As memórias tem vida própria, ao contrário, não ficam quietas dentro de uma caixa. São como pássaros em voo. Vão para onde querem. E podemos chamá-las que elas não vêm. Só vêm quando querem. Moram em nós, mas não nos pertencem. O seu aparecimento é sempre uma surpresa. É que nem suspeitávamos que estivessem vivas!.
Rubem Alves,
em "O velho que acordou o menino" [infância].
São Paulo: Planeta do Brasil, 2005.