Ao morrer meu amigo

algo de mim

que já era ele

se foi.

Algo de mim

ressuscitou nele.

Algo dele

que ainda sou eu

ficou.

Algo dele

espera em mim por ressurreição.

 

O tempo ao passar

parece devorar

todo o amor.

Mas quanto mais afasta

no passado minha recordação,

mais se aproxima

ao encontro sem distância

do futuro.

 

Ainda que em mim

cada dia tenha

sua poda, sua espera e sua colheita,

para ele

já toda a história se cumpriu

eu cheguei com ele,

e ali estou.

 

Obrigado, Senhor.

 

(Benjamin Gonzalez Buelta sj)

 

(Homenagem do Centro Loyola ao querido Pe. Libânio, falecido dia 30.01.2014)