogo profundo acerca da desconstrução das narrativas históricas já constituídas. Com curadoria de Paulo Knauss e co-curadoria local de Fabíola Rodrigues em Minas Gerais, a itinerância que passou ainda por Pará e Maranhão reflete o trabalho de articulação do Instituto Cultural Vale na busca pela descentralização e integração das diversas manifestações culturais por todo o país.
Essa experiência, que circulou o Brasil ao longo de 2023, é baseada no diálogo entre o antigo e o novo, a exposição conta com curadores e artistas das respectivas localidades, reconhecendo assim a diversidade da produção contemporânea e inventariando a multiplicidade de visões sobre a história do Brasil. “Encerrar a itinerância em Minas Gerais é uma espécie de ‘volta para casa’. O novo e o antigo estão em constante diálogo na arte produzida em Minas. Em um mesmo estado, temos grandes museus dedicados às artes moderna e contemporânea convivendo lado a lado à secular arte barroca das cidades coloniais”, comenta Carlos Gradim, presidente do Instituto Odeon, idealizador e realizador da itinerância.
A exposição também marca a “volta para casa” do crânio do homem de Lagoa Santa, uma das raridades da coleção do IHGB. Descoberto em pesquisas paleontológicas realizadas entre 1801 e 1890 pelo dinamarquês Peter Wilhelm Lund nas grutas de Minas Gerais, o crânio é um símbolo da história da ciência no Brasil do século XIX. “Esta será a primeira vez que o crânio será exposto em Minas Gerais desde a sua descoberta. Isso é motivo de uma satisfação imensa para o IHGB! Os mineiros poderão ver de perto uma peça importantíssima que remonta ao seu passado mais distante”, detalha Paulo Knauss, sócio titular e vice-presidente do IHGB, além de curador da exposição.
Em Belo Horizonte, a exposição apresentará uma seleção de notáveis artistas, cada um trazendo uma abordagem única por meio de linguagem pictórica, instalação e performance. Yanaki Herrera explora as complexidades da migração, do folclore e da maternidade, envolvendo a memória e a crítica decolonial em suas obras. Massuelen Cristina desenvolve suas obras em torno das etnografias do rito, considerando tempo e espaço como elementos de desenvolvimento de narrativas simbólicas, bem como as iconografias que interligam corpo e território. Marcel Diogo é amplamente reconhecido por seus trabalhos que exploram questões políticas e a interseção entre o indivíduo e a imagem. Por fim, Froiid, por meio de seus objetos, ações e instalações, elabora conexões entre o jogo, a malandragem, a arte e a cultura periférica brasileira. “Cada um desses artistas oferece uma perspectiva única que contribuirá para a riqueza e diversidade da exposição”, ampliando o diálogo com a coleção do IHGB com contextos atuais da nossa história, explica Wagner Tameirão, diretor do Memorial Minas Gerais Vale.
A estreia da exposição aconteceu em 2021, quando esteve em cartaz no Museu de Arte do Rio (MAR), onde o diálogo aconteceu com artistas cariocas.
De 28 de novembro de 2023 a 07 de abril de 2024 no Memorial Minas Gerais Vale
Endereço: Praça da Liberdade, 640 – Savassi, Belo Horizonte (MG).
Horário de funcionamento:
ENTRADA GRATUITA
“A qualquer fagulha” é o nome da exposição de José Bento, nascido na Bahia radicado em Belo Horizonte desde os anos 1960, que estará na Galeria de Arte do Centro Cultural Unimed-BH Minas. Sob curadoria de Rafael Perpétuo e co-curadoria Clarice Steinmüller, são exibidas instalações e obras de José Bento que levarão o público a refletir sobre questões ambientais e sociais. “Resumidamente, pensamos em ler a obra do José Bento a partir de outras perspectivas que não foram tão exploradas”, explica Rafael. A mostra tem patrocínio máster do Instituto Unimed-BH. A exposição pode ser visitada entre os dias 1º/11 a 14/1/2024. A Galeria de Arte é aberta ao público de terça a sábado, das 10h às 20h. Domingos e feriados, das 11h às 19h. A classificação é livre.
Pode-se dizer que José Bento é um dos grandes e últimos escultores do país. “Digo isso porque o artista trabalha da mesma forma que Donatello (escultor renascentista italiano) trabalhava, como Antônio Francisco Lisboa (Aleijadinho) fazia: desbastando a madeira, lixando, polindo – claro que hoje há equipamentos que ajudam nisso, mas o formão é ainda a principal ferramenta.”, observa o curador Rafael Perpétuo.
