Segue em cartaz a exposição Yara Tupynambá – 70 anos de carreira, no CCBB-BH, porém no modo digital através do site www.yaratupynamba.org.br, a mostra tem a curadoria de José Theobaldo Júnior. A exposição conta com 74 obras de diferentes fases da carreira de Yara Tupynambá, com temática voltada para o meio ambiente.
Dentre as obras na mostra há quadros e gravuras de alguns dos painéis mais importantes de Tupynambá, além de uma série inédita sobre o Parque Municipal e os jardins da casa da artista, com as plantas e flores cuidadas por ela, assim como a visão dela da casa e dos jardins de Claude Monet, em Giverny, na França dos anos 80. “Yara Tupynambá – 70 anos de carreira” tem o patrocínio do Centro Cultural Banco do Brasil.
Equipe do site
05.06.2021
Em comemoração aos 300 anos de Minas Gerais, chega ao CCBB BH a exposição "Minas | Itália: Construção da Modernidade", que traz um compilado de fotografias selecionadas para contar a história arquitetônica da capital mineira e a influência de arquitetos italianos e ítalobrasileiros nas construções de palácios, hospitais, igrejas, cinemas e colégios, sedes de clubes, repartições públicas e prédios comerciais de Belo Horizonte.
São 20 imagens de detalhes arquitetônicos – ornamentos, elementos escultóricos, pedaços de volumes, curvas – em fotografias de grandes formatos.
Gratuita, a exposição vai até 31 de janeiro e segue todos os protocolos de segurança adotados pelo CCBB BH em função da pandemia do novo coronavírus. Por isso, as entradas devem ser emitidas online pela plataforma Eventim mediante agendamento online. O uso de máscara é obrigatório.
Equipe do site
17.12.2020
Aberta ao público desde o dia 22 de setembro, a exposição “Noites e Noturnos” está chamando a atenção do público. Algumas obras raras do pintor mineiro Amadeo Luciano Lorenzato (1900-1995), que completaria 120 anos em 2020, estão disponíveis para visitação em Belo Horizonte, com entrada gratuita, mediante agendamento prévio, na Rodrigo Ratton Galeria (Rua Alagoas, 1314, loja 27c, Shopping 5ª Avenida, Savassi), durante a exposição ‘Noites e Noturnos’. A iniciativa segue todas as recomendações da Organização Mundial da Saúde e respeita todos os decretos municipais.
Para conhecer a exposição ‘Noites e Noturnos’ é necessário verificar os horários disponíveis por meio do WhatsApp (31) 99981-9281. Ao chegar na galeria, o público é recebido pelo organizador da mostra, Rodrigo Ratton, que é o proprietário do espaço. Além de conduzir o visitante, percorrendo as mais raras obras do artista, ele conta parte da história de Lorenzato e mostra objetos que fizeram parte do cotidiano do pintor, o que aguça ainda mais a curiosidade.
Entre as pinturas de Lorenzato, chama a atenção um quadro em que ele retrata a noite no Parque Municipal Américo Renné Gianneti, o famoso Parque Municipal, no Centro de Belo Horizonte. Outras obras mostram cenários noturnos que remetem à capital mineira, com as janelas nas casas e prédios.
O idealizador da exposição, Rodrigo Ratton, é um grande admirador das obras de Lorenzato e, justamente por isso, ele quis homenagear o artista. “Os 120 anos de Amadeo Luciano Lorenzato não poderiam passar em branco. Essa é uma exposição não comercial e não vamos vender nenhuma obra, pois o objetivo é mostrar para o público um pouco do que o artista contribuiu para a arte, levando o nome de Minas Gerais para os quatro cantos do mundo”, explica.
A exposição Noites e Noturnos conta com oito pinturas que retratam paisagens noturnas, estrelas, astronautas e cenas da cidade. “Estamos apresentando apenas um recorte de sua vasta obra, reconhecida nacional e internacionalmente, e assim celebrando um dos grandes nomes da arte brasileira. Simultaneamente, estamos homenageando também o responsável pelas primeiras exposições de Lorenzato, o produtor cultural mineiro Palhano Júnior, que nos deixou em agosto deste ano”, destaca Ratton.
Além das obras de arte, também estão expostos alguns objetos pessoais de Lorenzato, de propriedade do Museu do Cotidiano e emprestadas à ‘Noites e Noturnos’, como um histórico relógio, que inclusive, aparece em uma fotografia antiga, e o seus pentes, ferramentas que foram utilizadas por anos e são as responsáveis por uma das características marcantes do trabalho do artista, a pintura ‘penteada’. “Quem vier não terá apenas a oportunidade de apreciar um pouco do trabalho do ilustre pintor belo-horizontino, mas sim conhecer um pedacinho da história de um ser humano simples, inteligente e que muito contribuiu para a arte”, finaliza Rodrigo Ratton.
