Eu brindo à lágrima e às minhas fragilidades,
à coragem de se assumir possibilidades,
à necessidade de se levar muitos tombos
e à vontade de se reerguer em meio aos escombros.
 
Eu brindo à imprevisibilidade da paixão,
à inevitável dor da perda e à solidão,
a se manter janelas e portas sempre abertas,
eu brindo a necessidade das descobertas.
 
Eu brindo à busca incessante pela ternura,
à inquietude que alimenta a loucura,
aos mistérios, questionamentos, revelações,
eu brindo ao pecado e a sua redenção.
 
Eu brindo à magia da palavra poesia,
o caminho que eu construo dia a dia,
ao homem que cresce através dos seus ais,
a bênção de ter forças para querer sempre mais.
 
Ronaldo Naldovelho Buonincontro