Na Galeria, estão instalações que dialogam com a ideia iminente da combustão, da transformação em cinza, da efemeridade. “Na exposição, selecionamos obras que lidam com isso, seja a instalação “Ar” com seus cilindros de oxigênio (combustível), seja “Do pó ao pó” que contém fósforos que não devem, mas podem pegar fogo. Além dessas, acrescentamos “Mona”, que figura como um vigilante”, conta Rafael. O curador explica que não se trata de uma exaltação ao fogo, mas ao que sua simbologia revela. “Nos importa nessa exposição o fogo como elemento que move as coisas de seus lugares. Estar com o fogo na mão é estar atento”, afirma Rafael.
Sobre as leituras da exposição
José Bento leva para o público reflexões diversas, uma delas é a leitura decolonial da história e da arte. “O legal é a multiplicidade de leituras possíveis. Creio que essa obra [Iracema] tem três discursos intrínsecos importantes: a extinção da natureza (escutamos muito sobre o desmatamento da Amazônia nos últimos anos), extinguir uma das obras mais icônicas de José Bento (as árvores) e, o mito de Iracema enquanto a boa indígena. Nesse sentido é interessante refletir sobre essa mulher que é usurpada e apagada pelo colonizador português na obra de José de Alencar e como isso se relaciona com toda retomada indígena, principalmente da narrativa sobre seus próprios corpos e territórios”, observa o curador Rafael Perpétuo.
Para o presidente do Minas Tênis Clube, Carlos Henrique Martins Teixeira, é uma alegria poder oferecer para a população a chance de vislumbrar obras de José Bento. “É raro poder observar a arte de José nessa escala na capital e nos honramos por isso. O artista traz para o nosso espaço de arte observações que farão o público refletir sobre a preservação da natureza, por meio dos simbolismos do fogo e do ar e também por conta de sua principal matéria-prima, a madeira”, diz o presidente.
“O Instituto Unimed-BH se orgulha de patrocinar mais uma exposição na Galeria de Arte do Centro Cultural Unimed-BH Minas e também de ajudar a manter espaços tão importantes para a difusão da cultura mineira e nacional. Por meio das exposições, democratizamos o acesso à cultura, dando visibilidade ao trabalho de grandes artistas, como José Bento, permitindo que uma maior parcela da população conheça suas obras. Dessa forma, acredito que cumprimos nosso papel de cooperativa de saúde, comprometida com a coletividade e com o bem-estar da sociedade”, declarou a diretora-presidente do Instituto Unimed-BH, Mercês Fróes.
Rafael Perpétuo deseja que o visitante, além do deleite estético, entre em estado de fruição com as obras. “É muito legal ver quando uma exposição é capaz de fazer o espectador sair dela transformado ou, pelo menos, com uma pulga atrás da orelha. Gostaria que as pessoas saíssem pensando na importância da arte como meio de reflexão sobre a realidade que vivemos”, conclui.
Serviço:
A qualquer fagulha, de José Bento
Data: de 1º de novembro a 14 de janeiro de 2024
Horário: de terça a sábado, das 10h às 20h. Domingos e feriados, das 11h às 19h.
Entrada franca | Classificação: livre
A imensidão, os mistérios e fluidez de um oceano profundo convidam para um mergulho na arte digital. Fruto da criatividade de artistas brasileiros, a exposição OCEANVS – Imersão em Azul, apresenta projeções artísticas 3D, capazes de provocar os sentidos em uma experiência sensorial que simula o fundo do mar.
Inspiradas pela água, elemento essencial para a vida, as imagens e a trilha sonora estimulam a reflexão sobre a relação individual de cada um com este bem precioso e essencial. Com curadoria de Antonio Curti e direção criativa de Felipe Sztutman, a obra é um chamado para imergirmos no elemento mais abundante em nosso planeta: a água.
Com a exposição, a Casa Fiat de Cultura, uma vez mais aponta para o futuro ao colocar luz sobre o cenário artístico contemporâneo, suas transformações e seus novos formatos. Para o presidente da instituição, Massimo Cavallo, esta é uma forma de proporcionar ao público a oportunidade de vivenciar uma linguagem ainda jovem e plena de possibilidades. “Neste território, a Casa Fiat de Cultura se torna um espaço único e inédito para receber uma obra autoral, contemporânea e brasileira. Encontramos e oferecemos alicerce conceitual e criativo para emergir a tecnologia em toda sua potência dentro deste novo campo de saber. Movimentos, imaginação e estímulos sensoriais, que cada corpo irá sentir à sua própria maneira, irão acontecer de forma subjetiva, única e particular. Para além dessa experiência, evocamos o tema da sustentabilidade, tão essencial ao nosso tempo, e que aqui se apresenta por meio da inovação artística”, salienta.
