Estrela Natal
Sérgio Pererê
Voa menino, voa
pra sua estrela natal
Voa menino, voa
por cima do temporal
Sei da saudade que sente do tempo, do coração
Vejo o lamento que mora na sua canção
Eu também tive um sonho que passou
Também sou feiticeiro e cantador
Eu também ouço histórias na voz do tambor
Voa menino, voa
pra sua estrela natal
Voa menino, voa
por cima do temporal
Sei dos seus sonhos perdidos nos olhos da mãe do luar
Conheço o amor infinito que deixou por lá
Eu também tive um rio que secou
Também sou guerreiro e sonhador
Eu também sei cantar pra não gritar de dor
Voa menino, voa
pra sua estrela natal
Voa menino, voa
por cima do temporal
Eu também tive um sonho que passou
Também sou feiticeiro e cantador
Eu também ouço histórias na voz do tambor
Eu também tive um rio que secou
Também sou guerreiro e sonhador
Eu também sei cantar pra não gritar de dor
Rê lê lê lê
Rê lê lê lê
Inhárinhárinhê
Rê lê lê lê
Rê lê lê lê Rê
A estrela natal é a luz da essência de cada ser humano – refletida no silêncio, no olhar, no sorriso, na lágrima e nos gestos de cada um.
Saber ler os sinais de tantas histórias refletidas em cada olhar - requer a capacidade de ser com o outro e ser no outro!
Perceber a estrela que cada um tem em seu interior, apesar, das dores da vida.
Mesmo em meio às secas...
O pranto que seca o rio interior, é o mesmo que alimenta os veios, renova as fontes e leva a ser mar.
Descobrir-se mar de infinitas possibilidades e sonhar. Despertar a criança interior e deixar fazer pulsar a vida em todas as suas cores, aromas e sons.
Talvez, a nossa maior dificuldade, em um mundo de tantas luzes artificiais, seja perceber a luz que nos cerca em cada história de vida.
Incentivar cada ser a voar, a sonhar e a ouvir a sua voz interior... é o caminho para a cura das dores da vida!
“Pois de amor andamos todos precisados! Em dose tal que nos alegre, nos reumanize, nos corrija, nos dê paciência e esperança, força, capacidade de entender, perdoar, ir para a frente! Amor que seja navio, casa, coisa cintilante, que nos vacine contra o feio, o errado, o triste, o mau, o absurdo e o mais que estamos vivendo ou presenciando.”
Carlos Drummond de Andrade
Marcelle Durães
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