Lorenzato
Filho de imigrantes italianos, Lorenzato nasceu no dia 19 de fevereiro, na capital mineira. Foi trabalhador da construção civil como pintor. Depois de um acidente, dedicou-se à pintura de quadros, talvez por pura intuição criativa. Considerava-se um autodidata, que imprimia em suas pinturas a singularidade das cenas cotidianas, com marcados volumes, texturas densas e ricas em cores. Ele criava, dessa forma, aquilo que se tornou o mais característico em sua pintura: o “penteado”, através de pentes propriamente ditos e tintas que ele próprio fazia.
Lorenzato deve ser considerado um exemplar do alto modernismo brasileiro e, acima de tudo, um artista livre que, equipado de gestos únicos, pintava o que via. Além dos casarios, que são expressos na grande maioria das suas obras, pintou também paisagens, noturnos, abstratos, pores do sol, naturezas mortas, céus estrelados, barcos, prédios e fábricas. Com suas formas geométricas reduzidas, construiu as mais diversas figurações, utilizando-se de um estilo simplificado. De forma singular retratou uma visão única do mundo ao seu redor. O artista não fazia distinção entre o erudito e o popular, ao invés disso, ele se desvencilhava de tendências e movimentos, possibilitando demonstrar em sua obra sua principal marca: a originalidade. Na sua autodefinição dizia: “Amadeo Luciano Lorenzato, pintor autodidata e franco atirador. Não tem escola. Não segue tendências. Não pertence a igrejinhas. Pinta conforme lhe dá na telha. Amém”.
Serviço:
Exposição Noites e Noturnos | 120 anos de Lorenzato
Local: Rodrigo Ratton Galeria – Rua Alagoas, 1314, loja 27c, Shopping 5ª Avenida, Savassi, Belo Horizonte/ MG
Data: 22 de setembro a 20 de dezembro
Entrada gratuita (mediante agendamento prévio pelo WhatsApp 31 99981-9281).
Classificação livre
A mostra vitural reúne 140 peças entre esculturas, pinturas, objetos, sarcófagos e múmias, vindas do Museu Egípcio de Turim, que possui o segundo maior acervo egípcio do mundo.
A exibição é dividida em três seções: vida, religião e eternidade, que ilustram o cotidiano das pessoas do vale do Nilo, revelam características do politeísmo egípcio e abordam suas práticas funerárias. Cada seção apresenta um tipo particular de artefato arqueológico, contextualizado por meio de coloração e iluminação projetadas para provocar efeitos perceptuais.
Aspectos da historiografia geral do Egito Antigo serão apresentados de forma didática e interativa, por meio de esculturas, pinturas, amuletos, objetos cotidianos, objetos litúrgicos e ostracons (fragmento de cerâmica ou pedra usados para escrever mensagens oficiais). Também fazem parte da mostra um Livro dos Mortos em papiro, sarcófagos, múmias de animais e uma múmia humana da 25ª dinastia.
A mostra também conta com uma seção interativa, com um vídeo 3D de monumentos que permite percorrer lugares no Egito Antigo. Os visitantes também poderão participar de atividades lúdicas, como escrever o nome em hieróglifo e tirar fotos com a esfinge e o faraó. Uma réplica de uma escavação e um livro eletrônico mostrarão parte do material registrado pelas equipes de Napoleão (de 1798 a 1801). Além disso, serviço de audiodescrição e objetos táteis serão disponibilizados pela equipe do Programa CCBB Educativo.
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Esta exposição representa o primeiro segmento do projeto Luz = Matéria. Este projeto, que reúne uma seleção de obras pertencentes ao nosso museu, distancia-se da forma convencional com que as coleções são expostas, a reunião de obras por escolas e grupos artísticos a partir de critérios cronológicos. Contrapondo-se, Luz = Matéria ensina que são infinitos os modos de aproximar obras de arte, tanto quanto de quaisquer objetos, ou até de acontecimentos relevantes dispersos ao longo de nossas vidas.
Link para a exposição virtual no Museu Oscar Niemeyer
De 15 de janeiro a 30 de março, o Centro Cultural Banco do Brasil apresenta a exposição Poteiro, o Popular e o Público. A mostra inédita e gratuita traz para a capital 30 obras do artista multidisciplinar português Antônio Poteiro.
Com curadoria de Leno Veras, a exposição provoca um diálogo entre o crítico e o artista ao jogar luz sobre as questões levantadas pelas obras de Poteiro, nascido em Braga e radicado na capital de Goiás. Criador de um repertório narrativo amplo e diverso, ele articula religiosidades e folclores, histórias e memórias, experiências e oralidades, em contínua construção de uma panorama da integração dos imaginários das civilizações.