Ao invés de ocupar o lugar de apenas contemplador, em “OCEANVS – Imersão em Azul” o público fica imerso na obra e se coloca dentro dela. Antonio Curti, curador da exposição, explica que a arte digital dialoga com o que, atualmente, mais prende a atenção das pessoas: a tecnologia. “Usamos a tecnologia para acessar pessoas de todas as idades, de crianças aos idosos. Ao invés de ver o mundo em 2D, pesquisamos formas de expandir essa experiência e transformá-la de virtual a espacial. Além disso, trabalhamos com o conceito de site specific, por isso apresentamos uma proposta inédita na Casa Fiat de Cultura. Assim, apresentamos uma jornada imersiva etérea dentro do elemento água e a sua representação na utopia quimérica do ser humano”, explica.
“OCEANVS – Imersão em Azul na Casa Fiat de Cultura” é uma realização da Casa Fiat de Cultura e do Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Conta com o patrocínio da Fiat e do Santander, apoio institucional do Circuito Liberdade e apoio do Governo de Minas e do Programa Amigos da Casa.
A visitação é gratuita.
Casa Fiat de Cultura
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Artes Visuais e Dança são a inspiração para o novo projeto artístico da Fundação Clóvis Salgado, “Jequitinhonha: Origem e Gesto”. Nessa iniciativa inédita de junção de várias expressões artísticas ocupando a Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard, a Cia. de Dança (CDPA) e as Artes Visuais se unem para apresentar ao público uma criação híbrida, em que duas linguagens se tornam uma. O projeto é uma realização do Governo de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Cultura e Turismo, por meio da Fundação Clóvis Salgado, com a correalização do Sebrae. Palácio das Artes
Com coordenação geral do artista Marco Paulo Rolla, “Jequitinhonha: Origem e Gesto” chega para celebrar, na capital mineira, dentro do , em dois momentos, a riqueza criativa do povo do Vale do Jequitinhonha. Primeiro será a inauguração, na quinta-feira (3/8), às 19h, de uma exposição panorâmica com obras dos principais artistas e artesãos da região, composta por 100 peças históricas, vindas de acervos particulares, do Centro de Arte Popular (CAP), com obras da colecionadora Priscila Freire, e do Sebrae/MG e ainda criações atuais feitas especialmente para a ocasião. Palácio das Artes
Uma ambientação inspirada no Vale foi criada no espaço da Grande Galeria para receber a exposição panorâmica, a partir dos tons terrosos, dos barrancos, das casas de pau a pique e das texturas da paisagem daquela região. Neste mesmo cenário também ocorrerá, na sexta-feira (4/8), às 20h, a estreia da coreografia da Cia. de Dança , também batizada de “Jequitinhonha: Origem e Gesto”. A partir daí, nos finais de semana, ao longo de agosto e outubro, a coreografia será encenada em sessões gratuitas. Palácio das Artes
Exposição: 4/8 a 8/10
Hora: terça a sábado, das 9h30 às 21h; domingo, das 17h às 20h
Imagem: Paulo Lacerda
in: culturalizabh.com.br
Algumas obras de Candido Portinari (1903-1962) são facilmente reconhecíveis para quem já teve contato com um dos mais célebres artistas plásticos brasileiros. Telas como 'Os Retirantes' (1944) e 'O Mestiço' (1934) estão nos livros escolares e são referência global sobre o legado do pintor paulista – mas sua produção incansável desde a infância deixou muitos registros, menos conhecidos, de outros caminhos que ele escolheu percorrer.
Portinari Raros: Traz à tona o Portinari invisível, ousado, que se aventurou em diversas manifestações artísticas, até então desconhecidas pelo público. Nela serão exibidos trabalhos originais, um verdadeiro mergulho no universo de obras icônicas do artista, além de projeções em grande escala e atrações que nos levam a entender obras urbanas e vida.
"Poucos tiveram a oportunidade de se impressionar com o conjunto de técnicas e linguagens que atravessam a diversidade de sua obra, revelado em imagens tridimensionais, abstratas e realistas", observa Marcello Dantas, criador e curador da mostra 'Portinari Raros', que reúne cerca de 200 obras menos conhecidas do artista em exposição no CCBB, de hoje até 7/8/23.
As entradas gratuitas estão disponíveis on-line e na bilheteria do Centro Cultural Banco do Brasil (Pça da Liberdade, 450).
