EM ALGUM LUGAR DO INACABADO 

Vladimir Jankélévitch e Béatrice Berlowitz

Introdução, tradução e notas: Clóvis Salgado Gontijo

Filosofia

Editora Perspectiva

 

SINOPSE

Em se tratando de grandes personalidades da cultura, especialmente aquelas com obras extensas, profundas e com muitas ramificações, um texto em forma de diálogo, com um mediador sensível e conhecedor da obra do interlocutor, torna-se uma grande porta aberta para se compreender seus pensamentos e importância. É este, precisamente, o caso deste livro, que descortina e ilumina a obra de Vladimir Jankélévitch ao trazer o diáfano, o transitório e o precário das coisas e dos homens, em sua filosofia plena de música e poesia, dirigido por Béatrice Berlowitz, discípula dileta, ao que se soma um estudo introdutório ao pensamento do filósofo pelo seu tradutor e estudioso, Clóvis Gontijo.

QUARTA-CAPA

No decorrer de 29 diálogos, Béatrice Berlowitz investiga os grandes temas que ocuparam a reflexão de Jankélévitch, a cada dia mais presentes e relevantes. Ao acentuar a precariedade, o inacabamento do ser, em termos artísticos e, principalmente, existenciais, o filósofo desnuda a transitoriedade fundamental, nossa e de nossa moralidade, daí a importância que tinham para ele a música, símbolo do tempo, e a morte. Em Algum Lugar do Inacabado é tanto uma privilegiada introdução a esse pensamento que não transige nem se deixa catalogar como a chance rara de ler um filósofo sintetizando a sua visão de mundo, suas ideias, seus interesses e as inquietações fundamentais que o acompanharam ao longo da vida. 

Estimulado pela estrutura em diálogo, Jankélévitch abre seu domínio: o do intangível, da centelha passageira, do vago para a alma, da nostalgia. Assim, permite que o mundo secreto que reside no centro de seu trabalho flua. Falando de amor e humor, música e silêncio, moralidade e política, reminiscências e inocência. 

 

VLADIMIR JANKÉLÉVITCH (1903-1985) 

Graduou-se em Filosofia na Escola Normal Superior, em Paris. Lecionou no Instituto Francês de Praga e depois em Caen, Lyon, Toulouse e Lille até a Segunda Guerra Mundial, quando juntou-se à Resistência. Em 1947, retomou o posto de professor em Lille, indo em seguida para a Sorbonne, onde, entre 1951 e 1979, deu aulas de Filosofia Moral. É autor, entre muitas outras obras, de A Música e o Inefável (Perspectiva, 2018).

 

BÉATRICE BERLOWITZ

É filósofa e foi aluna dileta de Jankélévitch, que lhe dedicou a obra A Música e o Inefável.