Além da vasta produção do autor, o público também terá acesso, pela primeira vez, às fotografias do arquivo pessoal do artista junto a personalidades da cena cultural brasileira, como Burle Marx e Jorge Amado. A mostra fica aberta para visitação de quarta a segunda, das 10h às 22h.
Centro Cultural Banco do Brasil
Praça da Liberdade, 450 - Funcionários - BH
A exposição Retratistas do Morro chega à CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais a partir do dia 14 de fevereiro (sexta). A mostra, que possui curadoria do artista visual, pesquisador e empreendedor cultural Guilherme Cunha, reúne imagens pertencentes à história recente da fotografia brasileira produzidas pelos fotógrafos João Mendes e Afonso Pimenta, que trabalham, desde a década de 1970, registrando o cotidiano dos moradores da Comunidade do Aglomerado da Serra, segunda maior favela do país localizada em Belo Horizonte. Este evento possui correalização da Appa – Arte e Cultura.
Segundo Guilherme Cunha, que realiza pesquisas em torno da história da fotografia e restauração de imagens, as fotos de João e Afonso nos revelam outras versões da história das metrópoles e das populações de favela no Brasil, contadas a partir das experiências e visões de mundo de seus próprios moradores. “João e Afonso possuem uma trajetória artística que ultrapassa a noção do documental, e passa a ser biográfica. Ambos representam suas trajetórias de vida, lutas e conquistas, entrelaçadas ao cotidiano de moradores do Aglomerado da Serra, que são seus pares, já que também eles moram no local”, conta o curador.
Em meio a gestos fotográficos que não implicam uma abordagem profissional, os fotógrafos captam diferentes realidades familiares e seus movimentos cotidianos: casamentos, nascimentos, batizados, jogos de futebol, velórios, formaturas e bailes. Segundo Cunha, “João e Afonso construíram uma iconografia inédita, das poucas ainda preservadas, em que é possível acessar por meio da imagem mudanças nos cenários social, político, econômico e cultural, ocorridas nas favelas do Brasil ao longo dos últimos quase 50 anos”.
A curadoria é do artista visual, pesquisador e empreendedor cultural Guilherme Cunha. A abertura acontece no dia 13 de fevereiro, a partir das 19h, com a presença dos fotógrafos, e segue até o dia 4 de abril, de terça a sábado, das 9h30 às 21h. A entrada é gratuita.
Local
CâmeraSete | Casa da Fotografia de Minas Gerais | Av. Afonso Pena, 737. Praça Sete, Centro.
Informações para o público: 31 3236-7400
Registros fotográficos de diversas cidades do mundo vão invadir o Memorial Minas Gerais Vale. O espaço inaugura, neste sábado (19), às 11h, a exposição fotográfica Urbanus, no Café do Memorial.
A mostra traz o olhar atento dos fotógrafos Gustavo Dragunskis e Natália Lima sob cidades e pessoas em países das Américas, Europa e no Brasil, para apresentar a beleza única de cada ambiente. As fotos buscam aproximar o público de lugares tão distantes um do outro no mundo e mostrar as similaridades destes em muitos aspectos. Ao todo, são 15 imagens expostas e 60 em looping no vídeo do Café.
A exposição Urbanus revela o ser humano, pertencente à cidade, e sua relação com o espaço urbano. Os fotógrafos Gustavo Dragunskis e Natália Lima desenvolvem contato direto e discreto com percepções cotidianas que relatam experiências urbanas em diversas cidades do mundo. O olhar é silencioso e explora realidades atuais que são similares independentemente de cidades, culturas e continentes. Somos diferentes, mas cruzamos realidades semelhantes e tocantes moldadas pelo urbano.
A exposição fotográfica Urbanus tem entrada gratuita e segue em exibição até o dia 6 de fevereiro de 2020, às terças, quartas, sextas e sábados, das 10h às 17h30, com permanência até 18h. Quintas, das 10h às 21h30, com permanência até 22h. E aos domingos, das 10h às 15h30, com permanência até 16h
Praça da Liberdade, 640, esquina com Rua Gonçalves Dias
Belo Horizonte – Minas Gerais – Brasil – 30140-010 – (31) 3308-4000
REAÇÕES
Exposição individual de Ricardo Lemos
O Centro Loyola recebe a mostra individual do artista plástico Ricardo Lemos. A mostra reúne várias peças produzidas desde 2001 onde elabora sua palheta por meio de técnica pioneira nas artes utilizando-se de reação química sobre metal.
