Livro: O novo rosto do Clero
Perfil do novo clero no Brasil
Autor: Agenor Brighenti
Editora Vozes
Nas últimas décadas tem irrompido no seio do catolicismo brasileiro e para além dele um novo perfil de presbíteros, denominados “padres novos”, que por suas práticas pastorais e comportamentos pessoais têm promovido na esfera da experiência religiosa o deslocamento do profético para o terapêutico e do ético para o estético. Isso tem provocado tensões e entraves nos processos pastorais em curso, tanto entre os presbíteros nas dioceses como em relação às religiosas e aos leigos e leigas nas paróquias onde atuam. Entretanto, o novo perfil de presbíteros na Igreja Católica não é um fenômeno a ser desqualificado ou desprezado. Ao contrário, ainda que em muito se vincule a posturas pré-conciliares e à denominada “pós-modernidade líquida”, seu modo de ser e de agir questiona práticas eclesiais correntes, põe em xeque comportamentos costumeiros, desafiando um estudo para além de leituras ligeiras ou pragmáticas do fenômeno. Este livro apresenta parte dos dados levantados por uma pesquisa de campo levada a cabo em todo o território nacional, seguida de uma análise dos resultados, ainda que de modo preliminar, por parte de renomados teólogos-pastoralistas e cientistas sociais. (Trecho da obra)
Estranheirismo
Marca: Bertrand Brasil
A estreia em livro de um fenômeno da internet que está se tornando a nova voz da poesia brasileira Publicadas originalmente no Instagram, as poesias datilografadas de Zack conquistaram uma legião de fãs, falando sobre sentimentos, medos e dores, amores e perdas, tudo o que de mais profundo toca as pessoas. A sua poesia delicada e bela brinca com as palavras, cria neologismos e conquista os corações, dialogando diretamente com cada um de seus leitores. “Desde que minha vida saiu dos trilhos eu sinto que posso ir a qualquer lugar”, escreve o autor. Felizmente, agora os leitores também podem acompanhar essa jornada poética.
Livro: O mapeador de ausências
Autor: Mia Couto
Editora Companhia das Letras 2021
Diogo Santiago é um intelectual moçambicano respeitado e de muito prestígio. Professor universitário em Maputo e poeta, ele volta pela primeira vez em anos à Beira, sua cidade natal, às vésperas do ciclone que a arrasou em 2019, para receber uma homenagem de seus conterrâneos.
Mas o regresso à Beira é também o regresso a um passado longínquo, à sua infância e juventude, quando Moçambique ainda era uma colônia portuguesa. Menino branco, ele é filho de um pai jornalista e poeta, e de uma mãe absolutamente prática e com os pés no chão. Do pai, recorda das viagens que fez com ele ao local de terríveis massacres cometidos pela tropa colonial, da perseguição e prisão pela polícia política, a Pide, e, sobretudo, de seu amor pela poesia. Entre vivos e mortos, Santiago revisita os personagens que fizeram parte de sua história.
50 anos 1971-2021 - Mês da Bíblia: Memórias, desafios e perspectivas
Editora: Paulinas
Organizadores: Edinaldo Medina Batista e Zuleica Aparecida Silvano
ISBN: 9786558080831
Formato: 16 x 23
Páginas: 504
Edição: 1ª
Ano de Publicação: 2021
R$ 25,80
A Paulinas Editora lança o livro: “50 anos (1971-2021) do Mês da Bíblia: memória, desafios e perspectivas”, organizados por Edinaldo Medina Batista e pro Ir. Zuleica Silvano, fsp. Esse livro objetiva celebrar o jubileu de ouro do Mês da Bíblia, e para tal intento nos conduz a contemplar o passado (1971-2021), nos indica os novos desafios e nos faz vislumbra com as perspectivas para a área bíblica nos nossos dias.
A obra é estruturada em três partes. A primeira apresenta uma visão histórica do campo bíblico, enfatizando os temas relacionados com o “Mês da Bíblia”. Essa história teve seus inícios com os Movimentos Bíblicos, as Semanas Bíblicas Populares. Porém, o “Mês da Bíblia”, como uma atividade realizada no decorrer do mês de setembro teve seu nascimento em 1971, por ocasião do quinquagésimo aniversário da Arquidiocese de Belo Horizonte, que em 2021 completa 100 anos. Nessa primeira parte, além dos organizadores, contamos com a participação das irmãs paulinas: Neli Manfio, Rosana Pulga, Maria Inês Carniato, e dos relatos registrados por Ir. Maria Pia di Dio. As diferentes instituições bíblicas presentes no Brasil (CEBI, Centro Verbo, Nova Jerusalém, MOBON, Serviço de Animação Bíblica Paulinas [SAB], Centro Bíblico Paulus) também deram sua contribuição fornecendo dados sobre a sua participação nas atividades do “Mês da Bíblia”.