Imagem: 'Baile na Roça', pintada por Portinari aos 20 anos, ficou muito tempo perdida e marca início das temáticas brasileiras em sua obra
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14.06.23
O mestre impressionista Claude Monet (1840-1926) é tema de exposição que ocupa o BH Shopping até 18/06. Batizada de 'Monet Le Rêve - Um Sonho Imersivo', a mostra usa recursos tecnológicos para apresentar obras do pintor, apesar de nenhum original do francês constar no acervo: são reproduções digitalizadas, expostas em diferentes plataformas também digitais. Em alguns espaços, telas gigantescas criam no visitante a sensação de adentrar a obra. Outras áreas foram pensadas como cenários ideais para retratos e selfies, os conhecidos 'espaços instagramáveis'.
Ao todo, 290 obras foram licenciadas pela exposição, que ocupa 900 metros quadrados. Algumas das tecnologias aplicadas às telas de Monet permitem que o público interaja diretamente com as réplicas de suas criações. Para a crítica de arte Paula Borghi, que assina curadoria do projeto, a inovação da interatividade é um dos pontos que aproximam 'Monet Le Rêve' da essência de seu homenageado. "Monet é, sem dúvida, uma quebra de paradigmas. Arrojado, atrevido, revolucionário, aglutinador de talentos, apaixonado, pintor incansável, amante da boa vida. Ele merece uma exposição à sua altura, onde as mais modernas tecnologias ressignificam a sua obra para um novo público", destaca a curadora, que também atuou nas bienais de arte do Mercosul e de Havana.
Monet Le Rêve - Um Sonho Imersivo
De 24/03 a 18/06 no BH Shopping (BR-356, 3049 - Belvedere)
De segunda a quinta-feira, das 12h às 22h; sexta e sábado, das 10h às 22h; domingo e feriado, das 12h às 20h
Ingressos: segunda a quinta, R$ 35 (PCD e meia-entrada) a R$ 70 (inteira); demais dias, R$ 55 (PCD e meia-entrada) e R$ 110 (inteira)
Vendas neste link ou na bilheteria do piso NL a partir de 15/3
Mais informações pelo Instagram da exposição
EXPOSIÇÃO “O INFERNO DE DANTE – VALENTINA VANNICOLA NA CASA FIAT DE CULTURA”
Por meio de uma narrativa visual contemporânea e do diálogo entre literatura, cinema, teatro e fotografia, a artista italiana traspõe cenas clássicas do primeiro reino de A Divina Comédia em sua produção fotográfica
A Casa Fiat de Cultura convida o público a desvendar as alegorias e os simbolismos do poema épico A Divina Comédia, de Dante Alighieri. A influência desta obra-prima está impregnada no imaginário ocidental e, mesmo depois de séculos, continua a inspirar escritores e toda a literatura mundial, além de outras áreas da cultura. Na exposição “O Inferno de Dante – Valentina Vannicola na Casa Fiat de Cultura”, a artista italiana transpõe cenas clássicas do Inferno, o primeiro reino de A Divina Comédia, em uma produção de 15 obras fotográficas baseadas no gênero tableau vivant – tendência da fotografia contemporânea de apresentar como cenas reais as imagens construídas de acordo com a dinâmica da cinematografia. Um ambiente imersivo foi criado na Casa Fiat de Cultura para despertar o imaginário dos visitantes e proporcionar uma reflexão sobre a existência humana. A mostra fica em cartaz de 28 de março a 28 de maio de 2023 e é uma parceria da Casa Fiat de Cultura com o Consulado da Itália em Belo Horizonte e o Istituto Italiano di Cultura do Rio de Janeiro. Toda programação da Casa Fiat de Cultura é gratuita.
O trabalho de Valentina Vannicola conecta as novas gerações à obra daquele que é chamado de sumo poeta. Para ela, Dante ensina que é possível falar com clareza e profundidade de todas as coisas, das mais importantes às mais supérfluas. “A Divina Comédia é uma obra imaginativa e com uma linguagem envolvente, na qual Dante orienta o leitor de modo a facilitar a visualização e materialização dos personagens e das situações descritas. Dante insere a alegoria, a grande advertência ou ensinamento político e ético e se abre para um segundo imaginário: o da interpretação. Para esta exposição, cada imagem que produzi está empenhada em traduzir o rico simbolismo do poema” , revela.
Para o presidente da Casa Fiat de Cultura, Massimo Cavallo, A Divina Comédia nasceu revolucionária e segue inspirando até os dias de hoje, mais de 700 anos após a morte de Alighieri. “Ao escrever uma jornada que navegou pelas instâncias do inferno, do purgatório e do paraíso, Dante Alighieri ultrapassou as barreiras poéticas, criou a base de uma língua e se tornou símbolo de um país. As cenas italianas, exibidas em terras mineiras, celebram esse forte diálogo entre as culturas e entre as artes, em suas mais diversas formas de expressão. Assim, reforçamos o nosso compromisso de promover diferentes reflexões e de discutir o clássico com um olhar contemporâneo”, reforça.
