Dois Rios (Skank)
O céu está no chão/ O céu não cai do alto/ É o claro, é a escuridão
O céu que toca o chão / E o céu que vai no alto / Dois lados deram as mãos
Como eu fiz também / Só pra poder conhecer /O que a voz da vida vem dizer
Que os braços sentem /E os olhos vêem /Que os lábios sejam
Dois rios inteiros Sem direção
O sol é o pé e a mão / O sol é a mãe e o pai / Dissolve a escuridão
O sol se põe se vai / E após se pôr / O sol renasce no Japão
Eu vi também / Só pra poder entender/ Na voz da vida ouvi dizer
Que os braços sentem / E os olhos vêem / E os lábios beijam
Dois rios inteiros Sem direção
E o meu lugar é esse / Ao lado seu, no corpo inteiro
Dou o meu lugar pois o seu lugar
É o meu amor primeiro / O dia e a noite as quatro estações
O amor tem lados?!
Os relacionamentos humanos são como dois rios que se encontram ou se esbarram.
Dois lados!
Há sempre que buscar o equilíbrio pra vencer os medos, inseguranças e diferenças.
Os encontros que a vida nos propicia são marcados pela essência que nos une: o amor!
O amor é a capacidade de ver além, de saber olhar com calma e perceber o outro.
Não é mágica, é um exercício constante de aceitação da singularidade, da individualidade de cada ser.
O amor é essência que une.
É o que primeiro nos faz perceber e sentir.
Não há fora dele sentido algum que toque...
"Amor pra mim é ser capaz de permitir
que aquele que eu amo exista como tal,
como ele mesmo.
Isso é o mais pleno amor.
Dar a liberdade dele existir
ao meu lado
do jeito que ele é."
(Adélia Prado)
Marcelle Durães
Equipe do site