Na segunda parte destacamos a importância do “Mês da Bíblia” no desenvolvimento da caminhada bíblica no Brasil, e para isso contamos com a participação de vários autores. Os temas foram escolhidos tendo como base os tópicos fundamentais da Animação Bíblica da vida e das pastorais. Nessa parte bíblico-teológica, Frei Carlos Mesters e Francisco Orofino abordam a interpretação popular da Bíblia, com o artigo: “O Jubileu do ‘Mês da Bíblia’: 50 Anos de caminhada”; Pe. Manoel Godoy, no artigo: “O ‘Mês da Bíblia’ e o nosso dia a dia Pastoral”, trata da importância dessa atividade na Igreja do Brasil. Danilo César dos Santos Lima e Márcio Pimentel refletem sobre a Bíblia e a Liturgia, no artigo: “A Escritura cresce com quem celebra” e o prof. Gilbraz Aragão aprofunda o tema da Religiosidade Popular, tendo como prisma a Bíblia e a evangelização do encontro de irmãos no Recife, um movimento fundado por D. Helder Câmara. O prof. Joachim Andrade, padre verbita, reflete sobre Bíblia e a interculturalidade, no artigo intitulado: “Caminhos interculturais de Abraão, Jesus e Paulo: análise antropológica” e o Pe. Jaldemir Vitório, jesuíta, apresenta a relação entre a Bíblia e as Pastorais com o artigo “Eis-me aqui, Envia-me!” (Is 6,8): Fundamentos Bíblico-Teológicos do compromisso cristão no mundo. Nesse livro também consta uma entrevista realizada com o Pe. Wolfgang Gruen, salesiano, que tem como tema “Bíblia e Catequese”. Por fim, D. Vicente Ferreira indica os desafios e perspectivas de Proclamar a Palavra na Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. Na terceira parte, são oferecidos alguns testemunhos das experiências de pessoas que vivenciaram as atividades do “Mês da Bíblia” e cartas significativas das pioneiras e fotografias de 1971 e do material elaborado nas diferentes etapas do “Mês da Bíblia” nesses 50 anos.
Para a escrita desta obra cotejamos informações provenientes do arquivo e da biblioteca do Serviço de Animação Bíblica – SAB/Paulinas (Belo Horizonte / MG), bem como da seção de Pastoral Bíblica do Arquivo Histórico da Província do Brasil da Pia Sociedade Filhas de São Paulo, localizada no Centro de Documentação Paulinas (Osasco/ SP), que guarda os originais dos relatórios das atividades, revistas, jornais, boletins, fotos, cartas, além dos relatos escritos e orais (entrevistas). Contamos também com a contribuição e o testemunho de diversas pessoas que são citadas no decorrer da obra.
Coube aos organizadores a tarefa de sistematizar, compilar e (re)unir um complexo “quebra-cabeça”, na tentativa de escrever a história do “Mês da Bíblia”, e da trajetória da pastoral bíblica no Brasil, mas sobretudo de apresentar a reflexão de pessoas significativas nessa caminhada com o desejo ardente de que essa história possa continuar e, por meio da Palavra de Deus, as pessoas façam sempre mais a experiência do Verbo da Vida, de Jesus Mestre e Pastor, Caminho, Verdade e Vida, e do Reino de Deus.
Sobre os organizadores
Zuleica Silvano é irmã paulina; assessora no Serviço de Animação Bíblica/Paulinas (https://paulinascursos.com/sab/) e autora de diversos livros, dentre os quais: “Primeira carta de João: crer em Jesus Cristo e amar uns aos outros”, “Introdução à análise poética de textos bíblicos”; escreveu e foi organizadora do livro “Deuteronômio: escuta Israel”, lançados por Paulinas. É também coordenadora do Grupo Shema’, que elaborou o subsídio do Mês da Bíblia de 2021: Carta aos Gálatas: “Todos vós sois um só em Cristo Jesus” (Gl 3,28d) e é autora do livro: “Carta aos Gálatas: até que Cristo se forme em nós (Gl 4,19)”. Faz parte do Departamento de Teologia da FAJE, da diretoria da ABIB; da Equipe interdisciplinar da CRB (Conferência dos Religiosos do Brasil) e das Comissões de reflexão Teológica e Bíblica do CELAM (Conselho Episcopal Latino Americano). Presta assessoria em paróquias, dioceses e institutos bíblicos e de pastoral.
Edinaldo Medina Batista é colaborador do SAB/Paulinas. Graduado em Filosofia (PUC Minas), Arquivologia (UFMG) e História (Claretiano), especialista em Ciências da Religião (PUC Minas) e Educação à Distância (SENAC). Atualmente é mestrando em Ciências da Informação (UFMG).
Teologia pastoral: A inteligência reflexa da ação evangelizadora
Autor: Agenor Brighenti
Editora Vozes, 2021
Um dos mais reconhecidos teólogos pastoralistas do Brasil e da América Latina, Agenor Brighenti nos possibilita mais uma obra sobre Teologia pastoral, uma das disciplinas mais jovens da teologia.
Só o início do livro já instiga a leitura. O autor define pastoral e evangelização de maneira simples e profunda. Define o que é a Teologia Pastoral e narra como essa disciplina nasceu e evoluiu ao longo do tempo.
O livro aborda também a Pastoral e ação evangelizadora e a Pastoral como processo de encarnação da fé.
Leitura obrigatória para todos que querem "pensar" a pastoral e melhorar a ação evangelizadora.
A Teologia e a pastoral na cidade. Desafios e possibilidades atuais
Elias Wolff / Banjamin Bravo Perez / Antonio Ernesto Palafox / (orgs.)
