A Secretaria de Estado de Cultura, por meio da Superintendência de Museus e Artes Visuais – SUMAV e do Museu Mineiro, inaugura, no dia 14 de dezembro, a Exposição Metaflor-Metaflora, da artista plástica mineira Solange Pessoa. A mostra apresentará trabalhos inéditos da artista, como desenhos, esculturas e instalações relacionados à arquitetura, espaços e memórias do Museu Mineiro. Os trabalhos poderão ser vistos pelo público, de 15 de dezembro a 30 de abril de 2013, simultaneamente na Sala de Exposições Temporárias, na Sala Multiuso e no jardim do museu. A entrada é gratuita.
As obras que serão expostas na Sala de Exposições Temporárias são constituídas de desenhos e cerâmicas de dimensões variadas, adicionadas a materiais naturais como painas, capins, folhas, lãs, couros, dentre outros. Serão expostos ainda quatorze desenhos da série terras/tecido, de 2011-2012, relacionados à espacialidade da Sala Multiuso (térreo do prédio) e aproximadamente cinco esculturas de bronze no gramado do jardim, dialogando com todo o entorno do edifício.
A integração das obras com o Museu Mineiro se dá pelas relações conceituais, antropológicas, simbólicas, arquitetônicas e afetivas do espaço como um sentido, fazendo dessas relações uma situação estética.
Sobre a artista
Solange Pessoa nasceu em Ferros (MG). É formada pela Escola Guignard da Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg), onde leciona desde 1993. Foi premiada no 20º e no 22º Salão Nacional de Arte de Belo Horizonte. Ganhou bolsa da Fundação Kresner Pollock, 1996-1997. Realizou diversas exposições individuais e participou de mostras coletivas no Brasil e no exterior.
Museu Mineiro
Parte do Circuito Cultural Praça da Liberdade, o Museu Mineiro fica na Avenida João Pinheiro, 342 – Funcionários. O espaço funciona às terças, quartas e sextas-feiras, de 10h às 19h, às quintas-feiras, de 12h às 21h, e aos sábados, domingos e feriados, de 12h às 19h. O acesso é gratuito.
Equipe do site
15.12.2012
Entre infinitos ventos e intermináveis correntezas
Galeria de arte do Pic Cidade recebe a exposição Entre Infinitos Ventos e Intermináveis Correntezas: 20 anos de carreira do artista plástico italiano Guido Boletti
Após exposição de comemoração de seus vinte anos de carreira na Itália, país natal do artista, Belo Horizonte acolhe essa maravilhosa e harmoniosa exposição. Guido Boletti não é só um artista, mas também um poeta. “Seus quadros não são para serem vistos apressadamente. É necessário diminuir o passo, passear com calma e despreocupação por entre as alamedas de suas telas.” relata a curadora da galeria Guiomar Lobato.
A exposição nasce como uma retrospectiva deste trabalho que representa coerentemente todo o percurso artístico e de vida cumprido até agora por este brilhante artista, que vive entre a Itália e o Brasil, há alguns anos. É uma fusão sedutora e mágica, com decomposição de imagens, uma rica escolha de cores e presença quase que constante de instrumentos musicais. O mundo de Guido Boletti é arte, música e é poesia, um mundo quase impalpável, sonhadoramente arrebatador, que nos envolve com os olhos, ouvidos e coração, capaz de evocar simultaneamente um verdadeiro turbilhão sensorial.
E para provar que sua arte é vida e a vida é uma arte, haverá na galeria durante a exposição, uma programação com visitas guiadas pelo próprio artista e performances de outros artistas convidados com muita música, psicologia e poesia. Além da extensão da exposição com 15 obras na loja da Giroflex Forma.
