Eis que a prisão obscura onde me encontro me convida:

A Amar

A Esperançar

A Sonhar

 

Eis que meus olhos enxergam no cotidiano vácuo

A beleza de abrir a janela, e perceber que o cotidiano é transcendência de mistérios tangíveis...

Eis que minha vida é mais do que aquilo que se vê,

Minha vida é felicidade de desassossego.

 

Eis que a vida é uma paz inquietante, uma hora ela afrouxa, uma hora solta...

Quem me dera conhecer todos os mistérios que corroem dentro de mim.

Eis que sou guiado por uma grande fome;

bendita seja a fome dentro de Minh ‘alma.

Não quero jamais que ela se acabe.

 

Perderia o gosto de sonhar

De esperançar

De amar

De buscar...

 

Eis que o homem é um ser inquietante,

Inquieta-te tanto que sua alma só vives na busca de algo fora da materialidade.

Eis que o homem é uma realidade finita...

Mas eis que é Deus o princípio e fim do homem

É o absoluto de toda minha subjetividade...

 

Igor Cristiano Oliveira Nascimento, SJ

13.01.2021