Editora Paulus
Dentre os temas que mais interpelam a teologia em nossos tempos, está a compreensão das cidades e do complexo urbano, com suas características múltiplas, conforme os variados contextos temporais e socioculturais que configuram a convivência humana em suas diversas expressões e dimensões. A resposta à pergunta “o que é a cidade?” não obtém consenso, e depende da perspectiva na qual é analisada e da ênfase que se quer dar para alguns de seus aspectos, como o político, o econômico, o cultural, o religioso, ou outro. Seja como for, a cidade se caracteriza por estilos de vida decorrentes dos diversos fluxos e atividades de pessoas, grupos e comunidades constituídas no seu interior. Como processos de vida, mesmo em contexto de secularização, na cidade emerge a pergunta sobre o sentido, o sagrado, Deus. O secular também pode ser crente, aspirando por transcendência nas vicissitudes do mundo urbano. Essa aspiração indica que o ser humano não constrói sozinho a vida das cidades. O desafio teológico é, na perspectiva cristã, discernir na cidade os elementos que podem indicar uma revelação do divino com rosto humano e urbano.
Recordações da minha fé
O livro expressa a experiência espiritual, intelectual e pedagógica do veterano teólogo jesuíta. A obra aborda temáticas centrais da fé cristã, como Deus, Jesus Cristo, Igreja, Salvação, Eucaristia, Oração etc., em um estilo inédito elaborado pelo autor. Trata-se de uma composição original das temáticas sintetizadas em pequenos parágrafos em forma de artigos de fé que vão compondo os 10 capítulos. Cada parágrafo tem sua autonomia lógica e conceitual, embora venha inserido em um capitulo temático e, esse, por sua vez no conjunto maior da profissão de fé que pretende ser o livro. Por essas características, o livro é de grande potencial pedagógico tanto para a cultura da informação atual, centrada no texto minúsculo, quanto para o uso catequético em grupos eclesiais.
Em 20 de maio de 1521, na Espanha, durante a batalha de Pamplona, Inácio de Loyola sofreu um ferimento que causou uma profunda transformação em sua vida. E é a partir da celebração dos 500 anos desse acontecimento que nasce a obra A caminho com Inácio.
Nesse livro, o jornalista Darío Menor apresenta uma longa e densa entrevista com Pe. Arturo Sosa, um dos sucessores de Santo Inácio de Loyola, atual Superior Geral da Companhia de Jesus, na qual discorre sobre como a experiência de conversão e reconciliação de Santo Inácio de Loyola pode nos ajudar a refletir sobre a realidade do mundo de hoje.
A experiência de Inácio é apresentada como inspiração para aprofundar a necessária mudança de qualquer pessoa, grupo ou instituição que queira ser audacioso no mundo de hoje. É necessário ter coragem para enfrentar um caminho incerto e com riscos que nem sempre estamos dispostos a correr. “Queremos uma igreja que nos leve a ser mais políticos, cidadãos melhores, ocupando-nos dos outros e do bem comum. Por isso, falamos tanto de justiça, reconciliação e paz”, diz Pe. Arturo Sosa, SJ, no livro. O título deste livro, A caminho com Inácio, é um convite ao leitor para se tornar um peregrino, percorrendo o mesmo itinerário de Santo Inácio de Loyola, deixando-se guiar pelo Espírito, com um olhar limpo, reconhecendo nos outros seres humanos e na natureza a presença do Senhor, que o chama a renovar todas as coisas. O livro, ao final de cada capítulo, convida a uma reflexão e apresenta um breve roteiro de oração e interiorização.
Livro: A Caminho com Inácio
Edições Loyola 2021
Título: Teopoética: mística e poesia
Organizadoras: Maria Clara Bingemer e Alex Villas Boas
Ano de publicação: 2020
Número de páginas: 352
Edições Paulinas e Editora PUC-RIO
Teopoética: mística e poesia evoca este exercício de produção do paradoxo em que possibilita o impossível na linguagem. Essa capacidade poética compreende como Palavra divina, seja ao poeta, seja ao místico, quando na condição de ser palavra inspirada. Entretanto, para evocar Michel de Certeau, a poesia como prática discursiva também está relacionada a uma prática social, com duas funções: ética e crítica. Assim, em tempos de muros, a teopoética é chamada a ser ponte, e aqui não somente porque une o velho e o novo continente, mas porque a esperança que doa nos aproxima dos dias que ainda não se realizaram plenamente, mas que já estão presentes nos mais nobres sonhos de humanidade que habitam nossos desejos, e alimentam a resistência. A poética dos místicos, naturalmente insurgentes, não autoriza a desistência do ético, e todo discurso ético é de algum modo místico, sobretudo em novos tempos de teodiceia que buscam justificar o antiético.
Teopoética: mística e poesia, livro organizado por Maria Clara Bingemer e Alex Villas Boas, apresenta uma área de intersecção importante dentro do diálogo entre teologia e literatura.
A obra traz o discurso da “teopoética” destacando a relação entre mística e poesia como um lugar de entrelaçamento cultural, onde se conectam teologia, literatura, estética, espiritualidade e todas as formas da arte.
“Teopoética: mística e poesia evoca este exercício de produção do paradoxo em que possibilita o impossível na linguagem. Essa capacidade poética compreende como Palavra divina, seja ao poeta, seja ao místico, quando na condição de ser palavra inspirada”, complementa Alex Villas Boas, coorganizador da obra.
O livro teve origem a partir das discussões desenvolvidas no VII Congresso Internacional da Associação Latino-Americana de Literatura e Teologia (ALALITE), com o tema “Mística e poesia”, realizado na PUC-Rio.