Ricardo Lemos recorre à palavra “reações” para nomear sua exposição; Esta palavra conecta os procedimentos químicos utilizados em seu processo criativo às várias reações emotivas provocadas por suas obras. Reações que compreendem desde as expectativas, olhares e questionamentos dos observadores até sua própria reação como resposta artística ao mundo que o cerca. É preciso, ainda, apropriar-se etimologicamente do termo “re/ações” como ação em sentido contrário, em resposta a um estímulo, a uma força contrária; Ele remete a interações e investidas do fazer artístico na sociedade e no meio ambiente, tema recorrente na obra do artista. Ricardo Lemos nos convida a refletir sobre uma proposta de sustentabilidade permeada de espiritualidade.
Na experimentação da transformação da matéria, onde sua alquimia artística se investe, brota a evidência autoral de Ricardo Lemos que captura o invisível com elegância, sutileza e fé.
Sobre Ricardo Lemos: Natural de Belo Horizonte, nasceu em 1976. Graduou-se em Artes Plásticas pela Universidade do Estado de Minas Gerais – ESCOLA GUIGNARD. Detentor de técnica própria nas artes plásticas, OXI-ARTE, obtém as cores através de reações químicas sobre metal.
Serviço:
Exposição Reações
Centro Loyola - Rua Sinval de Sá, 700 - Cidade Jardim
Data: De 22/11/2019 a 13/12/2019, de segunda a sexta, de 10h às 19h. (Entrada franca).
Informações: 3342-2847.
O CCBB – BH (Centro Cultural Banco do Brasil) está recebendo as obras do artista Paul Klee (1879-1940), considerado um marco na história do modernismo, um legado que pode ser apreciado em visita ao acervo do Zentrum Paul Klee, de Berna, Suíça, cidade onde o artista nasceu e residiu, e até o dia 18 de novembro Paul Klee – Equilíbrio Instável, mostra inédita na América Latina, permanecerá em cartaz no CCBB Belo Horizonte, que apresentará 120 trabalhos minuciosamente selecionados diretamente da instituição, na Suíça, que é responsável pelo zelo de mais de 4 mil obras do artista.
Exposição: Paul Klee – Equilíbrio Instável
Visitação: até 28 de agosto a 18 de novembro.
Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte
Praça da Liberdade, 450 – Funcionários - CEP: 30140-010 | Belo Horizonte - MG(31) 3431-9400Funcionamento: de quarta a segunda das 10h às 22 horas.
Um passeio pela rua, uma viagem ou uma caminhada podem despertar a curiosidade do artista Mário Azevedo, que apresenta seu trabalho na Galeria de Arte BDMG Cultural pela primeira vez. A exposição Tudo sobre nada é a quarta edição da série desenvolvida pelo mineiro.
A mostra ficará aberta à visitação diariamente, de 17 de agosto a 22 de setembro, de 10h às 18h, inclusive sábados, domingos e feriados; às quintas, o horário é estendido, de 10h às 21h. O acesso é gratuito.
Um colecionador/arquivador nato, Mário se deu conta de seu acúmulo de obras – suas e de outros artistas – , livros, objetos e imagens arquivados. Mas, o que são fotografias guardadas? São como nada! “Um arquivo que você não acessa é um arquivo morto. Tiram-se mil fotografias e não se tem uma grande foto”, diz o artista.
Assim, Azevedo decidiu colocar à vista todo esse material antes de caráter particular, em uma série de livros-de-artista que planeja chegar a dez edições. As fotos são agrupadas por “temáticas”: 0 - “Neomonumentos”, 1 - “Escadarias”, 2 - “Gradeados” e 3 - “Quadrantes” Todas já foram editadas e expostas. Cheio de gosto pela simplicidade e pela monocromia, ou uma “paleta reduzida”, o artista explora as cores e formatos das imagens que fixa, resgatando seus motivos/arquivos, mental e afetivo.
Sua pesquisa parte de uma “anti-fotografia turística”, na qual se apega aos detalhes ao invés daquele todo, da visão panorâmica ou de grande abertura, construindo uma espécie de “visão total” a partir da acoplagem de pequenas marcas sígnicas da paisagem. “Através da fotografia analógica e digital, o olhar que proponho é reter as partes, para pensar em algo de outra natureza como aquilo que é inteiro”, conta.
Esse ato de procurar, observar, selecionar e montar o que não é facilmente visto e reconhecido, cada vez mais em desuso pelo ritmo acelerado das nossas rotinas de convivência com imagens ordinárias, ganha destaque na exposição que também valoriza certa delicadeza, uma leveza daquilo que é, de alguma maneira, ordenado e sensivelmente geométrico.