Serviço: Exposição Entre Infinitos Ventos e Intermináveis Correntezas: 20 anos de carreira do artista plástico italiano Guido Boletti (www.guidoboletti.net)
Período da Exposição: de 09 de agosto a 20 de Setembro de 2012 – de segunda a sábado, das 07:00 às 20:00 hs, na galeria do Pic Cidade (Rua Cláudio Manuel, 1.185 – Funcionários)
Extensão da exposição e atividades: loja Giroflex Forma (Av. do Contorno, 6.241 – São Pedro)
Equipe do Site
01.09.2012
As dualidades e contradições da América Latina serão abordadas na exposição fotográfica coletiva Peso e Leveza – fotografia latino-americana entre o humanismo e a violência, composta por imagens de 15 artistas da Argentina, Nicarágua, Colômbia, México, Brasil, dentre outros países da região, entre os dias 24 de julho e 26 de agosto, nas galerias Arlinda Corrêa Lima e Genesco Murta, no Palácio das Artes. A mostra é uma iniciativa do Instituto Cervantes em Belo Horizonte, em parceria com a Fundação Clóvis Salgado e com apoio da Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (AECID). A curadoria é de Rosina Cazali (Guatemala) e Laura Terré (Espanha). A entrada é gratuita.
As 73 fotografias expostas foram selecionadas pelo festival PhotoEspaña no final de 2010, em Cartagena, na Colômbia, e em Manágua, Nicarágua, e buscam alcançar um equilíbrio para traduzir o cenário múltiplo que compõe a América Latina de hoje. Elas refletem os extremos, as tensões, as desigualdades sociais, as situações problemáticas e violentas que permeiam o subcontinente e irmanam os latino-americanos. No entanto, por mais graves, estranhas e angustiantes que algumas imagens pareçam, a leveza aflora e convida a recuperar o sentido crítico da resistência e a utopia do humanismo.
A mostra traz, por exemplo, a violência e a dor presentes no rastro de sangue da série “Nadie se atreva a llorar... dejen que ría el silencio”, assinada pelo venezuelano Juan Toro; a beleza e as cores da tradição religiosa vistas pelo mexicano Ernesto Muñiz e retratadas em “En mi país, rezamos todos y por todo; e a fragilidade humana na série “Frágil”, registrada pela ítalo-portenha Myriam Meloni.
Antes de chegar ao público mineiro, “Peso e Leveza” esteve em cartaz no Rio de Janeiro e São Paulo. Depois de Belo Horizonte, a exposição segue para Brasília.
Data: 24 de julho a 26 de agosto
Local: Galerias Arlinda Corrêa Lima e Genesco Murta no Palácio das Artes
Permanece até o dia 29 de julho, na Casa Fiat de Cultura a mais expressiva coleção de obras já exposta no Brasil do artista greco-italiano Giorgio de Chirico (1888-1978). São mais de 120 obras, entre esculturas, pinturas e litografias provenientes da Fondazione Giorgio e Isa de Chirico, de Roma.
A exposição revela de forma criativa e inquietante as cidades imaginárias e os enigmas do homem moderno, produzidos por de Chirico, precursor do surrealismo e um dos grandes mestres da arte metafísica.
Exposição: De Chirico - O Sentimento da Arquitetura
Período: 29 de maio a 29 de julho
Local: Casa Fiat de Cultura - Rua Jornalista Djalma de Andrade 1.250
Belvedere/Belo Horizonte/Minas Gerais
Horários: Terça a sexta, das 10h às 21h;
Sábado, domingo e feriado, das 14h às 21h
Informações: (31) 3289-8900
Equipe do Site
11.07.2012
Vilamba é o nome da recente exposição de pinturas de Gisele Moura. A artista buscou no sânscrito a palavra capaz de traduzir seu processo criativo. Vilamba é o “silêncio entre dois pensamentos”. Segundo Gisele, suas telas nascem a partir daí, desse lugar de pausa. Sua produção é o resultado de uma quietude interior muito pessoal. Um movimento de introspecção profundo que faz emergir formas e cores. Os traços são tão precisos que parecem cadenciados pela respiração. Pontos e linhas minuciosos desenham mandalas rendadas que nos fazem parar diante delas e reparar em cada detalhe. A tinta amanhece e adormece paisagens. É o dia e a noite, a luz e a sombra, o começo e o fim. O tempo gira contínuo nas telas de Gisele como a vida que sempre renasce e se metamorfoseia. Diante das pinturas, o espectador fica paralisado, observando com olhos curiosos o virtuosismo técnico ou simplesmente admirando a beleza estética. Nesse momento, é como se o mundo atual agitado de compromissos e preocupações ficasse suspenso, em pausa. Vilamba.
A exposição Vilamba está no Passo das Artes do Colégio Loyola de Belo Horizonte até o dia 06 de julho de 2012.