Sobre os organizadores:
Maria Clara Bingemer é doutora em Teologia Sistemática pela Pontifícia Universidade Gregoriana (1989). Atualmente é professora titular no Departamento de Teologia da PUC-Rio e durante dez anos dirigiu o Centro Loyola de Fé e Cultura da mesma Universidade.
Alex Villas Boas Coordenador científico do CITER - Centro de Investigação em Teologia e Estudos de Religião da Universidade Católica Portuguesa, em Lisboa. Professor no Mestrado e no Doutorado da Faculdade de Teologia da mesma Universidade.
Livro: Sabedoria da Carne
Uma filosofia da sensibilidade ética em Emmanuel Lévinas
Autor: Nilo Ribeiro Junior
Edições Loyola
O mote que atravessa esta obra inspira-se na expressão sabedoria do amor, cunhada pelo filósofo Emmanuel Lévinas. Pretende-se aqui dar passos concretos em vista de conduzir o leitor aos meandros da escritura de Lévinas tendo-se presente a diversidade do conjunto de sua publicação ao longo do arco de sua vida, na qual a temática do corpo e da carne se inscreve de matizadas formas. O percurso exegético-hermenêutico da obra levinasiana se dará em três etapas: a primeira parte da investigação se ocupa de pontuar a maneira como Lévinas bebeu da fenomenologia histórica contemporânea de Husserl e Heidegger e como ele se distancia dela graças à apropriação de outro imaginário filosófico proveniente da tradição hebraico-talmúdica; a segunda parte visa acentuar a assimilação das categorias de criação, revelação e redenção advindas da influência do judaísmo de Franz Rosenzweig para associá-las à relação ética com o outro; a terceira parte da investigação recairá sobre o sentido do corpo-redenção, uma vez que a obra Autrement qu’être será especialmente explorada à medida que a investigação avança. Por último, a obra ocupa-se da passagem do corpo-ético ao corpo-político. Na sequência dessa problemática se enquadra o último passo da obra a partir da qual a sabedoria da carne será posta em confronto com o pensamento encarnado de outros dois expoentes da filosofia da tradição francesa: Merleau-Ponty e Michel Henry. Como se trata de um olhar prospectivo se procurará evidenciar apenas alguns traços da fecundidade dessa intriga entre diversas posturas filosóficas. Afinal, se é verdade, como assevera Lévinas, que a filosofia é “um drama de muitos personagens”, a sabedoria da carne deverá contar com a trama e a exposição de diversos corpos que se dizem no discurso filosófico cientes de serem antecedidos pelo Dizer de um Rosto.
Equipe do site
11.11.2020
“L” de diferença, de Clovis Salgado Gontijo
Concepção da obra
A obra “L” de diferença, de autoria de Clovis Salgado Gontijo, é composta por três contos. Cada um deles aborda um tipo específico de diferença, experimentado por seu protagonista. Tais diferenças fazem com que três jovens, pertencentes a variadas épocas e contextos, sejam alvo de atos de discriminação, bullying e exclusão, perpetrados por seus pares. A incômoda diferença é superada nos três contos por um momento de “graça”, que, embora não permaneça, permite ao leitor – e, em alguns momentos, às personagens – reconsiderar o papel da diferença na constituição da condição humana e de sua subjetividade.
O primeiro conto, intitulado “Algo a menos”, narra a história de Laércio, menino carente da periferia de uma grande cidade brasileira, nascido sem a orelha direita. A diferença de Laércio é acentuada pelo contexto em que o professor-narrador o encontra: um projeto social de educação ecológico-musical dedicado à apreciação auditiva de cantos de pássaros. Graças à contribuição voluntária de renomado cirurgião plástico, Laércio recebe, com entusiasmo, uma orelha. Contudo, a ação não é suficiente para restaurar sua integridade como ser humano. Como muitos garotos de seu bairro, Laércio é aliciado por traficantes locais a fim de atuar como intermediário no tráfico. Após tornar-se viciado em drogas e, assim, dependente dos traficantes, Laércio morre aos 16 anos, vítima de uma overdose de cocaína.
O segundo conto, intitulado “Algo a mais”, faz uma releitura do drama de Laura, protagonista da aclamada peça do dramaturgo norte-americano Tennessee Williams, The Glass Menagerie (traduzida para o português como À margem da vida ou O zoológico de vidro). A história de Laura, moça frágil dependente da mãe e do irmão, é narrada pela Luz, que, além de desempenhar papel fundamental na peça, possui íntima conexão com o tema da graça na tradição filosófica e religiosa ocidental. Laura sofre por ter uma perna mais curta que a outra, exigindo-lhe o uso de uma órtese, “algo a mais” que a identifica com a peça predileta de sua estimada coleção de miniaturas de vidro: o unicórnio. A deficiência de Laura é superada, por alguns momentos, quando, banhada por uma luz encantada, a garota dança com um antigo colega, popular nos tempos de escola. Infelizmente, após um beijo roubado, o jovem revela estar noivo e, assim, o encontro não poderá se repetir. No entanto, um vestígio da breve metamorfose seguirá para sempre impresso no unicórnio, cujo chifre foi acidentalmente quebrado durante a dança.