Ao todo, 50 imagens de 30x40 centímetros ocuparão a galeria, junto com 15 objetos de pedra, madeira e metal. Elas veem de matrizes que ocupavam 130 álbuns (e outros recantos do ateliê) e que agora são bem mais do que nada; são tudo aqui, contribuindo com uma espécie de protocolo para um outro olhar, um exercício de apuro visual, ao tornar acessível o que está oculto nessa nova maneira de ver os elementos do nosso mundo e de articulá-los com nossas vivências.
Conheça mais sobre Mário Azevedo
Mário Azevedo atua profissionalmente com desenho, gravura, pintura, objetos, fotografias e edições desde 1980. Seu trabalho mais recente com fotografias se deu, inicialmente, a partir de uma sequência de edições/exposições; Neomonumentos (2008) e, até agora, Tudo sobre nada.
O artista já expôs individualmente em Belo Horizonte, Ouro Preto, Juiz de Fora, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. Foi premiado em salões de arte e mostras especiais, de caráter nacional e internacional. Ainda participou na produção e montagem de diversas exposições individuais e coletivas.
Mestre pela Escola de Belas Artes da UFMG, onde leciona desde 1994, elaborou esses trabalhos mais recentes a partir de uma proposta enquanto cursava doutorado no Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com estágio na Université Jules Verne de Picardie, em Amiens, na França.
Trabalhou no Instituto Nacional de Artes Plásticas da Funarte e foi professor da Escola de Artes Visuais do Parque Lage no Rio de Janeiro. Na capital mineira, foi assistente e coordenador do setor de artes plásticas da Fundação Clóvis Salgado/Palácio das Artes e também lecionou na Escola Guignard da UEMG.
Visitação: 17 de agosto a 22 de setembro de 2019
Diariamente, inclusive sábados, domingos e feriados, de 10h às 18h
Às quintas-feiras, de 10h às 21h
Classificação livre
Telefone: 31 3219-8691
Entrada Franca
O simples ato de observar o cotidiano e transformá-lo em arte norteia o trabalho da paulista Renata Cruz. Em sua mais recente exposição, Para sempre e um dia, a artista vai transformar a Galeria Arlinda Corrêa Lima (Palácio das Artes-BH) em uma casa japonesa de papel, recoberta por azulejos portugueses. As imagens são em sua maioria desenhos realizados em residências artísticas no Japão e em Portugal entre 2015 e 2016. Mas há também trabalhos posteriores com elementos do seu ateliê em São Paulo e das viagens à Floresta Amazônica.
Nessa imersão por diferentes culturas, Renata Cruz traz reproduções de uma beleza efêmera, carregada de sentidos e afetos, que, pelos desenhos da artista, permanecem, mesmo que tenham durado pequenos instantes. Fazendo sua estreia em Belo Horizonte, ela propõe um encontro do público com o registro do cotidiano por meio de uma das mais tradicionais técnicas artísticas: a aquarela.
Cerca de 600 desenhos de mesmo tamanho serão afixados nas paredes da galeria, em um site-specific, relacionando a arquitetura do espaço à afetividade proposta por Renata ao mesclar suas experiências tanto no Japão quanto em Portugal. “A aquarela é meu material do cotidiano. Existe para mim uma facilidade nele, que é me permitir trabalhar com desenho e cores em qualquer lugar levando na bolsa apenas um pequeno estojo de aquarela e alguns pincéis”, comenta Renata sobre sua relação com o material da exposição.
A inspiração para um registro catalogado de objetos do cotidiano começou durante a residência que Renata fez no Aomori Contemporary Art Centre, em Aomori em 2016, no Japão. O encontro com a outra cultura resultou em uma série de registros de objetos rotineiros, como vasilhas, copos, jarros, cacos, folhas, flores, frutas, cadernos, cogumelos, canetas, sementes, embalagens e o tradicional artesanato têxtil local, feito principalmente na cor azul. Eles começaram a criar relações com a experiência em Lisboa, no Carpe Diem Arte e Pesquisa, antiga casa do Marquês de Pombal, onde instalou desenhos em uma sala revestida de azulejos, cujo predomínio da cor azul, foi decisivo para a realização do trabalho. É essa junção de culturas e observações que compõe o trabalho exposto na galeria Arlinda Corrêa Lima.
Ao assinalar e organizar as pequenas coisas que formam a vida e que passam despercebidas na maior parte do tempo, Renata cria uma narrativa contra a finitude e, também, um convite à atenção prolongada. Os textos presentes nos trabalhos, que estão em português, inglês, japonês e castelhano, pertencem a escritores como Virgínia Woolf, Clarice Lispector, Enrique Vila Matas, Osamu Dazai, Borges e outros.
Assim como em outros locais por onde a exposição já passou, como Madrid, na Espanha, e Ribeirão Preto, em São Paulo, haverá a criação de uma aquarela inédita para Belo Horizonte. A obra será produzida ao longo do período de montagem da mostra, enquanto Renata observa a rotina e a dinâmica do Palácio das Artes.
