É importante não confundir esse filme com a história contada por Ernest Hemingway em 1936, muito menos com a produção de 1952 estrelada Gregory Peck e Ava Gardner. “As Neves de Kilimanjaro” é uma obra francesa, dita para o mundo. Michel (Jean-Pierre Darroussin) e Marie-Claire (Ariane Ascaride) estão prestes a fazer bodas de casamento. Ele é um ex-sindicalista que acaba de ser demitido da firma, mas que pelo menos está para receber sua tão esperada aposentadoria. Ela é diarista, mas apesar dos apertos, o casal não está em grandes dificuldades, já que possuem sua propriedade e os filhos já estão criados. O que resta, portanto, é esperar a tão sonhada viagem para conhecer Kilimanjaro (região fronteiriça entre o Quênia e a Tanzânia).
Infelizmente, um assalto violento faz com que percam o dinheiro da viagem. E, em seguida, descobrem os motivos do assalto e quem o praticou. Isso alimenta a trama do filme que é de grande sensibilidade. Uma "sinfonia" à vida, com todas suas tramas, boas e ruins.
Assumir a vida e as escolhas feitas dá o tom do cotidiano. A personagem Marie-Claire segura a narrativa do filme e o enche de ternura e calor humano. Um filme sobre "calor humano" e ternura.
O filme poderá nos ajudar também a refletir sobre compromisso com a vida, as consequências de decisões e escolhas que fazemos. Também sobre o que é realmente importante na vida, quais os valores que nos sustentam, o que é a felicidade. Será possível ser feliz sem levar em conta a situação do outro? Esses temas fazem parte da história desse filme.
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