O terceiro conto, intitulado “Um não-sei-quê”, apresenta a história de Luigi, um jovem paulista solitário de 21 anos. Luigi não possui uma deficiência ou um excesso visível, mas paira a seu redor uma diferença intangível, que por muitas vezes seus antigos colegas quiseram classificar, depreciar e ridicularizar. Seu avô, um imigrante italiano, ofereceu ao neto educação erudita, que contrastava com as referências culturais habitualmente partilhadas pelas crianças e adolescentes de seu meio. Em virtude de seu gosto particular e de seu comportamento introspectivo, a sexualidade de Luigi é posta em questão. O preconceito o impede de ter amigos de sua idade, mas finalmente, numa viagem às montanhas sul-mineiras, Luigi aventa uma possibilidade concreta de amizade, sugerida por uma série de coincidências envolvendo a “cambuquira”, nome tupi dado aos brotos da aboboreira. A amizade vislumbrada é abortada, mas a experiência de Luigi ainda é capaz de florescer e frutificar em direções imprevistas.
A título de conclusão, segue um “Posfácio”, no qual são estabelecidas algumas ligações entre os três contos, suas personagens, seus temas e seu argumento central.
A partir do segundo conto, as personagens dos contos anteriores são recordadas com o objetivo de enfatizar semelhanças e contrastes entre elas e suas respectivas diferenças. Portanto, Laércio é mencionado no segundo conto, enquanto Laércio e Laura são evocados no terceiro. As menções incluem não somente referências aos protagonistas, mas também às personagens secundárias.
Tendo em vista seu tema condutor, a obra foi pensada especialmente para jovens leitores entre 16 e 19 anos. Além de proporcionarem contato literário e poético com o tema da diversidade e do bullying, os contos poderão servir de base para discussões em sala de aula, a partir das reflexões filosóficas, existenciais e espirituais por eles despertadas.
Biografia Clovis Salgado Gontijo
Professor assistente da Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia (FAJE), Clovis Salgado Gontijo possui dupla formação em Música e Filosofia. Mestre em Música pela Texas Christian University (2002) e Doutor em Estética e Teoria da Arte pela Faculdade de Artes da Universidade do Chile (2014), teve sua tese publicada, em versão abreviada, pelas edições Loyola, sob o título Ressonâncias noturnas: do indizível ao inefável (2017). Traduziu e prefaciou o livro A música e o inefável, de Vladimir Jankélévitch, publicado na coleção Signos Música da editora Perspectiva (2018). Contribuiu, ao longo de um ano, para a Revista Família Cristã, com artigos dedicados a possíveis conexões entre arte e espiritualidade, e hoje é um dos líderes do grupo interdisciplinar de pesquisa “Mística e Estética” (FAJE), cadastrado pelo CNPq. Além de seus trabalhos acadêmicos, voltados sobretudo para a Mística, a Filosofia da Música e o pensamento de Vladimir Jankélévitch, procura aplicar seus conhecimentos em projetos ligados à formação de público e à sensibilização estética. “L” de Diferença é seu primeiro livro no campo da ficção.
Livro: Filosofia da Religião: problemas da antiguidade aos tempos atuais
Organizadores: Daniel Ribeiro de Almeida Chacon e Frederico Soares de Almeida
Edições Loyola 2020
Não se trata, em primeiro lugar, de pronunciar-se pró ou contra a “existência” de Deus. O que importa antes de tudo é a salvaguarda da dignidade da pessoa humana. Embora se tente com frequência encobrir esta experiência, é o ser-humano como tal, que não pode sufocar definitivamente a inquietude que provoca a consciência do mistério de sua própria existência. Esse encobrimento sistemático constitui, de fato, a marca dominante de um mundo progressivamente secularizado. Daí a relevância de todo empreendimento que, agindo contra a corrente, procura pôr em evidência, autenticamente, a busca de algo mais, que vibra no mais íntimo do coração humano. Mais do que qualquer progresso científico ou técnico, mais do que qualquer desenvolvimento econômico, o que se requer para a realização individual e para a convivência pacífica da humanidade é a compreensão da vida como um dom, acolhido na liberdade e gratidão e partilhado gratuita e responsavelmente com todos. Tal é, sem dúvida, o objetivo dos estudos que vão agora a público.
Mac Dowell, SJ
Mediante textos que se inscrevem naqueles tipos de saber próprios da Filosofia e da Teologia, que há séculos caracterizam a tradição jesuíta, sem se fechar, porém, a outras áreas do conhecimento, a Coleção Faje quer incrementar o debate junto ao público universitário e demais interessados pelo conhecimento. Esta obra possui duas partes autônomas.
Na primeira, cinco perícopes dos Evangelhos, aleatoriamente escolhidas, são analisadas: verificam-se o texto e sua delimitação, seu gênero e estrutura literária, sua contextualização literário-teológica e sua teologia. O foco, portanto, é a figura de Jesus.
Na segunda parte, é apresentada a figura de Maria, mãe de Jesus. Parte-se do Concílio Vaticano II, que fala da presença e do papel de Maria na história da salvação, convidando o leitor a olhar para além do mero devocionismo, inserindo-a, sobretudo, no contexto cristológico e eclesiológico
Colo, por favor!
Fabrício Carpinejar
Editora Planeta
“Só o colo acalma a saudade.” O primeiro dos aforismos que deu origem ao título deste livro aponta para o seu mais sincero objetivo: ser um apoio emocional, quase um remédio para a saúde mental de todos nós nestes tempos de pandemia – e em outros tempos também. Mestre em arquitetar crônicas e poesias para descrever o que enxerga ao redor, Carpinejar é um dos escritores mais queridos de sua geração. Virou um consultor sentimental de leitores, telespectadores e de seus seguidores nas redes sociais por sua capacidade de compreender o que o outro está sentindo e ter sempre um conselho, uma palavra que insinua um caminho. Neste livro, ele trata de temas como solidão e gentileza, medo e esperança, sentido de vida e falta de sentido também. Escreve sobre seu tema preferido, os relacionamentos, sejam eles entre casais, pais e filhos, amigos e consigo mesmo – por que não? Colo, por favor! inspira, emociona e, acima de tudo, serve de alento.