A mostra “O Inferno de Dante – Valentina Vannicola na Casa Fiat de Cultura” é uma realização da Casa Fiat de Cultura, do Consulado da Itália em Belo Horizonte, do Istituto Italiano di Cultura do Rio de Janeiro e do Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Conta com o patrocínio da Fiat e do Banco Safra, e co-patrocínio do Banco Fidis e da Brose do Brasil. O evento tem apoio institucional do Circuito Liberdade, além do apoio do Governo de Minas e do Programa Amigos da Casa.
Praça da Liberdade, nº10, Funcionários | CEP: 30140-010 | Belo Horizonte/MG - Brasil
Tel: +55 (31) 3289-8900
Horário de funcionamento: terça a sexta-feira, das 10h às 21h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h
Visitas agendadas sob consulta
TODA PROGRAMAÇÃO DA CASA FIAT DE CULTURA É GRATUITA
Fotografias do fotógrafo Jomar Bragança que retratam prédios icônicos desenhados pelo maior arquiteto do país em Belo Horizonte estão reunidas na exposição “Niemeyer”, que ocupa o segundo andar do Palácio das Mangabeiras, no Parque do Palácio.
“Esta exposição é um pequeno recorte de um trabalho mais extenso: o exercício do olhar sobre a obra de Niemeyer.
Exercício que busca o diálogo entre a visão do fotografo sobre a arquitetura e a visão do arquiteto sobre a fotografia, investigando e identificando a natureza dessas relações e a trama de seus diálogos” explica Jomar.
Entrada franca às quartas-feiras mediante retirada de ingresso sympla.
A exposição irá até dia 10/04/2023
Palácio das Mangabeiras - Rua Djalma Guimarães, 161 (Portaria 2) - Bairro Mangabeiras (10h às 18h)
A exposição “A Forma não Cumpre a Função”, em cartaz no CCBB BH até 13 de fevereiro de 2023, apresenta as esculturas em madeira do artista belo-horizontino Francisco Nuk, que desafiam as formas convencionais com curvas inusitadas. Na mostra, móveis supostamente comuns ganham ares de surrealismo e surpreendem o público, instigando-o a pensar sobre utilidade junto ao escultor.
No trabalho de Nuk, a serventia dos mobiliários é desmanchada no momento em que o artista quebra sua rigidez, fazendo do absurdo um conceito perseguido. As cristaleiras distorcidas não mais equilibram os cristais, as gavetas flutuam leves sem o peso dos segredos arquivados, a cômoda circular, cautelosamente esculpida, confunde os guardados.
Na repetição, no jogo da imaginação e na constância do ofício, Francisco elabora suas esculturas com a intimidade de um poeta. As madeiras enamoradas se rendem, dançam e se livram do fardo de servir. Agora são arte. Nada mais.
A exposição ocorre nas galerias do térreo e a entrada é gratuita, com retirada de ingresso na bilheteria do CCBB.
CCBB - Pça da Liberdade, 450
Fone: (31) 3431-9400 e
Todos os dias, das 10h às 22h, exceto às terças
“Só o amor me interessa, e eu estou apenas em contato com coisas que giram em torno do amor” – Marc Chagall
A famosa frase do artista, que revolucionou as artes plásticas no século XX e, por que não, em todos os tempos, dá o tom da exposição que fica em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte (CCBB BH) até o dia 16 de janeiro de 2023.
A entrada é gratuita. O espaço fica na Praça da Liberdade, no bairro Funcionários, Região Centro-Sul.
Um universo único de cores e formas que transformou o mundo das artes. É o que se revela na exposição “Marc Chagall: sonho de amor”, que reúne mais de 180 obras do pintor russo, após passagens exitosas pelo Rio de Janeiro e por Brasília.
Segundo a organização da exposição, foram mais de 290 mil visitantes nas duas cidades juntas.
Seja pelo uso inovador de formas e de cores ou pela criação de um universo lírico, poético e fantástico em suas pinturas e escritos – ou ainda por sua trajetória única, marcada pela sobrevivência a guerras e pela devoção à vida e às artes – Chagall imprimiu seu nome no hall dos mais reconhecidos pintores da história.
