“Só o amor me interessa, e eu estou apenas em contato com coisas que giram em torno do amor” – Marc Chagall
A famosa frase do artista, que revolucionou as artes plásticas no século XX e, por que não, em todos os tempos, dá o tom da exposição que fica em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte (CCBB BH) até o dia 16 de janeiro de 2023.
A entrada é gratuita. O espaço fica na Praça da Liberdade, no bairro Funcionários, Região Centro-Sul.
Um universo único de cores e formas que transformou o mundo das artes. É o que se revela na exposição “Marc Chagall: sonho de amor”, que reúne mais de 180 obras do pintor russo, após passagens exitosas pelo Rio de Janeiro e por Brasília.
Segundo a organização da exposição, foram mais de 290 mil visitantes nas duas cidades juntas.
Seja pelo uso inovador de formas e de cores ou pela criação de um universo lírico, poético e fantástico em suas pinturas e escritos – ou ainda por sua trajetória única, marcada pela sobrevivência a guerras e pela devoção à vida e às artes – Chagall imprimiu seu nome no hall dos mais reconhecidos pintores da história.
Nascido em 7 de julho de 1887, no bairro judaico da cidade de Vitebsk, na antiga Rússia, Marc Chagall viveu até quase completar 98 anos de idade. Morreu na França, em 1985. Mas, no meio do caminho, sobreviveu à Revolução Russa, a duas Guerras Mundiais e assistiu à criação e consolidação do Estado de Israel.
Em sua trajetória única, o artista fundiu diferentes culturas, com reflexo direto em sua arte. A judaica, aprendida com a família. A russa, na qual nasceu. E a ocidental, que escolheu para si.
Em uma combinação especial de domínio técnico, respeito pelas tradições ancestrais e grande sensibilidade na orquestração de formas e cores, abriu caminhos para o Surrealismo, estabeleceu diálogo com o Cubismo e com o Fauvismo, e criou um universo próprio, vibrante e imaginativo.
Hoje, Chagall é reconhecido como um dos nomes mais importantes da arte moderna, sobretudo pela criação de uma linguagem artística única.
O sonho de Chagall
A instalação contemporânea Air Fountain anuncia, já no pátio do CCBB, um convite ao “Sonho de amor” de Chagall. A obra foi cedida pelo artista norte-americano Daniel Wurtzel.
Nas salas expositivas, o sonho continua com obras do artista que perpassam por origens e tradições russas, pelo amor e o exílio na representação do mundo sagrado, pelo lirismo e a poesia do seu retorno à França e, por fim, pelo amor transcendente, encarnado na figura de enamorados que flutuam nas telas ou estão imersos entre ramos de flores.
Imagem: Marc Chagall - O galo violeta - O Galo Violeta, produzido entre 1966 e 1972, pode ser conferido no CCBB Belo Horizonte. — Foto: Coleção particular / Divulgação CCBB
In: site do G1