Elizabeth Gontijo
Editora 7 Letras, 2020
Na linguagem sutil destes Cadernos de alguma poesia, Elizabeth Gontijo inscreve cenas e detalhes que o leitor atento decifra com apetite. O livro é dividido em cinco seções: “–só– de passagem”, com estrofes sobre efemeridade e natureza; “átimos”, que contém poemas mínimos e tocantes,“rimas distantes”, cujos versos intrigantes remontam distâncias físicas e cronológicas; “retrato em branco e preto”, que ecoa o som de despedidas, e “uma estrela –quase– impossível”, segmento que concentra belos versos metapoéticos.
A matéria-prima de Elizabeth Gontijo é, para além das palavras e versos, o entredito, a entrelinha, a ideia suspensa no ar. Cadernos de alguma poesia reúne os mais recentes e delicados escritos da premiada poeta mineira, sempre envoltos da inquietude poética que lhe é característica.
Livro disponível no site da Editora 7Letras. Click no Link.
Comunicar a fé: livro reflete sobre a ação pastoral em tempos midiáticos
Jornalista e pesquisador Moisés Sbardelotto publica nova obra dedicada à comunicação cristã, eclesial e pastoral
Comunicar é uma ação repleta de possibilidades, mas também de desafios. Assim como em todas as esferas sociais, no âmbito eclesial, a comunicação acaba se tornando uma condição para o êxito da ação evangelizadora. E para refletir sobre essa realidade, Moisés Sbardelotto, jornalista e pesquisador em Comunicação, lança, pela Editora Vozes, seu novo livro: “Comunicar a Fé: Por quê? Para quê? Com quem?”.
Com uma linguagem simples e acessível, a obra faz uma cuidadosa análise da práxis comunicacional da Igreja e busca compreender como a comunicação se tornou um dos núcleos de reflexão e ação eclesiais. “O livro nasceu a partir de um caminho de acompanhamento, escuta e diálogo sobre a missão e a pastoral de cristãs e cristãos em várias regiões do Brasil. Com isso, pude perceber a importância de aprofundar a reflexão sobre o agir da Igreja a partir do olhar da comunicação, para que ela seja o eixo articulador e propulsor das diversas pastorais e de suas expressões”, destaca Sbardelotto.
O livro está dividido em três partes. A primeira delas – “Comunicação e fé hoje: por quê? Para quê? Com quem” – reflete sobre as raízes da comunicação, a partir de uma releitura comunicacional da Criação do mundo e do relato da Anunciação-Encarnação, buscando entender a ação de um “Deus comunicativo”. Sbardelotto também analisa, nesta seção, a comunicação encarnada de Jesus e elementos de uma espiritualidade igualmente encarnada do comunicador cristão. E, para concluir, tece críticas à “mundanidade comunicacional” e a certas expressões de um “catolicismo de massa”, revelando que “evangelizar não é mercadejar”.
Na segunda parte, o foco é a “A alegria de comunicar: o Papa Francisco e a comunicação”. Nesses capítulos, o autor aprofunda o olhar sobre a comunicação do papa, seus gestos e palavras. Para isso, analisa os principais documentos do atual pontífice, a partir do olhar da comunicação.
Por fim, na terceira parte, o livro aborda o ambiente comunicacional contemporâneo, convidando a “Comunicar o Evangelho em tempos de rede”. Inspirando-se no pensamento comunicacional de Francisco, Sbardelotto convoca a uma “revolução da ternura” no âmbito da comunicação, desafiando os leitores e leitoras a serem “samaritanos comunicacionais” e a fazerem uma “opção comunicacional pelos pobres”. Analisa, também, o preocupante fenômeno das fake news e do ódio em rede, desafiando a pensar o “sentido relacional da verdade” e a pôr em prática uma “boa comunicação”, com tudo o que essa expressão implica.
“Comunicar a fé” conta, ainda, com o prefácio do jesuíta estadunidense James Martin, intitulado “Entender o discernimento é fundamental para entender a comunicação da fé hoje”. Martin é colunista da revista America, uma das principais publicações católicas dos Estados Unidos, e consultor do Dicastério para a Comunicação do Vaticano. É autor de vários livros sobre religião e espiritualidade, incluindo, em português, “Jesus: A Peregrinação” (Harper Collins) e o best-seller “A sabedoria dos jesuítas para (quase) tudo” (Sextante).
O livro “Comunicar a Fé: Por quê? Para quê? Com quem?” já está disponível para venda no site da Editora Vozes, aqui: https://www.livrariavozes.com.br/comunicar-a-fe8532663400/p.
Sobre o autor:
Moisés Sbardelotto é jornalista, palestrante, tradutor e consultor em Comunicação para diversos órgãos e instituições civis e religiosas. É também autor de outros dois livros: “E o Verbo se fez bit” (Santuário, 2012) e “E o Verbo se fez rede” (Paulinas, 2017), além de mais de uma centena de artigos, publicados em diversas publicações. Atualmente, é professor colaborador do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Unisinos (RS), onde realiza estágio pós-doutoral. É mestre e doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), com estágio doutoral na Università di Roma “La Sapienza”, na Itália. Possui graduação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Colabora com o Instituto Humanitas Unisinos (IHU). Foi membro da Comissão Especial para o “Diretório de Comunicação da Igreja no Brasil”, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).
