Eu vim de infinitos caminhos,
e os meus sonhos choveram lúcido pranto
pelo chão.
 
Quando é que frutifica, nos caminhos infinitos,
essa vida, que era tão viva, tão fecunda,
porque vinha de um coração?
 
E os que vierem depois, pelos caminhos infinitos,
do pranto que caiu dos meus olhos passados,
que experiência, ou consolo, ou prêmio alcançarão?
 
Cecília Meireles