Para trazer a questão das mutações genéticas para o território da arte, a artista australiana Patricia Piccinini se utiliza do realismo como linguagem, apresentando ao espectador um universo de criaturas desconhecidas, porém palpáveis e surpreendentemente afetuosas. ComCiência, um neologismo que carrega sentido duplo, conectando consciente e ciência, propõe ao público um percurso narrativo entre esculturas, desenhos, fotografias e vídeos.
“Eu nunca vi minhas criaturas como monstros. Principalmente porque a ideia de monstro sugere algo errado ou deformado, e para mim essas criaturas são perfeitamente formadas. Eu suponho que minha ideia de beleza não seja a convencional. Eu fico feliz em eles serem chamados de criaturas, no sentido de que são algo que foi criado – o que é muito diferente de ser um monstro” (Patrícia Piccinini em entrevista ao jornal O Tempo – 9 de outubro de 2016 – Matéria por Carlos Andrei Siquara).
“O que eu gostaria é que as pessoas experimentassem o sentimento de fascínio e, às vezes, também de repulsa que as obras trazem. Entre o encantamento e a rejeição existe um espaço onde as pessoas podem se alojar, se emocionar e pensar sobre as obras” (Patricia Piccinini sobre a exposição em entrevista ao jornal Estado de Minas – 12 de outubro de 2016 – Matéria por Walter Sebastião).
“Acho que o mundo nunca é completamente doce ou feio, e quero que meu trabalho reflita essa verdade. Além disso, gosto de colocar as pessoas em uma jornada que vai da repulsa até a aceitação” (Patrícia Piccinini em entrevista ao jornal Pampulha – 8 de outubro de 2016 – matéria por Bárbara França).
“À primeira vista, o trabalho da artista plástica Patricia Piccinini pode causar certo estranhamento. Mas basta um segundo olhar para o público se render ao universo criado por ela e entender o porquê de a exposição “ComCiência” ter atraído mais de um milhão de visitantes nos CCBBs de São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro. Na capital mineira, as esculturas pautadas no realismo fantástico e que parecem ter saído de filmes de ficção podem ser vistas a partir desta quarta-feira (12), no CCBB-BH” (Matéria do jornal Hoje em Dia – 12 de outubro de 2016, por Vanessa Perroni).
Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte
Praça da Liberdade, 450 – FuncionáriosCEP: 30140-010 | Belo Horizonte - MG(31) 3431-9400Funcionamento: de quarta a segunda das 9h às 21 horas - Entrada Franca
DE 12/10/2016 a 9/1/2017