Serviço:
“Comunicar a Fé: Por quê? Para quê? Com quem?”
Autor: Moisés Sbardelotto
Editora: Vozes
Preço: R$ 30 (192 p.)
A filosofia da crise ecológica de Hösle parte do princípio de que a filosofia não deve ficar indiferente ao destino do ser humano, mas ela deve ter o seu lugar no quadro de uma filosofia da história dessa cultura. Falar de ecologia é, também, entrar no campo ético no pensamento do filósofo, ciente de que o princípio segundo o qual somente máximas individuais resolvem o problema ecológico é falso. Por este motivo, também acredita que faltam reflexões sobre uma reorganização ecologicamente compatível com a economia atual. Hösle é influenciado por Hans Jonas (1903-1993), mas vai além dele nas reflexões de cunho político e jurídico, acrescentando uma ênfase na economia, uma lacuna na reflexão jonasisana.
Em sua filosofia da crise ecológica, fruto das palestras proferidas no Instituto de Filosofia da Academia das Ciências da então URSS no ano de 1990, a ecologia deve ser vista como um novo paradigma para a política. Sua crítica à cultura Ocidental vê com preocupação o consumismo exacerbado que já naquele tempo se mostrava latente, sendo, portanto, impossível manter tal postura sem que, com isso, haja um colapso no planeta. Como consequência de tal raciocínio, chega até mesmo a considerar o padrão de vida do Ocidente que tem o consumismo como regra enquanto algo não moral.
Hösle tem em mente o paradigma da economia como um responsável pela crise ecológica que afeta o planeta na atualidade. Diante do drama ecológico que vivemos, o autor, concorda com Ernst-Ulrich von Weizsäcker de que o século XXI viria a ser o século do meio-ambiente. Diante disso, um novo paradigma para as relações mundiais que deve substituir o paradigma da economia, segundo o filósofo: o paradigma da ecologia.
A obra conta com um estudo introdutório de Gabriel Assumpção e Fabrício Veliq, doutor egresso da FAJE e estagiário de pós-doutorado na mesma instituição.
O livro pode ser comprado no site da editora: https://www.liberars.com.br/filosofia-da-crise-ecologica-conferencias-moscovitas. É possível 30% de desconto, com o código UNIVERSIDADE. O desconto vale para todo o catálogo da editora.
Gabriel Assumpção
Livro "Das muitas formas de dizer o tempo"
Adri Aleixo e Lori Figueiró
Editora Ramalhete (2019)
Este trabalho reúne poemas de Adri Aleixo e fotografias de Lori Figueiró sobre o Vale do Jequitinhonha, com apresentação de Adriane Garcia e quarta capa de Mariana Ianelli. Transcrevo abaixo o comentário sobre o livro feito pela poeta Adriana Ianelli na sua página de facebook:
"Grande emoção de folhear “Das muitas formas de dizer o tempo”, livro com o qual passei as últimas horas da última noite de 2018 e entrei as primeiras horas da manhã do primeiro dia deste ano.
Releio agora cada poema de Adri Aleixo, revejo cada fotografia de Lori Figueiró, e, lá do interior mais sábio e simples da gente do Sertão, do fundo de olhos verdadeiramente humanos, na paz da casa onde mãos femininas ainda peneiram farinha ou moldam a pedra ou pintam bonecas ou debulham o terço ou fiam, no sol que ama paredes nuas, no fogo vivo com que se cozinha, tudo continua a pedir demora, cordialidade, contemplação.
Reproduzo aqui o texto que tive a alegria de escrever para a orelha, agradecendo aos artistas, poeta e fotógrafo, pela beleza genuína desse livro.
*
Que tempo é esse, tão familiar e remoto? Que tempo é esse que enfeitiça a poesia de Adri Aleixo e quer se fazer sentir, ritualisticamente, em requadros domésticos de poucos (mas sagrados) elementos? Esse existir de uma casa, que da porta para fora se estende no corpo da terra, e da porta para dentro continua num corpo de mulher tão crestado e sábio quanto o chão. O sagrado aqui se traduz por necessário.
Mãe é uma forma de dizer o tempo, casa, câmara, arca, ela que guarda, zela, tece cuidados, reza, consola. Ela que vigia o fogo, molda o barro, acarinha a pedra. Ela que, a cada instante, a cada corpo seu debruçado sobre as coisas, compõe uma pintura de interior em gestos vivos. Gestos poucos, simples, litúrgicos, como são poucas as palavras, igualmente litúrgicas e necessárias, dessa poesia. E o calor da presença humana nas fotografias de Lori Figueiró, num sertão que existe num infinitamente agora transversal aos séculos: tão familiar e remoto.
Eis que certa duração corpórea dos dias ainda não foi extinta. Ainda há dessas casas, dessas mães, dessas palavras poucas que dizem de um calendário íntimo, pontuado por rosários, datas santas, banhos, gamelas, longas esperas e tentações de partida. Ainda há saudades dessas enraizadas no longe de uma terra natal, no interior de úteros de adobe, que cumprem seu ciclo e se releem em poemas.