Amanda Lopes
28.06.2012
Belo Horizonte recebeu a primeira grande mostra de Caravaggio da América do Sul. As telas do artista italiano estão expostas na Casa Fiat de Cultura. O ambiente escuro da galeria com focos de luz direcionados aos quadros ajuda a transmitir o clima do Barroco iniciado no final do século XVI, explorado nas pinturas. Caravaggio é famoso pela dramaticidade de sua obra, representando cenas com forte contraste claro-escuro. Os temas trazidos para a mostra são religiosos, exceto o escudo pintado com a imagem da cabeça de Medusa, que se refere à mitologia grega.
Além das 6 telas de Caravaggio, a exposição apresenta 14 pinturas de artistas que o adotaram como fonte de inspiração técnica. Por meio desses outros pintores, é possível perceber a importância de Caravaggio para a História da Arte. Mesmo tendo falecido precocemente aos 38 anos, as pesquisas estéticas iniciadas por ele ecoaram nas telas de muitos outros artistas, fortalecendo o estilo que posteriormente seria conhecido como Barroco. Quem tiver curiosidade pelas minúcias técnicas das pinturas de Caravaggio poderá conferir, também na exposição, alguns estudos feitos por especialistas.
A mostra “Caravaggio e seus seguidores” continua aberta, na Casa Fiat de Cultura, em Belo Horizonte. O prazo foi prorrogado para o dia 22 de julho de 2012.
Amanda Lopes
01.06.2012
“Meu país tem duas caras. A Colômbia é ao mundo amável que eu pinto sempre, mas também tem essa cara terrível da violência.”
(Botero)
O Museu de Artes e Ofícios de Belo Horizonte inaugurou, no dia 19 de abril, a exposição “Dores da Colômbia”, do artista visual Fernando Botero.
Quem está acostumado com as pinturas calmas e bem humoradas do artista se surpreenderá com uma série de quadros que emanam tristeza e sofrimento. Dessa vez, Botero resolveu mostrar outro lado de seu amado país. Cenas assombradas pela violência desmedida de grupos guerrilheiros, políticos e paramilitares enchem pinturas e desenhos de lágrimas e sangue. As imagens são inspiradas em fatos reais, mas todas carregam uma dose do imaginário próprio do artista, convidando o espectador a uma reflexão profundamente sensível sobre os temas abordados. Botero não pretende, porém, fazer justiça com sua arte, mas sente-se na obrigação de registrar esses acontecimentos como alguém que testemunha esse contexto. Talvez o seu desejo de mostrar para o mundo o que está acontecendo da Colômbia seja como o impulso que instigou Picasso a pintar o famoso painel “Guernica”, durante a Guerra Civil Espanhola de 1937.
“Dores da Colômbia” pode ser vista até o dia 02 de junho de 2012.
Amanda Lopes
01.05.2012
Inaugurado o Centro de Arte Popular Cemig que faz parte do Circuito Cultural Praça da Liberdade em Belo Horizonte. A exposição inaugural de longa duração apresenta ao público cerca de 360 peças, dentre manifestações dos primeiros habitantes da região com pinturas rupestres, até os grafismos urbanos contemporâneos.
Para demonstrar a diversidade da produção de arte popular do Estado de Minas Gerais, a mostra traz obras de várias regiões do estado, como o Vale do Jequitinhonha, Araxá, São João Del Rey, Ouro Preto, Belo Horizonte, Cachoeira do Brumado, Divinópolis, Prados e Sabará. Há fotos, vídeos, esculturas em madeira, cerâmica, instalações, peças de festas religiosas, ex votos pintados, oratórios, santos e pinturas populares de artistas como Noemisa, GTO, Artur Pereira, Maria Lira Marques, Dona Isabel, Dirléia Neves Peixoto, Ulisses Pereira, Lorenzatto e Dona Tonica, além de outros anônimos.
Além da exposição de longa duração, na abertura do Centro de Arte Popular foi inaugurada também uma mostra temporária, que apresentará uma coleção inédita de oratórios, santos e ex votos dos séculos XVIII e XIX, exposta pela primeira vez ao público. Dentre as 45 obras que compõem o conjunto, há uma raridade, que é um oratório de origem africana, do século XVIII, produzido por escravos e com peças feitas pelo Mestre Borboleta.
