O desânimo é um dos nossos maiores inimigos. Convence-nos de que as esperanças e as lutas para as alcançar não valem a pena. Que a noite não terá fim. Que é demasiado tarde para mudar o que quer que seja. Que o melhor é desistir…

O primeiro e mais importante sucesso do desalento é desviar-nos do nosso objetivo, fazendo-nos desacreditar nos nossos sonhos.

Que o medo não nos tome e nos faça escravos da desesperança.

Para não te perderes, é importante que decidas para onde queres ir. Que não queiras alcançar muitos destinos. Que não vás pelos caminhos dos outros ou pelos mais fáceis.

A cada dia, pode ser necessário ajustar o plano em algum ponto. Ainda que se mantenha o objetivo, temos de adaptar o percurso às circunstâncias em que nos é dado viver. Nenhum de nós controla a vida, mas somos livres de lhe responder de muitas formas.

Procura estar onde estás, porque quem quer estar em todo o lado nunca está em lado algum.

Decide-te. Escolher um caminho é dizer não a todos os outros. Nunca é demasiado tarde para mudar de destino e de caminho, mas cada passo que deres está dado, pois jamais alguém poderá desfazer ou refazer o que já foi feito.

Não deixes que o caminho te leve. Por vezes, é suposto ir por onde não há caminho!

Levanta-te e anda, sabendo que a cada dia o essencial não são os frutos que colhes, mas as sementes que lanças. Faz o que tens a fazer. Isso é muito mais valioso do que todas as consequências imediatas que tirares daí. Por melhores ou piores que sejam.

Ainda que não compreendas o porquê, levanta-te, alimenta-te, fortalece-te e anda… porque é longo o caminho que ainda tens de fazer, pelo meio de grandes desertos e, tantas vezes, por onde não há chão.

Confia. Mesmo que te sintas perdido, nunca estarás sozinho.

José Luis Nunes Martins

23.08.2024