Tamo Junto é um curta-metragem independente de animação. Em dias de medo, Dois vizinhos passam a tornar cada momento de interação como grandes preciosidades.

Na quietude imposta pela pandemia, Dinho e Dona Edi cultivavam uma conexão que transcendia a distância física. A cada ligação, Dinho, com seu jeito afável, perguntava com genuíno interesse sobre as necessidades de Dona Edi para o dia ou para a semana: mercado, farmácia, ou simplesmente algo que ela precisasse. Essa rotina não era apenas uma questão de necessidade prática, mas sim um elo de cuidado e atenção que os unia.

Dinho não se contentava em apenas entregar as compras. Ele transformava cada entrega em um gesto especial de carinho. Junto com as compras do mercado, vinha o bilhetinho em papel colorido, meticulosamente escritos à mão. Mensagens simples, mas carregadas de afeto, que Dona Edi afixava com cuidado na geladeira e nos armários, como se cada palavra ali escrita fosse um raio de sol em seu dia.

"Tamo junto!", dizia um bilhetinho. Uma expressão tão simples, mas que carregava um significado imenso de solidariedade e companheirismo. Era como se Dinho estivesse sempre lá, mesmo fisicamente distante, lembrando a Dona Edi que ela não estava sozinha nesta jornada desafiadora.

Para Dona Edi, aqueles bilhetinhos não eram apenas palavras escritas. Eles eram um lembrete diário do quanto a amizade de Dinho era um suporte emocional vital durante um período tão difícil. Cada vez que ela olhava para aqueles papéis coloridos, sentia-se reconfortada, lembrando-se de que havia alguém que se importava com ela, alguém que estava verdadeiramente ao seu lado.

Assim, em meio à pandemia que isolava fisicamente tantas pessoas, Dinho e Dona Edi construíram uma ponte de cuidado mútuo e atenção. Suas interações eram um exemplo de como pequenos gestos podem fazer uma enorme diferença na vida de alguém, especialmente nos momentos de adversidade. E, mais do que nunca, eles sabiam que, juntos, podiam enfrentar qualquer desafio que a vida lhes trouxesse.

Uma pergunta que pode ajudar a nortear nossas relações e afetos: “Tamo junto?!”

Marcelle Durães 

equipe do site

22.07.24