A poesia, também no seu tempo, cuida de amadurecer um afeto pelo que é simples, gloriosamente simples, e sábio de coração. Depois de tanto vivido, que tempo é esse, de estudado amor? Que tempo é esse, nas mãos de Adri? É quando as palavras veem melhor.
Mariana Ianelli
Sobre a autora:
Adri Aleixo é Poeta, Professora e mestranda pelo CEFET-MG em Literatura feminina. Participa das antologias Escriptonita, 30 anos do Psiu Poético, Contemporâneas, Planner 2018 e Poesia de Ouro. Possui textos publicados em sites e revistas de todo país como Suplemento Literário de Minas Gerais, Caderno Pensar do Jornal Estado de Minas, Incomunidade, Literatura Br, Janelas em Rotação, Zona da Palavra, O Relevo e Jornal Rascunho. Publicou dois livros de poesia pela editora Patuá: Des.caminhos(2014) e Pés(2016) e aPlaquete Impublicáveis em 2017. Integrou, no ano de 2018 o Circuito Arte da Palavra pelo Sesc Nacional.
Título: Eu Sou O Mensageiro
Autor: Markus Zusak
Editora: Intrínseca
Páginas: 320
Ano: 2007
Conheça Ed Kennedy: taxista, patético jogador de cartas, um desastre no amor. Mora numa casinha alugada com seu cachorro viciado em café e está apaixonado pela melhor amiga. Seu dia a dia é uma rotina de incompetência, até que, sem querer, impede o assalto a um banco. Então recebe a primeira carta: um Ás. É quando Ed se torna o mensageiro... Escolhido para socorrer, ele segue seu caminho na cidade ajudando – e machucando (quando necessário) – até que resta apenas uma questão: Quem está por trás de sua missão? Eu sou o mensageiro é uma jornada enigmática repleta de humor, socos e amor.
(Fonte: http://www.mundodoslivros.com/…/resenha-eu-sou-o-mensageiro…)
Um livro muito bom de se ler! O autor é mesmo um bom escritor. Óbvio que não tem o mesmo apelo de A Menina que roubava livros (e nem tem como, né?), nem preciso dizer, mas digo, quero os outros livros dele! A história flui bem, é colorida. Gostei muito do Ed, um cara mais do que normal, até um pouco medíocre, acostumado à mesmice de sua vida. O enredo é interessante e, por mais incrível que pareça, se torna crível no desenrolar das missões.
Eu ri muito durante a leitura, sim, pois Ed e sua turma são hilários. Este é um daqueles livros para ler quando se faz necessário arejar a cabeça de leituras mais densas. É um livro para um dia de sol, lindo, brilhante, quando você senta em uma cadeira na área de casa e deseja simplesmente ler algo bom. No entanto, é também um livro indicado para aqueles dias frios, em que tudo o que desejamos é nos enroscar no sofá com uma coberta e uma boa história nas mãos.
A leitura é interessante e cativa. O final me deixou com um gosto de " O Mundo de Sofia", mas depois percebi que era só parecido. Acima de tudo fica a dica: se até o Ed conseguiu, porque você não conseguiria? Termino a história querendo conhecer dois autores que não conhecia e quatro filmes que desejo assistir. Recomendo!
Débora Regina Puppo
Livro: É bom crer em Jesus
Autor: José Antonio Pagola
Editora Vozes
O livro procura rever a maneira como o cristianismo apresenta a felicidade. Para muitos é impossível conciliar a fé cristã com uma proposta de felicidade. Para isso, o autor começa já no primeiro capítulo, a partir da proposta das Bem-Aventuranças, a se perguntar o que é a Felicidade e o que significa dizer que a proposta de Jesus Cristo é a verdadeira felicidade. Depois irá se perguntar sobre o sentido do sofrimento, a necessidade da esperança, de rever o sentido da vida, a saúde e a velhice.
Livro essencial para refazer as ideias e experiências equivocadas de felicidade e para refletir sobre o sentido do sofrimento a partir da perspectiva cristã.
Segue abaixo um esquema do primeiro capítulo:
PAGOLA. José Antonio. É bom crer em Jesus. Petrópolis: Vozes, 2012.
Capítulo 1 – O Cristianismo diante da felicidade
Todos buscamos felicidade
Mas o que é a felicidade?
É possível ser feliz?
A felicidade não depende do destino
A felicidade não consiste em bem-estar
A felicidade não está no prazer
A felicidade não provém dos outros
A felicidade se vive na esperança
Resumo feito por Lucimara Trevizan
Livro: Um casamento americano
Autor: Tayari Jones
Editora: arqueiro (2018)
Recém casados, Celestial e Roy moram em Atlanta, Geórgia, e são a personificação do sonho americano: ela é uma artista em ascensão e ele, um jovem executivo. Mas, durante uma viagem ao estado de Louisiana, Roy é preso e condenado a 12 anos de reclusão por um crime que não cometeu. Separados pela injustiça racial, os dois precisam encontrar uma forma de salvar seu casamento e superar as circunstâncias.
Opinião: Amei desde o início até o final (principalmente o final). Mais um acerto da Tag Inéditos que vai para a lista dos preferidos!
A dinâmica da escrita mesclando os personagens ao contar a história, o uso de cartas para melhor conhecer cada um e a fluência da escrita faz com que a vontade fique presa no dilema "terminar, mas não acabar".
Débora Regina Pupo
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