Centro de Arte Popular Cemig
Rua Gonçalves Dias, 1.608 - Funcionários
Belo Horizonte, MG
Tel.: (31)3222-3231
MOSTRA COLETIVA DO ATELIER DO JAMBREIRO
das artistas Aline Lage, Maria Inês Oliveira, Edelcy Seabra e Tânia Caçador
Local Exposição: Passo das Artes do Colégio Loyola
Av. do Contorno, 7919 - Cidade Jardim
Período: 15 de março a 02 de abril de 2012
O artista visual é uma pessoa que dedica sua vida à observação cuidadosa do mundo, retirando dele aquilo que julga singular para traduzi-lo, de maneira muito própria, à humanidade. Seria mais ou menos assim: quando o artista olha para uma paisagem, um objeto ou uma pessoa, por exemplo, percebe neles alguma coisa que lhe chama a atenção. Ele continua a olhar e o objeto parece dizer algo. Surge uma necessidade enorme de exprimir o diálogo silencioso que se estabelece entre ele e o objeto observado. Inicia-se o processo de criação. O artista vai para o atelier e escolhe a técnica mais adequada para expressar seus pensamentos e sentimentos: desenho, pintura, escultura, gravura... O trabalho sai do plano das ideias e toma corpo, respira, ganha vida a cada gesto do artista. Enquanto trabalha, ele analisa a obra em construção, conversa com ela, segue sua intuição de criador. Ao notar que não falta retocar mais nada, ele dá o processo por finalizado. A obra agora pode ser vista, sentida e decifrada por várias pessoas. Esse é, resumidamente, o processo de criação dos artistas visuais. A ele, cada profissional acrescenta seu toque pessoal, sua maneira de conceber a obra.
Modigliani, por exemplo, tinha grande atração por retratar mulheres. Em suas mãos, as figuras femininas do início do século XX ganhavam traços delicados e longos pescoços. Suas pinturas até hoje são de uma singularidade tão impressionante que, de alguma forma, convidaram a artista Aline Lages a iniciar seu processo de criação. Ela recriou o mundo de Modigliani, esticando ainda mais os pescoços das mulheres até se transformarem em verdadeiras girafas. Nasceu a série “Giragliani”, composta pela personificação de girafas que fazem poses, vestem roupas, se enfeitam e compõem um cenário bem colorido. O universo feminino também é tema que encanta Maria Inês Oliveira, que tece, pacientemente, tramas de fios de nylon preto. A artista cria desenhos que mesclam a minúcia do fazer ao desconforto das formas irregulares flutuantes no ar. Assimetria presente ainda nos objetos que inventa no computador, em infogravura, ou compõe com papel machê e pigmento de terra. A poética do objeto continua nas cerâmicas de Edelcy Seabra, tatuadas com pintura. Ao mesmo tempo, a tinta acrílica se dilui ou aglutina no papel, rebatendo figuras que criam padrões orgânicos aleatórios. Intensificando a técnica do carimbo, revela-se o trabalho de Tânia Caçador, que faz do ferro suas imagens. A artista imprime formas enferrujadas no pano branco que perdem a definição do objeto original e tornam-se símbolos de interpretações diversas. Assumem o lugar do divino, do natural, ou das tão variadas leituras efetuadas pelo espectador. É o que Sara Ávila[1] chama de “olhar vagabundo”; é ver sem limites, sem barreiras, sem pudores ou pretensões. Enxergar possibilidades criativas nas formas. É isso que propõem as quatro artistas envolvidas na mostra. Elas trazem para o Passo das Artes o resultado de um processo longo de pesquisa no Atelier do Jambreiro, em Nova Lima. Apresentam as inquietações que movem o grupo a fazer arte. E disponibilizam, generosamente, suas criações para serem mapeadas pelo olhar vagabundo de todos os visitantes que por ali passarem.
Amanda Lopes
15.03.2012
[1] Sara Ávila é artista visual, arte-educadora e coordenadora do Atelier do Jambreiro.
"Vozes do silêncio: Memória cultural - A Materialização do Intangível na Cultura de Belo Horizonte"
Instalada no andar térreo do casarão secular do Museu Abílio Barreto em BH, a mostra revela aspectos do patrimônio imaterial da religiosidade na capital. As festas tradicionais e populares de diversas manifestações religiosas são mostradas por meio de objetos, fotos, músicas e sensações, elementos que possibilitam a percepção do fenômeno religioso em Belo Horizonte.
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