“Espero que o público possa caminhar pela galeria e observar esses detalhes que me inspiram. Não há um roteiro certo para ver a exposição, só mesmo um convite para que o visitante crie a narrativa que melhor fizer sentido para ele. A ideia de imaginar as pessoas andando pela galeria Arlinda Corrêa Lima e conectando imagens já me inspira num desdobramento desse trabalho”.
Local
Palácio das Artes | Av. Afonso Pena, 1537. Centro. Belo Horizonte
Horário
Intervenção da Cia. de Dança Palácio das Artes | Encerramento da exposição CORTE | 18h30
DREAMWORKS ANIMATION: A EXPOSIÇÃO – UMA JORNADA DO ESBOÇO À TELA
Com mais de 400 itens, dentre eles desenhos raros e nunca vistos pelo público, que refletem os conceitos iniciais dos filmes, modelos e obras de arte originais, entrevistas e displays interativos das animações clássicas preferidas e mais amadas da DreamWorks. Embarque nesta fascinante e interessante jornada que se desenrola por meio de esboços originais de ogros ranzinzas e dragões amigáveis até chegar às fantásticas histórias e mundos incríveis levados às telas de cinema pelos premiados artistas da DreamWorks.
DreamWorks Animation: A Exposição é dividida em três partes: Personagem, História e Mundo. Cada uma dessas seções apresenta entrevistas, filmagens por trás das cenas, conceitos artísticos originais, maquetes e muito mais. As peças da exposição levam os visitantes a conhecer o caminho criativo percorrido pelo estúdio do esboço até às telas do cinema.
Cada conjunto mostra a jornada criativa da DreamWorks desde a essência de uma ideia original até chegar à realização completa de um filme de animação. A exposição explora as habilidades únicas do estúdio de trabalhar em três aspectos básicos da produção cinematográfica: Personagem, História e Mundo.
Curadoria: Australian Centre for the Moving Image, em colaboração com DreamWorks Animation Studio.
Dias: 15/05 a 29/07
Centro Cultural Banco do Brasil
Entrada Franca
Praça da Liberdade, 450 – Funcionários (31) 3431-9400
CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais | Av. Afonso Pena, 737. Centro. Belo Horizonte
Até o dia 25 de maio, a Fundação Clóvis Salgado traz à CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais a exposição Wilson Baptista – Urbano Fotográfico. Trata-se de um recorte com 44 fotografias em preto e branco do acervo, estimado em cerca de trinta mil negativos, do belo-horizontino Wilson Baptista.
Por meio do olhar do fotógrafo, é possível perceber as transformações urbanas, arquitetônicas e sociais que ocorreram no centro da capital mineira entre as décadas de 1930 e 1960, visitando micro histórias nas práticas e acontecimentos públicos.
Apesar de ter começado a fotografar aos 12 anos, Wilson Baptista considerava-se amador, e continuou fotografando até o final da sua vida, aos cem anos de idade. Entusiasta, foi um grande incentivador da fotografia como arte, fazendo com que a produção belo-horizontina se conectasse com outros centros brasileiros de fotografia por meio do Foto Clube de Minas Gerais, do qual foi um dos fundadores e o seu primeiro presidente. Era praticamente cego de um olho e muito interessado pela arquitetura de Niemeyer, art deco, literatura, desenho, tiro e esgrima, e não se separava nunca de sua câmera: “como se anda com o celular hoje ou se andava com uma arma, eu andava com a máquina”, contou o fotógrafo durante os encontros com os autores do livro Urbano Fotográfico. Assim, estava sempre na hora certa e no lugar certo, sempre muito atento ao aspecto plástico do acontecimento. Mais interessado no que a fotografia podia sugerir do que na tarefa de documentar a realidade, Wilson tinha um olhar factual, mas que se transformava numa espécie de síntese fotográfica que direcionava a imagem para uma composição geométrica e abstrata do cotidiano.
Exposição da artista Beatriz Rauscher com fotografias de paisagens
Centro Cultural UFMG convida para a exposição “Vulcões, desertos, montanhas e mares”, da artista Beatriz Rauscher. A mostra tem como fundamento indagações sobre a maneira a qual atribuímos significados aos espaços e lugares e poderá ser vista até o dia 28 de abril de 2019..
As paisagens físicas são objetos de interesse de milhares de pessoas em busca da experiência da natureza. A proposta desse conjunto de trabalhos foi colocar em evidência as distâncias e proximidades (físicas e conceituais) dos espaços onde se dá a experiência da paisagem.
