O ponto vira linha, que vira plano e que vira geometria. É sobre a arte abstrata geométrica na América Latina a exposição ‘Construções Sensíveis’ que chega ao Centro Cultural Banco do Brasil. O conjunto, de mais de 120 obras, foi montado a partir da coleção Ella Fontanals-Cisneros pelos curadores Rodolfo de Athayde e Ania Rodríguez. A entrada é gratuita e a mostra fica em cartaz até o dia 7 de janeiro.

Os trabalhos, de 59 autores, de sete países da América Latina, trazem uma variedade de suportes: pinturas, desenhos, esculturas, objetos, instalações, fotografias e vídeos. De certa forma, todas dialogam e deixam evidente o uso de luzes, linhas e geometria. Uma exposição pensada exclusivamente para o Brasil e feita para abrir a mente das pessoas sobre a arte abstrata. Ficou curioso? Confira cinco motivos porque você deve ir a exposição.

Oportunidade para ver um acervo diverso da arte abstrata Latino-americana

Essa é uma rara oportunidade de conhecer, num único evento, tantos e tão instigantes autores e obras de países da América Latina. As obras em exposição são da coleção Ella Fontanals-Cisneros que reuniu mais de 2,6 mil obras, produzidas entre 1920 e 1982 do mundo inteiro. Entretanto, boa parte do acervo é voltada para a arte do nosso continente. Dessa forma, os curadores selecionaram as principais obras seguindo os critérios de espaço, orçamento e tendência.

“Nosso acervo é o maior de obras latino-americanas. É uma oportunidade para se ver o que foi e está sendo produzido por aqui, ver artistas brasileiros e alguns não tão conhecidos. A exposição oferece ao público inda a oportunidade de apreciar o diálogo entre os artistas e grupos”, explica a produtora executiva, Jennifer McLaughlin.

Obras que expressam a beleza do dia-a-dia

O interessante das obras é que elas nos faz ver a beleza de coisas cotidianas. Na sala de fotografias, por exemplo, são fotos que mostram imagens comuns, mas com um outro olhar e significado. Na sala de quadros e instalações podemos reconhecer a beleza do espaço e até mesmo da estrutura do museu. É interessante como as obras dialogam com a arquitetura. Destaque ainda para o conjunto da fusão de luz, cores e formas das obras.

Variedade de suportes

A primeira coisa que se observa em “Construções Sensíveis” é a variedade de suportes das artes. Há quadros de pintura, montagens, desenhos, esculturas, objetos, instalações, fotografias e vídeos. Ou seja, uma mostra que explora as diferentes faces da arte abstrata. São mais de 120 obras para todos os gostos. Elas estão divididas de forma clara e cada uma tem seu espaço. Há uma sala com apenas fotografias, outra com as obras cinéticas e por aí vai. Vale lembrar que é arte abstrata e a percepção depende da bagagem cultural de cada um. Uma dica é ir com a mente aberta e viajar.

Obras diferenciadas e curiosas

Em “Construções Sensíveis” as obras são diferentes e encantam pela beleza estética e até proporcionais. É o caso da obra “Hilos”, do Cubano Gustavo Pérez Monzón. Uma arte que ocupa uma sala inteira com elásticos e pedras que formam uma espécie de telha de aranha. O tamanho e a beleza impressionam. “Vilos”, do mesmo artista, também chama atenção.

“As duas são obras de material sensível. Demorei sete dias para montá-las. A estrutura é muito grande e essa foi a maior dificuldade. O interessante delas que são obras que podem ir a qualquer lugar e se adaptam ao espaço”, conta Gustavo. Ele foi o único artista que veio para exposição montar sua obra. Além das obras de arte de Gustavo, chamam atenção do visitante a sala com fotografias e a com obras cinéticas que se movem de acordo com a posição do visitante.

Diversidade de artistas que dialogam

As obras são de diferentes anos, lugares e, principalmente, de artistas diversos. Elas demonstram a produção de cada país de origem e revelam ainda pesquisas e estudos. Assinam as obras artistas da argentina, do Brasil, da Colômbia, de Cuba, do México, Uruguai e Venezuela. Destaque para os artistas brasileiros Lygia Clark, Hélio Oiticica, Mira Schendel, Geraldo de Barros e Thomas Farkaz.

“O interessante da exposição é ver como em vários países da América Latina, ao mesmo tempo, artistas que não tinham diálogo e hoje quando juntamos as obras é possível ver que tem uma ligação e um diálogo”, pontua Jennifer. Ou seja, oportunidade para ver a versatilidade e diversidade das obras.

IN: Culturadoria 

 

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