ESCOLHE, POIS, A VIDA!
Nestes dias, vários grupos católicos têm tido a oportunidade de meditar sobre a dignidade radical da vida, sempre compartilhada com os outros e, para a fé, dom de Deus:
- A vida ainda invisível de pessoas nascituras;
- A vida ameaçada de pessoas migrantes e refugiadas;
- A vida fragilizada de pessoas enfermas ou idosas;
- A vida ferida de pessoas indígenas e quilombolas;
- A vida desviada de pessoas que cometeram crimes graves.
Alguns de nós somos mais sensíveis a algumas dessas dimensões; outros, mais sensíveis a outras. Mas em todos esses casos, nosso senso de humanidade cresce quando não fazemos recair sobre os mais fracos e pobres o pesado fardo da violência de nossas sociedades e, também, quando renunciamos a entrar numa lógica de vingança e de autodefesa.
Deixo aqui um trecho da Exortação Apostólica Gaudete et exsultate, que pode nos ajudar a expandir este desejo de cuidar melhor da vida de cada pessoa humana:
“A defesa do inocente nascituro deve ser clara, firme e apaixonada, porque neste caso está em jogo a dignidade da vida humana, sempre sagrada, e exige-o o amor por toda a pessoa, independentemente do seu desenvolvimento”.
“Igualmente sagrada é a vida dos pobres que já nasceram e se debatem na miséria, no abandono, na exclusão, no tráfico de pessoas, na eutanásia encoberta de doentes e idosos privados de cuidados, nas novas formas de escravatura, e em todas as formas de descarte”. (Francisco, Gaudete et exsultate, 101)
Pe. Francys Silvestrini Adão SJ
30.12.2020