A exposição é constituída de esculturas em ferro e segundo o curador da mostra, professor Rodrigo Vivas, “a obra de Leandro Gabriel nos remete a algo estranho, mas que de alguma forma é traduzido como um pertencimento ou uma familiaridade inexplicável”. Ele “alcançou um ‘estilo individual’: é impossível confundir uma obra produzida pelo artista”. As obras “são vistas como objetos diferentes, situados no limite do estranhamento”.
 
Leandro Gabriel nasceu em Belo Horizonte em 1970. É formado em Educação Artística pela Escola Guignard e pós-graduado em Arte pelo Centro de Pesquisa de Minas Gerais. Iniciou sua carreira esculpindo em argila, depois em madeira e, atualmente, em ferro. Em 2004 foi premiado no Salão Nacional de Arte de Paraty (RJ).
 
Suas obras fazem parte do acervo do Museu Nacional de Arte Contemporânea de Brasília. O artista possui também peças em exibição permanente no Parque Estadual do Rola Moça, em Belo Horizonte.
 
Há 28 anos o artista plástico Leandro Gabriel vem desenvolvendo seu trabalho de transformação da sucata de ferro em arte. O artista, mineiro de Belo Horizonte, tem uma produção artística que pode ser definida como objetos centrados na linguagem escultórica inseridos na contemporaneidade.
 
Frutos da transformação de sucatas de metal, os objetos unem a solidez do ferro e a fortaleza da ferrugem com a sensibilidade do olhar e a fragilidade das mãos do artista, que lhes dá outro destino: o de permanecerem vivos ao interromper o ciclo de aproveitamento destas matérias-primas pelas siderúrgicas que as tornam, novamente, sucatas.
 
Na visão do artista, fazer arte é descarregar vida por meio do ressuscitamento de materiais, anteriormente desprezados pelo desenvolvimento tecnológico. Assim, ao reelaborar textura pela exploração de resíduos industriais, o artista reinventa o aparentemente comum elevando-o a categoria de arte com o agrupamento de materiais insólitos.
 
Esse trabalho de transformação revela a importância da arte na vida das pessoas e como o cotidiano pode favorecer o processo sócio-cultural contribuindo para a conscientização do papel social do cidadão e da sociedade urbana.
 
Os objetos do artista propõem um diálogo entre estes, o observador e suas histórias, ou seja, um diálogo entre os elementos de engrenagem do progresso urbano. Esta busca da memória urbana desperta a atenção e reflexão do observador propiciando a elaboração de novos valores e pensamento crítico a respeito do desenvolvimento da sociedade. 
 
Abertura: 15 de março de 2018 - Término: 29 de abril 

Local: Centro Cultural UFMG - Av. Santos Dumont 174, 

Telefone: 31 3409-8290


Visitação: 3ª a 6ª, das 10h às 21h; Sábados e domingos das 10h às 18h