Foi nos bailes da vida ou num bar
Em troca de pão
Que muita gente boa pôs o pé na profissão
De tocar um instrumento e de cantar
Não importando se quem pagou quis ouvir
Foi assim

Cantar era buscar o caminho
Que vai dar no sol
Tenho comigo as lembranças do que eu era
Para cantar nada era longe tudo tão bom
Até a estrada de terra na boléia de caminhão
Era assim 

Com a roupa encharcada e a alma
Repleta de chão
Todo artista tem de ir aonde o povo está
Se for assim, assim será
Cantando me disfarço e não me canso
De viver nem de cantar

 

Nas estradas da vida a cantar sonhos...! 

Sonhos que nos movem no destino de servir, de cantar e encantar.

Cada vida neste chão faz a sua procissão, às vezes chora, em outras tantas, sorri.

E na adversidade aprende a seguir, cresce e canta as maravilhas de ser!

 

"Voz que nunca desiste, na mais negra das águas da mais longa das noites."

Lya Luft

 

Marcelle Durães

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