Os trabalhos expostos são compostos de séries de fotografias tomadas em diferentes lugares. Eles propõem aproximações entre lugares fisicamente distantes e levam o observador a questionar a experiência da natureza mediada pela imagem. Na perspectiva da imagem, é possível observar que a técnica, a história da arte, e ao mesmo tempo, a cultura das imagens, têm seu papel na construção das nossas percepções. Assim também é a fotografia de paisagem, mescla de subjetividade, acordo técnico e propagação cultural.
Beatriz Rauscher é artista e professora em residência pós-doutoral em Artes e Tecnologias da Imagem na Escola de Belas-Artes da UFMG. Foi bolsista em Paris na Université de Paris III – Sorbonne Nouvelle. Produz trabalhos artísticos ligados às questões da espacialização em imagens impressas e imagens projetadas, atuando em exposições e com publicações nos seguintes temas: fotografia, imagem impressa, paisagem e poéticas urbanas.
Tem realizado exposições individuais e coletivas de seus trabalhos em museus estaduais e universitários de diversas cidades brasileiras.
Serviço
Abertura: 15 de março ( sexta-feira), às 19 horas
Visitação: até o dia 28/04/2019
Terças a sextas de 10h às 21h
Sábados e domingos de 10h às 18h
Local: Sala Experimentação da Imagem do Centro Cultural UFMG – Av. Santos Dumont, 174 – Centro
Entrada gratuita
Belo Horizonte recebe a maior exposição do artista plástico chinês Ai Weiwei, com obras históricas e outras inéditas nascidas a partir de sua imersão cultural de cerca de um ano no Brasil. O projeto foi desenvolvido e curado por Marcello Dantas, que convidou Ai Weiwei a desvendar a cultura brasileira e moldar objetos que representem a biodiversidade, a paisagem humana e a criatividade local. A exposição apresenta também trabalhos icônicos do artista, hoje considerado um dos principais nomes da cena contemporânea internacional, para contar parte de sua história.
Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte
Praça da Liberdade, 450 – Funcionários - Belo Horizonte - MGFone: (31) 3431-9400 De 06 de fevereiro a 15 de abril de 2018A Fundação Clóvis Salgado traz à PQNA Galeria Pedro Moraleida do Palácio das Artes até dia 3 de fevereiro, a exposição Terra Prometida, com obras do escultor e fotógrafo mineiro Rodrigo Albert, e curadoria do artista e pesquisador Divino Sobral.
Temas como religião, fé e cativeiro estão retratados em fotografias, vídeo e esculturas. A mostra, que foi apresentada pela primeira vez na cidade de Veracruz, no México, é um giro documental em torno de relatos desumanos presentes nos cenários de vigilância, cerceamento e castigo do espaço carcerário. O trabalho do artista retrata a realidade das prisões brasileiras entre 2002 e 2010, e foi sendo completado até 2015 nas prisões mexicanas.
O título da exposição, Terra Prometida, contém toda a significação do trabalho de Albert. Sobral explica que “o presídio é local onde a terra prometida adquire sentido na liberdade pós-pena. E é assim, da condenação à libertação, que Albert registra ambientes do sistema penitenciário, realizando um trabalho de fôlego e de coragem”. Além disso, a especificidade da PQNA Galeria Pedro Moraleira, que é um corredor formado de um lado por nichos e de outro por vidro, foi encarada como “arquitetura de celas”. Cada nicho será sinalizado como uma cela de prisão, no intuito de potencializar as ideias de cerceamento e de liberdade.
O artista despertou seu interesse pela realidade dos cárceres após ser convidado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais para observar a vida de habitantes dos “cárceres de portas abertas”, modelo implantado no país nos anos 1970 em resposta às constantes rebeliões no presídio de São José dos Campos (SP). Chamados Centros de Reintegração Social, são apoiados pela Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (APAC), e hoje somam mais 100 por todo o Brasil e em diversos países. “Visitei os centros de Itaúna, Nova Lima e Santa Luzia como voluntário – mas dei início ao projeto fotográfico em Itaúna, registrando o dia-a-dia dos internos, destacando aspectos como a religião, a transformação humanitária e a reinvenção do cotidiano”, conta Albert.
Envolvido com fotografia desde quatorze anos de idade, Albert é um dos nomes que despontou na cena fotográfica mineira no primeiro decênio do século XXI. No entanto, segundo Divino Sobral, a obra do artista ainda aguarda maior espaço nas instituições artísticas brasileiras devido ao seu afastamento do circuito nacional por dez anos, período em que viveu na França e no México. “O trabalho singular de Albert encorpa de maneira significativa a tradição ética da arte brasileira, comprometida com a reflexão sobre a condição indigente da sociedade, marcada historicamente por acentuada injustiça social e por grave hierarquia racial e econômica”, explica o curador.