Nascido em 7 de julho de 1887, no bairro judaico da cidade de Vitebsk, na antiga Rússia, Marc Chagall viveu até quase completar 98 anos de idade. Morreu na França, em 1985. Mas, no meio do caminho, sobreviveu à Revolução Russa, a duas Guerras Mundiais e assistiu à criação e consolidação do Estado de Israel.
Em sua trajetória única, o artista fundiu diferentes culturas, com reflexo direto em sua arte. A judaica, aprendida com a família. A russa, na qual nasceu. E a ocidental, que escolheu para si.
Em uma combinação especial de domínio técnico, respeito pelas tradições ancestrais e grande sensibilidade na orquestração de formas e cores, abriu caminhos para o Surrealismo, estabeleceu diálogo com o Cubismo e com o Fauvismo, e criou um universo próprio, vibrante e imaginativo.
Hoje, Chagall é reconhecido como um dos nomes mais importantes da arte moderna, sobretudo pela criação de uma linguagem artística única.
O sonho de Chagall
A instalação contemporânea Air Fountain anuncia, já no pátio do CCBB, um convite ao “Sonho de amor” de Chagall. A obra foi cedida pelo artista norte-americano Daniel Wurtzel.
Nas salas expositivas, o sonho continua com obras do artista que perpassam por origens e tradições russas, pelo amor e o exílio na representação do mundo sagrado, pelo lirismo e a poesia do seu retorno à França e, por fim, pelo amor transcendente, encarnado na figura de enamorados que flutuam nas telas ou estão imersos entre ramos de flores.
Imagem: Marc Chagall - O galo violeta - O Galo Violeta, produzido entre 1966 e 1972, pode ser conferido no CCBB Belo Horizonte. — Foto: Coleção particular / Divulgação CCBB
In: site do G1
No último dia 21 de setembro, quarta-feira, estreou no CCBB BH “Cor e forma: a poesia do equilíbrio”. Com mais de 100 obras inéditas na capital mineira, a exposição reúne uma antologia do italiano Umberto Nigi, com esculturas sobre madeira, quadros de sua fase figurativa, nos anos 80, até passagens pelas décadas de 1990, 2000 e 2020, em que o artista plástico transita para a pintura abstrata e passa a mesclar, nas telas, materiais reciclados como areia, juta, papel, rede metálica, gesso e outros.
A exposição fica em cartaz até o dia 14 de novembro, de quarta a segunda, das 10h às 22h, e a entrada é gratuita. Os ingressos podem ser retirados pelo site bb.com.br/cultura ou na bilheteria do CCBB BH (Praça da Liberdade, 450 – Funcionários).
“Para mim é importante equilibrar o quadro. O jornalista e escritor americano Robert Bridge dizia que: ‘a nossa estabilidade é somente equilíbrio e a nossa sabedoria está no controle do imprevisto’. É o que tento praticar em minha obra”, explica o artista italiano Umberto Nigi que define o próprio trabalho como uma arte feita de materiais simples, mas rica em cores. “Quando se fala no inesperado, isso parte da matéria que se usa. No meu caso, as tintas, a juta, o gesso, cola, papel, a areia etc. A matéria é o artista que comanda, mas é preciso saber comandá-la, pois pode nascer algo diferente daquilo que você deseja colocar na tela”, conclui.
São ao todo 17 quadros figurativos históricos, 20 esculturas sobre madeira, e ainda, 29 telas sobre papel fabriano. “Obras únicas, feitas neste papel especial encontrado somente na Itália, que mesclam pintura e reciclados diversos. Já as esculturas sobre madeira têm uma particularidade. Algumas delas não são pintadas totalmente. Deixo a madeira em sua origem: parte que gosto muito, prefiro não cobrir com as minhas cores”, contextualiza Umberto Nigi.
Os visitantes contemplam também 36 obras do artista dedicadas à pintura abstrata em diálogo com a juta. “O abstrato é a não representação da realidade. Cada um que olha o meu quadro, vê alguma coisa diferente, porque eu não tenho um tema. Não existe uma hierarquia entre várias partes da tela. As formas e cores não procuram existir no espaço, mas serem elas mesmas o espaço, até por isso não dou nome aos quadros”, explica.
Mais informações:
Umberto Nigi estreia exposição “Cor e forma: a poesia do equilíbrio” no CCBB BH
21 de setembro a 14 de novembro – quarta a segunda, das 10h às 22h
CCBB BH (Praça da Liberdade, 450 – Funcionários)
Classificação indicativa: livre | entrada gratuita
Retirada de ingresso pelo site www.bb.com.br/cultura ou na bilheteria do espaço
Brasilidade Pós-Modernismo apresenta a transformação inovadora, libertária e criativa da arte brasileira contemporânea, fruto, em parte, da ousadia artística e cultural do Modernismo de 1922.
