Quando você foi embora, fez-se noite em meu viver Forte eu sou mas não tem jeito, hoje eu tenho que chorar Minha casa não é minha, e nem é meu este lugar Estou só e não resisto, Muito tenho prá falar
Solto a voz nas estradas, Já não quero parar Meu caminho é de pedra, como posso sonhar Sonho feito de brisa, vento vem terminar Vou fechar o meu pranto, vou querer me matar
Vou seguindo pela vida me esquecendo de você Eu não quero mais a morte, tenho muito que viver Vou querer amar de novo e se não der não vou sofrer Já não sonho, hoje faço com meu braço o meu viver.
Somos seres de travessia. E, na travessia da vida buscamos significados e sentidos para viver.
As perdas são inevitáveis. Algumas delas nos tiram o chão, nos deixam "perdidos", carecendo de sentido, de sentir o gosto e o sabor que a vida tem.
É na travessia que vamos dando novo significado as perdas e perdendo o medo de amar e viver.
"Antes de amar-te, amor, nada era meu Vacilei pelas ruas e as coisas: Nada contava nem tinha nome: O mundo era do ar que esperava. E conheci salões cinzentos, Túneis habitados pela lua, Hangares cruéis que se despediam, Perguntas que insistiam na areia. Tudo estava vazio, morto e mudo, Caído, abandonado e decaído, Tudo era inalienavelmente alheio, Tudo era dos outros e de ninguém, Até que tua beleza e tua pobreza De dádivas encheram o outono." (Pablo Neruda)
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