(...) Tão bom ficar assim, noturnamente, num fio de ano,
olhos cerrados, alma escancarada,
o pensamento esquecido lá longe em vagas coisas,
sentindo o tempo fugir por entre os dedos
e relembrando o que foi, o que não foi, e dizer, sem palavras,
que a vida está por aí brincando de esconder conosco
e que amanhã, se Deus quiser, ela continuará...
 
Abgar Renault
In 'Obra Poética -Trecho