Organizada em seis núcleos temáticos, intitulados, Liberdade, Futuro, Identidade, Natureza, Estética e Poesia, abriga instalações e novas mídias ao lado de pinturas, fotografias, desenhos e esculturas.
Focada na atualidade, apresenta obras de 51 artistas de diversas gerações, etnias e procedências geográficas, produzidas a partir da década de 1960 até a atualidade, sendo algumas delas inéditas.
Para aproximar ainda mais o público dessa mostra que celebra a diversidade artística nacional, são desenvolvidas diversas atividades gratuitas no Espaço de Convivência do Programa CCBB Educativo.
A entrada é gratuita, mas precisa retirar ingresso que está disponível na bilheteria.
Lista completa de artistas
Adriana Varejão, Alex Flemming, André Azevedo, Anna Bella Geiger, Armarinhos Teixeira, Arnaldo Antunes, Augusto de Campos/Júlio Plaza, Barrão, Berna Reale, Beatriz Milhazes, Camila Soato, Caetano Dias, Cildo Meireles, Daiara Tukano, Daniel Lie, Delson Uchôa, Ernesto Neto, Emmanuel Nassar, Fábio Baroli, Farnese de Andrade, Flávio Cerqueira, Floriano Romano, Francisco de Almeida, Ge Viana, Glauco Rodrigues, Gisele Camargo, Jaider Esbell, Joaquim Paiva, Jorge Bodanzky, José De Quadros, José Rufino, Judith Lauand, Júlio Plaza, Lenora de Barros, Lina Bo Bardi, Lúcio Costa, Luiz Hermano, Luzia Simons, Márcia Xavier, Marlene Almeida, Maxwell Alexandre, Mira Schendel, Nelson Leirner, Oscar Niemeyer, Paulo Nazareth, Rejane Cantoni, Rodrigo Braga, Rosana Paulino, Rosilene Luduvico, Shirley Paes Leme e Tunga.
Local: Centro Cultural Banco do Brasil - Praça da Liberdade, 450 - Belo Horizonte-MG
O Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte (CCBB-BH) recebe a exposição “COLEÇÃO BRASILEIRA de Alberto e Priscila Freire”, com 108 peças do acervo pessoal da colecionadora e entusiasta da arte mineira Priscila Freire e de seu marido. A coleção foi construída ao longo de muitos anos e, além do valor artístico, as obras também trazem histórias particulares. “Fizemos um recorte especial no acervo que permite uma verdadeira viagem pela cultura e pela arte de Minas Gerais e do Brasil, com obras cheias de memórias afetivas, muitas delas de artistas com quem tive o privilégio de conviver”, conta Priscila, que também assina a curadoria da mostra.
A exposição é composta por três núcleos: Arte Brasileira, Arte Mineira e Arte Popular, divididos em três salas no Andar Térreo do CCBB BH. Na ala da arte brasileira, estão grandes nomes da pintura nacional, como Guignard, de quem Priscila foi aluna e amiga, Tarsila do Amaral, Cândido Portinari, Genesco Murta e José Pancetti, entre outros. No ambiente da arte mineira, Yara Tupinambá, Mario Zavagli, Lorenzato e Irma Renault, esculturas de Farnese de Andrade, Solange Pessoa e composições da própria Priscila Freire. Na sala de arte popular, peças de Maurino de Araújo, G.T.O., Nino e Maria Lira, além de obras do Vale do Jequitinhonha, assinadas por figuras de destaque daquela região, como Ulisses Pereira Chaves, Noemisa Batista Santos e Isabel Mendes. A mostra conta ainda com outros artistas, filtrados num círculo de probabilidades e de diferentes épocas ao longo da vida da colecionadora. “Essa exposição é uma síntese do que sou, de como penso e por onde andei na escolha do que me emocionou. Ícones de que me cerco para lembrar minha história e o que ela me conta exposta aos olhos dos outros”, resume Priscila, do alto de seus 88 anos de idade.
A mostra “COLEÇÃO BRASILEIRA de Alberto e Priscila Freire” ficará em exposição no CCBB BH até 29 de agosto, data em que ela comemora 89 anos.