Múltiplas formas de retratar a violência – A foto-assemblage Eu abre a exposição. Ela é um registro de um rapaz preso por aliciamento de menores para a prática de roubo, na qual o artista agrega, em uma colagem tridimensional, objetos como uma boneca de plástico, bala de fuzil, relógios, medalha da inconfidência mineira, cinto militar, algema, cruz e um óculos de lente espelhada – elemento que traz a própria imagem do espectador para o interior da fotografia, na condição de cúmplice daquela realidade. Segundo Sobral, a obra narra o ciclo de vida sem perspectiva de grande parte da população masculina segregada do país. “É um retrato de um jovem pobre, sem escolaridade e sem trabalho, que cresce movido pelo desejo de consumo e de ostentação, em um modo de afirmação social”, destaca o curador.
Ainda segundo Sobral, Albert experimenta o deslocamento da imagem de natureza bidimensional para o terreno tridimensional no intuito de “dar corpo” à fé, que muda trajetórias de vida durante a condenação. “Ele cria esculturas de pequenas dimensões inspiradas em algumas situações capturadas em presídios, como na obra A Culpa, em que as mãos executadas em ouro pendem nos braços de uma cruz recortada em negativo na chapa de ferro. Na fotografia The Wall, uma escada encostada no muro vaza em direção ao céu. Ambos são trabalhos impregnados de significação religiosa”, explica o curador. “O primeiro aborda a relação direta da culpa com o sacrifício de Cristo para o perdão dos pecados e dos crimes. O segundo reflete sobre a elevação e a transcendência, presentes na promessa da libertação”.
Na prisão mexicana Penal de Allende, localizada em Veracruz, o artista fotografou imagens da série Santa Muerte, homônima à figura sagrada venerada por classes baixas e marginalizadas do México, resultado de um sincretismo entre crenças católicas e americanas. A santa é fortemente relacionada ao narcotráfico, e por isso é pintada na parede dos presídios em alusão aos crimes de morte. A disposição das imagens em dois grupos de nove fotografias faz alusão ao jogo de cartas la loteria, bastante popular entre os mexicanos, no qual se joga com as cartas da morte e do azar. A exposição ainda conta com uma imagem de uma cela vazia do mesmo presídio em Veracruz.
Encerrando a exposição, o vídeo Vientos mostra a bandeira do México flamulando no céu azul, enquanto sons de labaredas de fogo e de rajadas de metralhadora invadem o ambiente. Vientos, em espanhol, é uma expressão que significa “boa sorte”, e foi utilizada por Albert como ironia, ao abordar o massacre de Iguala – crime ocorrido em 2014, quando quarenta e três jovens estudantes mexicanos entraram em confronto com a polícia, foram presos e torturados, e depois entregues a membros de uma facção criminosa para serem assassinados. “A barbaridade que chocou o México e o mundo só foi desvendada após ser encontrado o celular de uma das vítimas. Por isso, Albert optou por filmar a bandeira também com o celular”, conclui Sobral.
Rodrigo Albert – Artista mineiro que começou a se destacar no início de 2005 com registrando por meio da fotografia questões políticas e sociais, na relação entre arte e violência, vida e morte. Em 2006 vence o Prêmio Nacional de Fotografia Pierre Verger, um dos mais importantes da fotografia brasileira, e no mesmo ano é indicado para o World Press Photo Joop Swart Masterclass Fundação World Press Photo, Holanda. Em 2009 muda-se para França onde reside por dois anos e em Paris ganha o Prêmio SFR/Polka; escolhido pelo fotógrafo francês Marc Riboud membro da agência Magnum Photos e é Menção especial no Grande Prêmio de Fotografia SFR Jovem Talento 2010; também foi selecionado para o Descobrimientos PHOTOEspña 2010. Em 2011 segue para o México onde começa a inserir em suas investigações o vídeo, a instalação e a escultura, e é convidado a participar do livro “A book of beds” da prestigiada revista FOAM, em Amsterdã, Holanda. Em 2013, é convidado pela curadora Ingrid Suckaer, e apresenta o projeto: “Cárcel e Libertad en Brasil” no Festival Internacional Cervantino em Guanajuato, México. Seus trabalhos já foram apresentados em exposições individuais e coletivas em vários países da América Latina, Europa e Ásia. Atualmente, divide sua vida entre o Brasil e o México. É representado no Brasil pela Periscópio Arte Contemporâneo, em Belo Horizonte, e na Europa pela agencia Picturetank, com sede em Paris.
Informações
Local
PQNA Galeria Pedro Moraleida | Palácio das Artes | Av. Afonso Pena, 1537. Centro. Belo Horizonte
Horário
Terça-feira a sábado, 9h às 21h
Domingos, 16h às 21h
Classificação - LIVRE
Informações para o público - (31) 3236-7400
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