Mais informações:
COLEÇÃO BRASILEIRA de Alberto e Priscila Freire
Quando: 25 de maio a 29 de agosto de 2022
Quanto: Entrada gratuita – não é necessário retirar ingresso para visitação
Onde: Praça da Liberdade, 450 – Funcionários, Belo Horizonte – MG
Funcionamento – aberto todos os dias, das 10h às 22h, exceto às terças-feiras
Exposição virtual “Serrapilheira”– Raul Leal na Piccola Galleria da Casa Fiat de Cultura
A imagética de um Brasil eternamente verde, tradicionalmente representada por artistas viajantes ao longo dos séculos, é totalmente invertida em “Serrapilheira”, exposição do artista Raul Real, em cartaz na Casa Fiat de Cultura de 3 de maio a 19 de junho. A mostra foi escolhida no 5º Programa de Seleção da Piccola Galleria e apresenta um conjunto de 27 fotografias em papel e em madeira. As obras registram imagens sobrepostas de árvores secas e solitárias, que se mantêm resilientes na natureza sofrida dos arredores de Miracema, no Rio de Janeiro, e a catalogação de mudas de espécimes sobreviventes, que ainda podem reflorestar o deserto naquela região fluminense. A exposição poderá ser visitada presencialmente, na Casa Fiat de Cultura, e online, por meio de tour virtual e uma visita com mediação online e Libras.
Em “Serrapilheira”, nome que faz referência à camada de material orgânico ou de decomposição, que se deposita no solo das florestas, Raul Leal explora diferentes experiências no registro da paisagem. A série de fotos “Ventania” apresenta uma região afetada pela cultura do café e extração da madeira. Algumas dessas áreas já foram locais de preservação, mas, hoje, passam por um processo de desertificação, onde é possível ver pura terra vermelha – um retrato da vulnerabilidade e das agressões sofridas ao longo dos anos. “As imagens são resquícios, desaparecimentos e registros melancólicos da devastação”, analisa Raul. Já na série “Rebento”, ele documenta o que seria a possibilidade de reconstrução dessa paisagem. Cada obra faz parte de uma catalogação de mudas de árvores, plantadas pelo próprio artista nessas regiões de degradação. “A série acaba se tornando um registro afetivo de uma atitude de resistência que gera um pequeno movimento, contrário ao ciclo da destruição”, destaca.
Para a crítica e curadora de arte Daniela Name, que assina um dos textos da exposição, há uma dicotomia entre as duas séries de fotografias apresentadas. Enquanto “Ventania” tem um olhar sobre as árvores resilientes que sobrevivem na região de Miracema, no estado do Rio de Janeiro, “Rebento” mostra o caráter de artista viajante de Raul Leal. “Quando levamos em conta que a fotografia é um vestígio de ausências, de seres fantasmáticos, o que o artista parece propor, com a reunião desses inventários, é fazer uma serrapilheira a partir da latência das imagens e do recalque dos corpos vegetais”, comenta.
Mais informações:
Exposição virtual “Serrapilheira”– Raul Leal na Piccola Galleria da Casa Fiat de Cultura
3 de maio a 19 de junho
Visitação presencial
Terça a sexta-feira, das 10h às 19h
Sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h
Tour virtual no site: www.casafiatdecultura.com.br
in: site culturaliza BH 05.05.22
Exposição De Artes Visuais, Órbita, Dos Irmãos Drummond!
As muitas constelações formadas pelo trabalho gráfico-visual dos irmãos Marconi Drummond, artista visual e curador independente, e Marcelo Drummond, artista gráfico e professor da Escola de Belas Artes/UFMG, se entrelaçam na mostra inédita Órbita. A exposição ocupará a Galeria Genesco Murta de 09 de abril até 5 de junho de 2022, propondo uma imersão na produção artística da dupla, edificada ao longo de trinta anos de atividade e carreira. O projeto expográfico, concebido pela arquiteta Ivie C. Zappelline, propõe diálogos, confluências e intercessões entre as obras autorais dos dois criadores em diálogo com os outros vinte e cinco artistas convidados.
No centro do projeto de pesquisa dos dois criadores posiciona-se a arte e a cultura, onde gravitam, em trajetórias e movimentos circulares, o design gráfico, a curadoria, a pesquisa, as artes visuais e os projetos autorais. É essa constelação de atividades, programas, projetos e percursos que será apresentada na Galeria Genesco Murta.
A exposição panorâmica “Órbita” estrutura-se por meio de núcleos, organizados como “satélites”. Cada núcleo apresenta um variado acervo visual, subsidiado pela coleção particular da dupla de criadores e também por obras de artistas que possuem lastros de criação e processos integrados à trajetória profissional de Marcelo e Marconi Drummond. Assim, para cada matriz gráfica exposta sempre orbitará um acervo correlato, composto de diversas linguagens artísticas.
Mais informações:
Quando: 9 de abril até 5 de junho de 2022
Hora: 9h30 às 21h, de terça-feira a sábado, e de 17h às 21h aos domingos
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